Caras Amigas:
A essa hora estava eu em Newark, nas celebrações do Dia da Mulher, promovidas pela Cônsul Geral de Portugal, Dra Amélia Paiva!
Agradeço muito o convite.
Um abraço
Manuela Aguiar
De: de Mulher para Mulher REDE Porto [mailto:dmpm.2.pto@gmail.com]
Enviada: domingo, 7 de Março de 2010 18:42
Assunto: REDE | dMpM2 Porto | "100 Desigualdades" - Comemoração dos 100 Anos do Dia Internacional das Mulheres, Santa Catarina, Porto - Participa!!
Cara Mentora,
O projecto dMpM2 Porto irá dinamizar amanhã, dia 8, uma acção de rua, na Rua de Santa Catarina, no Porto (em baixo poderá encontrar informações adicionais sobre a mesma).
Vimos, assim, convidá-la a estar presente e participar nesta acção organizada e dinamizada pelas mentoradas do projecto.
Saudações Paritárias,
A Equipa dMpM2 Porto
Catarina Arnaut e Patrícia São João
Viva,
100 Desigualdades - 100 Anos do Dia Internacional das Mulheres
Uma iniciativa da REDE, no Porto!
Comemoram-se em 2010 os 100 anos da proclamação do Dia Internacional das Mulheres. A REDE, no âmbito da segunda edição do projecto “de Mulher para Mulher” (dMpM2) irá promover uma acção de rua, na cidade do Porto, na Rua de Santa Catarina, no próximo dia 8 de Março (entre as 12h00 e as 15h00 e as 17h00 e 19h30), com vista a dar visibilidade a este dia.
A acção de rua, dinamizada pelas jovens participantes do projecto (mentoradas), designar-se-á “100 Desigualdades”, tendo como objectivos promover a reflexão e sensibilizar cidadãs e cidadãos relativamente ao dia em questão, bem como para algumas das desigualdades, discriminações múltiplas e estereótipos associados às mulheres. Neste sentido, a acção de rua será, assim, dirigida a Mulheres e Homens de todas as faixas etárias que desejem participar.
Sabia que enquanto, em média, 1 em cada 8 homens pode aspirar vir a ocupar um cargo de chefia, só 1 em cada 40 mulheres pode ter a mesma expectativa? E que, em média, uma jovem licenciada à procura do primeiro emprego leva o dobro do tempo a alcançá-lo do que um rapaz? Sabia ainda que apesar do aumento do número de mulheres na política, apenas em 2045 os sistemas políticos deverão atingir a paridade?
O Dia Internacional das Mulheres celebra as conquistas do passado, do presente e do futuro das mulheres ao nível económico, político e social. A perpetuação de desigualdades relativamente às Mulheres em todo o Mundo torna a realização desta e doutras iniciativas essenciais para a promoção da igualdade entre mulheres e homens. Neste ano, o tema proposto pelas Nações Unidas para este dia é “Direitos Iguais, Oportunidades Iguais: Progresso para Todas/os” (Equal Rights, Equal Opportunities: Progress for All).
Participe!!
Saudações paritárias
a REDE
Mais informações: Catarina Arnaut e Patrícia São João (915674526)
--
Rede Portuguesa de Jovens para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens
http://redejovensigualdade.org.pt/
http://redejovensigualdade.org.pt/blog/
http://demulherparamulher.redejovensigualdade.org.pt/
226 005 225
915 674 526
A ASSOCIAÇÃO "MULHER MIGRANTE" ABRE ESTA TERTÚLIA A CONVERSA SOBRE AS MIGRAÇÕES E AS DIÁSPORAS PORTUGUESA E LUSÓFONAS. VAMOS FALAR DA NOSSA ASSOCIAÇÃO, DAS INICIATIVAS QUE ESTAMOS A DESENVOLVER E DA FORMA COMO PODEM COLABORAR CONNOSCO. UM CONVITE DIRIGIDO, POR IGUAL, A MULHERES E HOMENS, DE TODAS AS IDADES, EM TODAS AS LATITUDES.
quarta-feira, 31 de março de 2010
Centenário da República em Espinho - com acento no feminino!
Em Espinho, o centenário é para comemorar, ao longo de todo o ano.
Na execução do programa cultural da Câmara, decidimos associar, sempre que possível, as diversas iniciativas, à rememoração dessa efeméride tão marcante na vida dos portugueses, indutora, como foi, de profundas mudanças.
Queremos ir além da mera celebração simbólica da fundação do regime, com actos solenes e palavras encomiásticas, e olhar para trás, para 1910, revivendo os modos de pensar e de estar, então, na sociedade e na política. E, olhar, também, em frente, para o “futuro do passado”, o caminho percorrido desde 1910! Ou seja, o balanço possível das transformações que operou, de facto, uma revolução portadora de esperanças e de promessas, umas cumpridas, outras não. Vamos, por exemplo, promover um ciclo de palestras sobre “cem anos”, em vários domínios. Depois de “Cem anos de poesia” (organizada pela Biblioteca Municipal),” Cem anos de”:
Direitos humanos; Direitos das mulheres; Municipalismo; Laicismo; Migrações portuguesas; Cinema e desporto em Espinho…etc.
O fundamental, do nosso ponto de vista, é envolver as pessoas, despertando o seu interesse pelos factos históricos, sem sentimentos passadistas, em ambiente de tolerância, numa visão diacrónica do século, até à realidade actual e às perspectivas que agora se nos abrem.
Por outro lado, a haver resposta favorável das pessoas, dos parceiros, como esperamos, muitos dos Festivais que se tornaram tradicionais em Espinho, integrarão esta componente singular, em alguns dos seus espectáculos – caso do “Tu cá, tu lá”; do concurso de homens-estátuas (com um prémio especial, previsto para a melhor estátua de um dos protagonistas de 1910); do Festival Internacional de Folclore, durante o qual queremos levar a cabo a reconstituição das festas populares de então e de um “comício republicano” no Largo da Câmara…
O Arquivo Municipal promove a recomposição de uma sala de aula de 1910 e, também, trabalhos dos alunos sobre os períodos da Monarquia Constitucional e da República.
Em preparação, está uma edição fac-similada dos jornais de Espinho, no período da revolução.
A 5 de Outubro, o Museu Municipal inaugura uma exposição sobre “Os Rostos da República” (sem esquecer rostos de notáveis feministas…).
Para os mais jovens, abrimos um concurso, em que são convidados a escrever "O meu diário da República".
E mais haverá, com certeza, pois apoiaremos quaisquer projectos viáveis, que nos venham a propor!
a Manuela Aguiar [mariamanuelaaguiar@gmail.com]
Na execução do programa cultural da Câmara, decidimos associar, sempre que possível, as diversas iniciativas, à rememoração dessa efeméride tão marcante na vida dos portugueses, indutora, como foi, de profundas mudanças.
Queremos ir além da mera celebração simbólica da fundação do regime, com actos solenes e palavras encomiásticas, e olhar para trás, para 1910, revivendo os modos de pensar e de estar, então, na sociedade e na política. E, olhar, também, em frente, para o “futuro do passado”, o caminho percorrido desde 1910! Ou seja, o balanço possível das transformações que operou, de facto, uma revolução portadora de esperanças e de promessas, umas cumpridas, outras não. Vamos, por exemplo, promover um ciclo de palestras sobre “cem anos”, em vários domínios. Depois de “Cem anos de poesia” (organizada pela Biblioteca Municipal),” Cem anos de”:
Direitos humanos; Direitos das mulheres; Municipalismo; Laicismo; Migrações portuguesas; Cinema e desporto em Espinho…etc.
O fundamental, do nosso ponto de vista, é envolver as pessoas, despertando o seu interesse pelos factos históricos, sem sentimentos passadistas, em ambiente de tolerância, numa visão diacrónica do século, até à realidade actual e às perspectivas que agora se nos abrem.
Por outro lado, a haver resposta favorável das pessoas, dos parceiros, como esperamos, muitos dos Festivais que se tornaram tradicionais em Espinho, integrarão esta componente singular, em alguns dos seus espectáculos – caso do “Tu cá, tu lá”; do concurso de homens-estátuas (com um prémio especial, previsto para a melhor estátua de um dos protagonistas de 1910); do Festival Internacional de Folclore, durante o qual queremos levar a cabo a reconstituição das festas populares de então e de um “comício republicano” no Largo da Câmara…
O Arquivo Municipal promove a recomposição de uma sala de aula de 1910 e, também, trabalhos dos alunos sobre os períodos da Monarquia Constitucional e da República.
Em preparação, está uma edição fac-similada dos jornais de Espinho, no período da revolução.
A 5 de Outubro, o Museu Municipal inaugura uma exposição sobre “Os Rostos da República” (sem esquecer rostos de notáveis feministas…).
Para os mais jovens, abrimos um concurso, em que são convidados a escrever "O meu diário da República".
E mais haverá, com certeza, pois apoiaremos quaisquer projectos viáveis, que nos venham a propor!
a Manuela Aguiar [mariamanuelaaguiar@gmail.com]
Hillary, pela mão do Cônsul Edmundo Macedo
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Sender's Comment:
A message worth reading. Um Santo Natal e mil lembranças saudosas da Maria do Carmo e Edmundo Macedo
Original message
You are receiving this message as a member of Hillaryclinton.com's online community. Please take a look at NoLimits.org's message below from Ann Lewis about the important work they do. NoLimits.org is solely responsible for the content of this message.
When then First Lady Hillary Rodham Clinton told the world in 1995 that "women's rights are human rights, and human rights are women's rights," she sent a message of hope and aspiration that continues to resonate today, from kitchen tables in American cities to small villages in countries around the globe.
As Secretary of State, Hillary Clinton has continued her strong commitment to human rights and women's rights. In the last year, she has appointed the first ever Ambassador for Global Women's Issues, chaired the first UN Security Council session on violence against women, and offered significant medical help and protection for rape victims in the Congo.
Join NoLimits.org and support our commitment to human rights - and women's rights - around the world
Secretary Clinton has spoken out for religious freedom and diversity in Tazakh, LGBT rights in town halls from Washington, D.C. to Moldova, and increased access to technology for grassroots advocates fighting to be heard in Iran. She's condemned the murder of journalists in Russia, and called on China to release those still imprisoned for their actions during the protests in Tiananmen Square two decades ago.
To read more about Hillary's work around the world - CLICK HERE.
Here at NoLimits.org, we're proud of Hillary's leadership as Secretary of State: working to rebuild our global alliances and serving as a strong voice for human rights. Our progressive agenda includes supporting these new directions in foreign policy, and also focuses on economic and work-family issues here at home, including the need for health care reform and new initiatives to combat the too-high rate of unemployment. We are advocates for an America engaged and active, domestically and internationally, supporting policies that truly reflect our values.
"I hope you believe, as I do, that foreign policy matters", Hillary said at our policy conference last month, "[and] that what we're doing can be explained and understood by the small business owner in Colorado or the homemaker in California...because it is important to our society and it's important to who we are as a nation, what we stand for in pursuit of our interests and in accordance with our values. I believe that...but we have to make the case to the rest of our country as well."
So if you agree with Hillary that foreign policy matters...
...that we must work to increase access to education globally for every child - girls and boys;
...that strengthening economic opportunity for every family helps to build the world we want our children to inherit;
...and that we are proud of leadership that works to end violence against women and recognizes that women's rights are truly human rights...
Then join us and help to make the case!
Thank you for all you have done and all you continue to do.
Ann F. Lewis
President, NoLimits.org
P.S. As Hillary said, "With our creativity, ingenuity and innovative spirit, there are No Limits to what is possible." We can do so much by working together - will you help by sending this message on to a friend?
If you feel you have received this message in error, we apologize. You can unsubscribe at any time.
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1825 K Street, NW, Suite 1000, Washington, DC 20006
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As Secretary of State, Hillary Clinton has continued her strong commitment to human rights and women's rights. In the last year, she has appointed the first ever Ambassador for Global Women's Issues, chaired the first UN Security Council session on violence against women, and offered significant medical help and protection for rape victims in the Congo.
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"I hope you believe, as I do, that foreign policy matters", Hillary said at our policy conference last month, "[and] that what we're doing can be explained and understood by the small business owner in Colorado or the homemaker in California...because it is important to our society and it's important to who we are as a nation, what we stand for in pursuit of our interests and in accordance with our values. I believe that...but we have to make the case to the rest of our country as well."
So if you agree with Hillary that foreign policy matters...
...that we must work to increase access to education globally for every child - girls and boys;
...that strengthening economic opportunity for every family helps to build the world we want our children to inherit;
...and that we are proud of leadership that works to end violence against women and recognizes that women's rights are truly human rights...
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Ann F. Lewis
President, NoLimits.org
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Migrações - América Latina
Maria Xavier
Coordenadora de
Programação e Comunicação
Casa da América Latina
Av. 24 de Julho, 118-B
1200-871 Lisboa
Tel: + 351 21 395 5309
mxavier@c-americalatina.pt
www.c-americalatina.pt
________________________________________
De: Manuela Aguiar [mailto:manuela.aguiar@cm-espinho.pt]
Enviada: segunda-feira, 23 de Novembro de 2009 16:03
Para: mxavier@c-americalatina.pt
Assunto: Lançamento da Revista.
Cara Amiga
Não me é de todo possível estar presente, por incompatibilidade de agenda.
Como Vereadora do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Espinho terei todo o gosto em acolher aqui iniciativas similares.
Votos de muito êxito ,
Um grande abraço,
Manuela Aguiar
Coordenadora de
Programação e Comunicação
Casa da América Latina
Av. 24 de Julho, 118-B
1200-871 Lisboa
Tel: + 351 21 395 5309
mxavier@c-americalatina.pt
www.c-americalatina.pt
________________________________________
De: Manuela Aguiar [mailto:manuela.aguiar@cm-espinho.pt]
Enviada: segunda-feira, 23 de Novembro de 2009 16:03
Para: mxavier@c-americalatina.pt
Assunto: Lançamento da Revista.
Cara Amiga
Não me é de todo possível estar presente, por incompatibilidade de agenda.
Como Vereadora do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Espinho terei todo o gosto em acolher aqui iniciativas similares.
Votos de muito êxito ,
Um grande abraço,
Manuela Aguiar
Ainda o lançamento da publicação do "Encontro"
À Associação “Mulher Migrante”:
Permitam-me em nome pessoal e em nome da Associação Graal de Coimbra, agradecer o convite para assistir e escutar as intervenções de grande qualidade no encontro “Mulher Migrante Perspectivas Sociais e Culturais”. Cumprimentar a Associação “Mulher Migrante” por esta iniciativa, por ocasião de celebração dos 15 anos de actividade e dizer-vos, que, com trabalho tão consistente, muitos mais virão, com certeza.
Escutaram-se diferentes perspectivas, sobre o tema Migrações, todas elas interessantes e sustentadas. De facto, este tema, ainda necessita de muita luta, de muita vontade e da continuação de Boas Práticas por parte das associações, da sociedade civil e dos nossos governantes.
Recordo as palavras da Doutora Maria Beatriz R. Trindade: “Portugal foi, desde sempre, país aberto ao mundo, exposto à universalidade o que o tornou mais criativo com o resultado do contacto de povos e de culturas”. Foi na época das Descobertas que começámos a ter os primeiros contactos com outras culturas, com novos produtos, com novos povos e com novas línguas, fomentando, assim, a abertura a novos conhecimentos transnacionais a novos contactos e a novas formas de pensar.
As novas mobilidades da migração trouxeram uma grande diversidade de povos e culturas, como podemos constatar. Associado a esta mobilidade, está o factor género, que não pode ser esquecido das agendas associativas e políticas – factor crucial das novas formas de mobilidade e diversidade migratória.
Hoje cruzamo-nos com a imigração a que chamamos “feminizada”, ou seja, a crescente participação das mulheres nas migrações, quer para o reagrupamento familiar quer em situação autónoma com o desejo de proporcionar uma vida melhor aos filhos, à família e a elas própria, claro. Mas também feminizada, no sentido de ocuparem postos de trabalho na esfera doméstica, lares, creches ou em casas de famílias ricas. Não esquecendo ainda, as profissões feminizadas da educação e saúde, no que diz respeito às imigrantes mais qualificadas.
Citando a Drª Maria Manuela Aguiar no livro, “Problemas Sociais da Nova Imigração”, “olho precisamente com optimismo a nossa condição de país de imigração. É necessário encarar os imigrantes com os mesmos olhos com que vejo os nossos emigrantes”. Sabemos que sempre que lhes são dadas, nos países estrangeiros, condições de integração, se tornam realmente cidadãos/ãs de duas pátrias. Pois é isto que os/as nossos/as emigrantes sentem e o que realmente querem quando emigram, o mesmo se aplica aos/às nossos/as imigrantes: O que querem é sentirem-se cidadãos e cidadãs com direitos.
Depois de um (final) de encontro inesquecível e produtivo deixo os parabéns à Associação “Mulher Migrante” e, em especial, à Drª Rita Gomes com quem me cruzei e tive o gosto de conhecer, entre outros/as participantes. Os parabéns pela árdua tarefa de lançamento dos livros, que debatemos no encontro, os quais já tive o prazer de ler.
Em meu nome e do Graal – Coimbra, obrigada e mais uma vez parabéns.
Sara Cruz
Permitam-me em nome pessoal e em nome da Associação Graal de Coimbra, agradecer o convite para assistir e escutar as intervenções de grande qualidade no encontro “Mulher Migrante Perspectivas Sociais e Culturais”. Cumprimentar a Associação “Mulher Migrante” por esta iniciativa, por ocasião de celebração dos 15 anos de actividade e dizer-vos, que, com trabalho tão consistente, muitos mais virão, com certeza.
Escutaram-se diferentes perspectivas, sobre o tema Migrações, todas elas interessantes e sustentadas. De facto, este tema, ainda necessita de muita luta, de muita vontade e da continuação de Boas Práticas por parte das associações, da sociedade civil e dos nossos governantes.
Recordo as palavras da Doutora Maria Beatriz R. Trindade: “Portugal foi, desde sempre, país aberto ao mundo, exposto à universalidade o que o tornou mais criativo com o resultado do contacto de povos e de culturas”. Foi na época das Descobertas que começámos a ter os primeiros contactos com outras culturas, com novos produtos, com novos povos e com novas línguas, fomentando, assim, a abertura a novos conhecimentos transnacionais a novos contactos e a novas formas de pensar.
As novas mobilidades da migração trouxeram uma grande diversidade de povos e culturas, como podemos constatar. Associado a esta mobilidade, está o factor género, que não pode ser esquecido das agendas associativas e políticas – factor crucial das novas formas de mobilidade e diversidade migratória.
Hoje cruzamo-nos com a imigração a que chamamos “feminizada”, ou seja, a crescente participação das mulheres nas migrações, quer para o reagrupamento familiar quer em situação autónoma com o desejo de proporcionar uma vida melhor aos filhos, à família e a elas própria, claro. Mas também feminizada, no sentido de ocuparem postos de trabalho na esfera doméstica, lares, creches ou em casas de famílias ricas. Não esquecendo ainda, as profissões feminizadas da educação e saúde, no que diz respeito às imigrantes mais qualificadas.
Citando a Drª Maria Manuela Aguiar no livro, “Problemas Sociais da Nova Imigração”, “olho precisamente com optimismo a nossa condição de país de imigração. É necessário encarar os imigrantes com os mesmos olhos com que vejo os nossos emigrantes”. Sabemos que sempre que lhes são dadas, nos países estrangeiros, condições de integração, se tornam realmente cidadãos/ãs de duas pátrias. Pois é isto que os/as nossos/as emigrantes sentem e o que realmente querem quando emigram, o mesmo se aplica aos/às nossos/as imigrantes: O que querem é sentirem-se cidadãos e cidadãs com direitos.
Depois de um (final) de encontro inesquecível e produtivo deixo os parabéns à Associação “Mulher Migrante” e, em especial, à Drª Rita Gomes com quem me cruzei e tive o gosto de conhecer, entre outros/as participantes. Os parabéns pela árdua tarefa de lançamento dos livros, que debatemos no encontro, os quais já tive o prazer de ler.
Em meu nome e do Graal – Coimbra, obrigada e mais uma vez parabéns.
Sara Cruz
terça-feira, 23 de março de 2010
Rita Gomes na Assembleia da República
Convidada a assistir aos debates sobre um grande pacote de diplomas, relativos à emigração portuguesa e à alteração da lei da nacionalidade.
Proponente José Cesário. Um interessante debate, de que A Dra Rita Gomes fará relato em breve.
Proponente José Cesário. Um interessante debate, de que A Dra Rita Gomes fará relato em breve.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Intervenção da Dra Maria Barroso na Abertura do Centenário da Republica em Espinho
Uma inesquecível conferência da Dra Maria Barroso, Presidente de honra dos Encontros para a Cidadania:
"Conhecendo a desigualdade de direitos que persistiu ao longo dos séculos entre as mulheres e os homens, não poderíamos deixar de nos surpreender com o oásis que representou o período da I República.
Ainda nos finais do século XIX, Portugal assistiu ao nascimento de algumas mulheres que, antes da República ou mesmo não partilhando o republicanismo, começaram a lutar, com coragem, pela melhoria da situação das mulheres, então, extremamente subalternizadas na sociedade e na família. Não havia educação oficial para as meninas. Saber ler era raro e não tinha importância. Antes pelo contrário, já que, segundo as concepções vigentes, o sexo feminino deveria manter-se reservado e longe das más influências transmitidas pela leitura. É certo que a maioria da população era analfabeta. Mas as mulheres atingiam mais de 80% do total.
O ensino primário começou a existir tarde mas, para as raparigas, nele se conteúdo incluíam os lavores e as prendas domésticas necessárias às formandas, cujo principal destino era o casamento e a família.
O ensino secundário ainda foi mais tardio e o primeiro Liceu feminino – Maria Pia – é de 1906.
Este panorama da educação no nosso País explica as dificuldades das mulheres e é explicado pelo atavismo e preconceitos em relação aquilo que era importante para as suas vidas, na opinião dos homens.
O acesso às Universidades era ainda mais difícil. As mulheres “sábias” e as “doutorices” eram ridicularizadas e, pelo riso e troça, os homens acabavam por mantê-las longe dos cursos superiores.
Os tempos foram mudando. Certamente, algumas notícias chegavam da Europa e da longínqua América despertando as jovens para a injustiça das desigualdades e para as dificuldades que foram criadas às mulheres que não tinham pai ou marido para as sustentar a elas e à família. Trabalhar fora de casa era também um tabu. Ficando sem recursos, as mulheres da burguesia lograram ultrapassar os obstáculos escrevendo ou ensinando, trabalho por que auferiam parcas retribuições para a sua sobrevivência. Naturalmente, que tendo nascido dentro de famílias mais ou menos abastadas, elas eram as únicas a beneficiar de alguma instrução, muitas vezes, com professoras no domicílio e eram também as únicas a poder usar o seu talento para sobreviver.
A oposição social ao trabalho das mulheres não se verificava, porém, relativamente ao povo, às mais pobres, que partilhavam o destino dos trabalhadores rurais e operários, ganhando, contudo, muito menos do que eles.
Neste enquadramento, sumariamente descrito, viveram, trabalharam e sofreram algumas mulheres da transição para o século XX e do início desse século que foram fazendo o caminho para as reivindicações sociais, muitas delas incorporadas na Revolução Republicana. Esperavam as que aderiram à República e às suas instituições – quase todas – que este novo sistema político curasse a sociedade de todos os males. Muitos escritos de mulheres ilustres, como Ana Castro Osório e outras feministas defenderam que “a República não sendo na forma de governo nova nem perfeita… é, no entanto mais lógica, mais compreensível à nossa inteligência e mais tolerável à nossa razão, dando-nos também garantias de progresso”. Ana Maria Gonçalves Dias afirma, igualmente, no Congresso Republicano do Porto, em 1910, que todas as mulheres feministas deveriam ser republicanas, visto que só da República se podem aguardar leis igualitárias e justas. E, com efeito, muitas leis foram publicadas pela I República, em benefício das mulheres e muitas medidas foram tomadas para melhorar a sua situação: novas leis do casamento e filiação baseadas na igualdade, o direito de trabalhar na função pública, a escolaridade obrigatória até aos 18 anos para ambos os sexos e abertura, pela primeira vez, de uma Cátedra a uma mulher, (Carolina Michaëlis de Vasconcelos a quem é concedido o grau de doutor), o início dos cursos de direito para mulheres e exercício da advocacia, até então vedado (Regina Quintanilha).
Como afirma João Estêvão, na obra “Mulheres e o Republicanismo”, “durante 20 intensos anos assistiu-se à adesão ao ideal republicano; ao combate à monarquia; … à criação de organizações partidárias, feministas e femininas; à formação de reivindicações; … à realização de dois Congressos Feministas e de Educação (1924 e 1928). Em momentos únicos, as mulheres estiveram lá. Pensaram, debateram, organizaram-se, actuaram. Escreveram, opinaram, polemizaram. Discursaram, aderiram a causas. Politizaram-se. Alugaram sedes, calendarizaram reuniões. Reivindicaram, peticionaram. Expuseram-se, lutaram, correram riscos, sofreram incompreensões, injúrias e agressões. Marcaram presença em sessões, reuniões, festas, saraus, comícios, congressos, homenagens, celebrações, cortejos, manifestações, funerais, romagens. Foram para a rua. Associaram-se, desassociaram-se, reagruparam-se, conforme desavenças pessoais, divergências de opinião, de estratégia, de liderança e de rumo consoante se assumiram mais como feministas do que republicanas e vice-versa, sendo muitas vezes ambas as coisas, o que originou também fracturas entre as duas causas, com prejuízo para o reforço das respectivas lutas e consequências para a República”.
Mas não se pense que os homens republicanos queriam todos a inteira igualdade entre as mulheres e os homens. António José de Almeida, que apoiou a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, esclareceu numa reunião em 1908 o que pretendia daquela organização: “Não se trata de ir ao Parlamento reclamar o voto das mulheres. Não se trata de trazer mulheres para a rua ou para os clubes, envolvendo-as numa febre de agitação a que a mulher portuguesa é tão esquiva e refractária. Pretende-se que cada uma delas exerça na sua esfera de acção, na sua família, nas suas relações, o influxo do seu espírito e o exercício da propaganda”.
A Liga não aceitou este estreito campo de actuação e procurou pugnar pela igualdade entre mulheres e homens, em casa e na rua.
Passado algum tempo e na sequência de posições como a de António José de Almeida advieram desilusões entre republicanos que não viam satisfeitas as aspirações das mulheres.
Ana de Castro Osório recordou às mulheres os acontecimentos anteriores à Revolução Francesa em que aquelas foram utilizadas e de seguida remetidas ao silêncio.
Mas as conquistas da I República foram uma realidade. Entre 1908 e 1928, data do segundo Congresso Feminista e de Educação, verificou-se um enorme incremento da vida cívica e política, tanto a nível associativo como na visibilidade pública enquanto força de pressão sobre os poderes constituídos.
O oásis que as mulheres e os democratas, em geral, construíram teve aquela duração bem curta. Em 1926 inicia-se a Ditadura Militar, sendo dissolvido o Parlamento. Em 1927, teve lugar uma revolta militar e civil no Porto contra a Ditadura Militar, mas foi vencida. O Governo da Ditadura acabou com o regime de coeducação nas localidades em que existisse mais do que um estabelecimento de ensino não superior.
Viveu-se a partir daí um longo período de apagamento da acção das mulheres e dos seus direitos. A Constituição da República de 1933 vem legitimar as discriminações contra elas ao estabelecer a igualdade dos cidadãos perante a lei “salvas”, quanto à mulher, as diferenças resultantes da sua natureza e do bem estar da família, o que legitimou, até ao 25 de Abril, todas as discriminações existentes na vida cívica e política, na família e no trabalho.
As republicanas que viveram um período de 20 anos de intensa luta deixaram às gerações que se lhe seguiram um legado que acabou por não ser aproveitado senão muitos anos depois. Foi pena! Porque poderíamos ter sido um país exemplar e progressista se as mentalidades retrógradas do século XIX não tivessem continuado a florescer durante quase todo o século XX.
As mulheres que ajudaram a implementar a I República e a tornar brilhante e grande o seu pequeno percurso, mulheres que foram feministas, pacifistas, maçónicas-livre-pensadoras e republicanas, merecem a nossa admiração e homenagem. Elas foram autênticas guerreiras, tendo conquistado posições que, só cinquenta anos depois, a partir de 1974, conseguimos começar a readquirir e alargar.
Mas que mulheres foram essas? Qual o seu perfil e identidade? A homenagem que desejo propor não pode, infelizmente, por escassez de tempo e benefício da vossa paciência, contar a biografia completa das várias personalidades que constituíram o eixo feminino da I República. Nem esta seria a oportunidade de o fazer. Assim, limitar-me-ei, num resumido apontamento a referir quem são e o que justifica o seu lugar na História. Antes, porém, uma referência deve ser feita, ao facto de feministas ou não, republicanas ou não, todas em geral, terem defendido a instrução e a educação para as mulheres, como factor essencial da sua valorização na família e na sociedade. Ao não terem sido, devida e atempadamente ouvidas, o nosso País perdeu muito do seu alinhamento no progresso e no desenvolvimento, cujo défice ainda hoje sentimos.
Maria Antónia Pusich, mulher culta e instruída, publicou em 1849, a Assembleia Literária que foi o primeiro jornal fundado por uma mulher, tendo tido a coragem de dar a público o seu nome. Fez da escrita o seu modo de vida, para seu sustento e de seus filhos.
Depois da criação do primeiro jornal, muitas outras mulheres passaram a subscrever artigos e mesmo a dirigir publicações. E não se pense que se tratava apenas de imprensa feminina. Investigações feitas relativas ao século XIX, revelam que muitas mulheres colaboraram em jornais literários, noticiosos ou políticos, usando, por vezes, nomes masculinos para fugir à censura social. Teresa Leitão de Barros em “Escritoras de Portugal”, de 1924, descreve as condições difíceis que as mulheres enfrentavam para serem escritoras. Podiam ser estimadas como autoras recreativas, dizia, mas eram postas à margem da sociedade burguesa pela sua situação de mulheres independentes e chefes de família.
Guiomar Torrezão, nascida em 1884, numa família burguesa, desde cedo teve também que prover à sua substância, dando lições de instrução primária e francês, ao mesmo tempo que se iniciava na escrita, com elevado sucesso. Traduziu obras de escritores célebres e trabalhou em vários órgãos de imprensa, designadamente no Diário Ilustrado, Diário de Notícias, Voz Feminina e outros.
Tendo que trabalhar por gosto, mas essencialmente por necessidade pois o pai falecera cedo deixando a família em precária situação económica, Guiomar depressa reconheceu a importância de uma formação superior, a qual, não teve condições de adquirir. Apesar das adversidades, sendo detentora de uma superior inteligência e engenho, cumpriu um brilhante destino como mulher e escritora. Como pioneira lançada numa sociedade conservadora, Guiomar Torrezão, sofreu, como outras mulheres, calúnias, críticas e invejas.
Guiomar contou, porém, com apoios importantes, nomeadamente de Fialho de Almeida, que, por altura da sua morte, depois de elogiar o seu carácter e mérito, diria que “para ser verdadeiramente alguém, ela só teve um obstáculo, o meio onde apareceu e se fez gente. Em Londres ou em Paris, teria sido ilustre. Em Lisboa, quase a quiseram tornar cómica”.
Guiomar deixou vários romances, contos e peças de teatro, representadas nos teatros de Lisboa.
A sua tristeza e conformismo perante uma sociedade tão conservadora está bem patente quando escreveu de si própria, que a sua vida literária era “obscura, improfícua, pobre e triste …” Esperaria mais reconhecimento e também uma vida mais desafogada. E conta que quando no estrangeiro lhe perguntavam quanto ganhava com os seus escritos, via-se obrigada a mentir para defesa da honra do seu país, multiplicando as quantias até atingirem uma soma decente.
Alice Pestana (Caiel), nasceu em 1860, também dentro de uma família burguesa. Aprendeu francês, inglês e piano. Este tipo de educação não a satisfez, porque não queria frequentar salões e precisava de se sustentar e auxiliar a família. Assim, com o auxílio financeiro de uma avó, continuou os estudos, matriculando-se no ensino secundário, ao mesmo tempo que dava lições.
Em 1877, iniciou a sua carreira como jornalista de mérito. Usou um pseudónimo, masculino, CAIEL, como estratégia de legitimação. Além do jornalismo, escreveu livros, contos, novelas e peças de teatro.
Foi grande defensora da educação feminina e encarregada de uma visita de estudo ao estrangeiro para analisar as condições de instrução feminina noutros países.
Fundou, em 1899, a Liga Portuguesa da Paz, de que foi presidente, tendo como outros fundadores, homens ligados ao movimento republicano ou à maçonaria, como Magalhães Lima, Teófilo Braga, Consiglieri Pedroso e Teixeira Bastos.
Tendo casado, em 1901 com um professor espanhol, passou a residir em Madrid. Continuou, porém, a escrever, a estudar e a dar lições, tendo sido professora em prestigiadas instituições espanholas.
Domitila da Carvalho, nasceu em 1871. Frequentou a Universidade de Coimbra em 1891, tendo sido a primeira mulher a fazê-lo. A sua inscrição teve que ser autorizada ministerialmente, a pedido do Reitor, por não haver nenhum precedente. Entrou para o curso de matemática. Mas não ficou por aqui. Em 1899, inscreveu-se também em medicina, juntamente com Sofia Júlia Dias, sendo as duas primeiras mulheres a frequentar este curso. Além de matemática e medicina, obteve ainda a licenciatura em filosofia, tendo alcançado altas classificações em todos os cursos.
Contrariamente a outras mulheres que aderiram às ideias republicanas, esta mulher era monárquica e católica, tendo mantido com a rainha D. Amélia assídua correspondência. O seu percurso político levou-a, mais tarde, a pertencer ao grupo de três primeiras deputadas do Estado Novo.
Abraçou a causa do pacifismo, defendeu a educação das mulheres, mas não defendeu o sufrágio feminino. Foi professora e reitora do Liceu Maria Pia, o primeiro Liceu feminino em Portugal.
Carolina Michaëlis de Vasconcelos nasceu em 1851, de origem alemã. Casada com um português, ficou na história como primeira mulher nomeada, em 1911, para o cargo de professor ordinário de Filologia germânica da Faculdade de Letras de Lisboa, onde não chegou a leccionar por ter sido, entretanto, transferida para Coimbra. Até à sua morte, em 1925, foi a única mulher a pertencer ao corpo docente de Coimbra. Era especialista em várias línguas. Recebeu várias distinções honoríficas tendo sido considerada a mulher mais erudita do seu tempo. Publicou várias obras, resultado das suas investigações literárias, abrangendo escritores antigos e, também seus contemporâneos.
Por curiosidade, anota-se que segundo Joaquim Ferreira Gomes, até ao fim de 1910, tinham-se matriculado na Universidade de Coimbra 23 mulheres e, até 1926, frequentaram essa Universidade 280 mulheres, mais 257 inscritas.
Regina Quintanilha de Vasconcelos nasceu em 1893 e, em 1910, com 17 anos, foi a primeira mulher a frequentar o curso de direito, até então proibido às mulheres. Como estávamos no auge da revolução republicana, Regina Quintanilha foi recebida em festa pela Academia. Os seus colegas estenderam-lhe as capas para lhe dar as boas vindas.
Foi colega de homens ilustres como Manuel de Arriaga, nomeado presidente da República.
Com o advento da República, muitas alterações se verificaram, a nível académico – os alunos não eram obrigados a comparecer a todas as aulas e podiam escolher o seu plano de estudos com cadeiras de qualquer ano. Foi, assim que Regina Quintanilha frequentou, simultaneamente, o curso de Direito e o curso de Letras recém-criado pela República.
Em 1913, Quintanilha requereu autorização para advogar ao Supremo Tribunal de Justiça, autorização que foi concedida transformando-se esta primeira licenciada em Direito na primeira advogada portuguesa. Este facto causou grande impacto na imprensa e no público que acorreu ao primeiro julgamento que ela fez na Boa-Hora.
Regina Quintanilha foi ainda notária e conservadora do Registo Predial e professora no Liceu Maria Pia. Militou no Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas e foi presidente da Assembleia Geral deste Conselho, em 1917. Esteve ainda ligada à Cruzada das Mulheres Portuguesas.
As conquistas de Regina Quintanilha foram marcantes para a época, pois não era fácil frequentar o mundo do direito, eminentemente masculino. Também não foi fácil o acesso a outras profissões liberais, apesar da luta renhida das feministas contra o preconceito da inferioridade intelectual das mulheres e da “masculinização” que certas actividades provocavam. Bem clamou Elina Guimarães uma ilustre jurista, escritora e feminista, falecida há não muitos anos, dizendo que conhecia muitas intelectuais que eram todas excelentes mães de família, com vários filhos.
Angelina Vidal nasceu em 1853, numa família da média burguesia. Foi uma voz forte da corrente progressista, empenhada na questão social e do operariado. Viveu com imensas dificuldades, inclusive, a nível familiar. Angelina era uma republicana socializante e o pai um arreigado monárquico o que provocava grandes discórdias familiares. Casou cedo, mas cedo se separou do marido que, pouco depois, viria a morrer. Neste quadro, sofreu muitas privações e foi alvo da reprovação dirigida às mulheres separadas, naquela época.
Com uma aguda consciência das dificuldades da classe operária, ela associou o seu feminismo a formas mais amplas de luta.
No meio das suas dificuldades, valeu-lhe a solidariedade ocorrida no âmbito da “Voz do Operário” com a criação de um subsídio mensal, já que lhe fora negada uma pensão a que tinha direito, por virtude da sua actividade política.
Foi jornalista, tradutora e professora, sendo de recordar a sua actividade de escritora – poesia e prosa – e a publicação de peças de teatro. Recebeu prémios internacionais e fez parte da Associação da Imprensa Portuguesa.
Angelina criticou a monarquia, o clericalismo e o sistema económico e social de então. Ela foi a voz dos desfavorecidos.
Adelaide Cabete nasceu em 1867, numa família ligada ao mundo do trabalho fabril.
Começou a trabalhar jovem, após a morte do pai. Dotada de uma enorme força de vontade, estudou e formou-se em medicina. Foi uma mulher empenhada no movimento feminista e na política e uma republicana convicta. Casou-se ainda jovem com um homem mais velho que, contrariamente à generalidade dos homens de então, não pôs obstáculos à continuação dos estudos da sua mulher. Ele investiu mesmo na formação dela, tendo vendido bens para a custear.
Adelaide fez a instrução primária com 22 anos e concluiu o curso dos liceus cinco anos depois. Em 1896 matriculou-se na Escola Médica de Lisboa e teve professores ilustres, como Alfredo Costa, Miguel Bombarda e Ricardo Jorge. Formou-se em 1900. Defendeu como tese “A protecção das mulheres grávidas pobres, como meio de promover o desenvolvimento físico das novas gerações”. É frequente encontrar como preocupação comum a várias destas mulheres a associação entre a condição feminina e as crianças. Escolheu como área de actividade a ginecologia, considerada uma boa escolha, para mulheres, já que a privacidade do corpo feminino tornava mais fácil o recurso a uma médica. Daí, os homens terem defendido, na época, que as mulheres cursassem medicina, apesar de se oporem à educação e ao trabalho independente daquelas.
Mas além de médica, Adelaide Cabete foi também professora, tendo leccionado higiene e puericultura.
Nos princípios do século XX, publicou vários artigos, nomeadamente sobre a condição feminina, versando, muitas vezes, a ligação mãe-criança e o alcoolismo. A luta contra a prostituição foi, igualmente, um tema que lhe mereceu a maior atenção.
A par da actividade profissional, Adelaide Cabete foi um membro muito activo do movimento feminista português. Republicana, era tolerante nas suas ideias mas não sacrificando nunca à ideologia a marcha da conquista da emancipação da mulher.
Em 1907, Adelaide é iniciada na maçonaria, na Loja feminina Humanidade (Loja de Adopção). Depois de terem sido concedidos direitos iguais à Loja Feminina, Adelaide cria a maçonaria mista que durou apenas três anos, chegando a ser a primeira venerável desta Loja. Aliás, viria a fundar Lojas em Lisboa, Alcobaça e Portalegre.
Em 1909 foi uma das fundadoras da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, ao lado de Ana de Castro Osório.
A título de curiosidade e pelo seu simbolismo, anota-se que a Adelaide Cabete e a Carolina Beatriz Ângelo, outra feminista ilustre, coube a honra de costurar as bandeiras asteadas no 5 de Outubro, o que revela a confiança que os revolucionários depositavam nestas duas mulheres.
Em 1914, Adelaide Cabete fundou o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas que, desde logo, se associou a organizações internacionais. Este Conselho deveria, segundo os seus estatutos, ser apartidário, sem linha de orientação política ou religiosa, o que não foi fácil, considerando que há sempre uma marca política na luta pelos direitos das mulheres.
O número de mulheres aderentes ao Conselho era muito baixo, à volta de 500, enquanto que, no estrangeiro, em organizações congéneres, as participantes contavam-se por muitos milhares.
O Conselho organizou dois Congressos Feministas, em 1924 e em 1928.
Adelaide Cabete deslocou-se a congressos internacionais e, na qualidade de representante do governo português, foi ao Congresso de Roma, em 1923.
Ana de Castro Osório, nasceu em 1872 e cresceu num ambiente culto e aberto, numa família que não a privou do contacto com novas ideias.
Estreou-se na vida literária em 1894 e casou em 1898 com um escritor, propagandista e activista republicano.
Em 1911, Ana de Castro Osório acompanhou o marido para S. Paulo, no Brasil, continuando, porém, o seu trabalho como republicana e feminista. Voltou a Portugal depois da morte do marido, mas, nos anos vinte, foi convidada pelas autoridades brasileiras para realizar um ciclo de conferências.
Esta mulher foi uma das mais importantes feministas portuguesas, não radical. Foi ainda escritora, editora, pedagoga, publicista, conferencista e republicana. Era vista como mulher de princípios e convicções, mas tendo uma visão gradualista da transformação social, foi alvo de duras críticas.
É considerada uma das fundadoras da literatura infantil em Portugal, tendo feito uma vasta recolha da tradição popular oral do conto infantil. Não se limitando a esta área da escrita, Ana Castro Osório escreveu ficção para outros públicos.
Aderiu à maçonaria em 1907, tal como Adelaide Cabete, e esteve no início da fundação da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas.
Com o prestígio que possuía, Ana de Castro Osório colaborou com o Ministro da Justiça, Afonso Costa, na modificação de situações de desigualdade na condição feminina. Pretendia-se a alteração do Código Civil de 1867 que estabelecia direitos desiguais para homens e mulheres, subalternizando estas.
Depois de voltar do Brasil, Ana de Castro Osório funda uma loja maçónica com o nome da primeira mulher que votou em Portugal – Carolina Beatriz Ângelo.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Ana Osório defendeu o intervencionismo, tendo sido uma das mais importantes propagandistas da participação de Portugal naquele conflito. Esteve na organização da Comissão Feminina pela Pátria e entre o Grupo Fundador da Cruzada das Mulheres Portuguesas, em 1916 que deveria ser visto como uma instituição patriótica e humanitária e não como uma organização de assistência. Fez ainda parte do grupo restrito das mulheres que tiveram cargos no funcionalismo público, ocupando o lugar de inspectora do trabalho e de vogal do Conselho Central da Federação dos Amigos das Crianças, tutelado pelo Ministro da Justiça e Cultos.
Carolina Beatriz Ângelo nasceu em 1877, frequentou o Liceu na Guarda e veio para Lisboa cursar medicina cujos estudos terminou em 1902. Pioneira na prática das intervenções cirúrgicas, foi a primeira médica que operou no hospital de São José, acabando por se dedicar à ginecologia, como Adelaide Cabete.
Pertenceu a vários grupos femininos e feministas. Foi maçon e chegou a aceder ao grau de venerável. Defendeu o sufrágio feminino e em face das divergências existentes no seio da Liga Portuguesa, afastou-se desta organização e assumiu a direcção da Associação de Propaganda Feminista que não teve, porém, grande sucesso entre as mulheres.
Esta mulher ficou na história, não só como ilustre feminista e republicana, mas por ter sido a primeira mulher a votar nas primeiras eleições da República, em 28 de Maio de 1911. Ela reunia as condições legais: era cidadã portuguesa com mais de 21 anos, sabia ler e escrever e era chefe de família. Mas a República recém-formada não permitia que as mulheres votassem. Precisaram de esperar sessenta anos para verem instituído o sufrágio sem restrições, já depois do 25 de Abril de 1974. A revista “Alma Feminina” explica como Beatriz Ângelo conseguiu votar. Ao tentar inscrever-se no recenseamento, o funcionário administrativo indeferiu-lhe o requerimento. Tendo reclamado, o Ministério tutelado pelo republicano António José de Almeida negou-lhe o pedido. Recorreu para os tribunais e ganhou a causa. O Juiz concedeu-lhe o direito de se recensear e votar. Estava em causa a interpretação da expressão da Lei – “cidadãos portugueses” que, no entender dos homens republicanos, não abrangia as mulheres. Em 1913, o governo, para evitar dúvidas, alterou a Lei Eleitoral e especificou que o eleitor tinha que pertencer ao sexo masculino. As mulheres tinham servido para levantar a República mas já não eram necessárias nos trabalhos de ressurgimento nacional.
Beatriz morreu em Outubro de 1911, com trinta e quatro anos.
Maria Veleda nasceu em 1871, em Faro. Republicana, livre-pensadora e professora, Veleda pertenceu à Associação do Registo Civil e a outras organizações femininas. Antes da implantação da República, ansiava pela revolução, pela liberdade, pelo bem, pela justiça e pela redenção.
Foi considerada uma das mais importantes representantes do feminismo proletário, mas demasiado vermelha, segundo a opinião de alguns republicanos (António José de Almeida). Foi uma brilhante conferencista que, devido às suas ideias sobre a emancipação da mulher e sobre a necessidade de melhorar a situação das operárias e dos mais desprotegidos, era convidada para discursar em vários locais e escutada com muito interesse.
Estas são, algumas, quiçá as mais representativas mulheres que precederam e ajudaram a construir a efémera primeira República.
Algumas outras poderão não ter sido referenciadas. A todas, porém, quero cobrir com a mesma homenagem e gratidão por terem desbravado o deserto de direitos cívicos e políticos em que as mulheres viveram confinadas e construindo um pequeno oásis de liberdade e de valorização dos seus direitos. Oásis de curta duração é certo. Mas ele lá ficou encoberto por poeira para o podermos descobrir, como viemos a fazer".
"Conhecendo a desigualdade de direitos que persistiu ao longo dos séculos entre as mulheres e os homens, não poderíamos deixar de nos surpreender com o oásis que representou o período da I República.
Ainda nos finais do século XIX, Portugal assistiu ao nascimento de algumas mulheres que, antes da República ou mesmo não partilhando o republicanismo, começaram a lutar, com coragem, pela melhoria da situação das mulheres, então, extremamente subalternizadas na sociedade e na família. Não havia educação oficial para as meninas. Saber ler era raro e não tinha importância. Antes pelo contrário, já que, segundo as concepções vigentes, o sexo feminino deveria manter-se reservado e longe das más influências transmitidas pela leitura. É certo que a maioria da população era analfabeta. Mas as mulheres atingiam mais de 80% do total.
O ensino primário começou a existir tarde mas, para as raparigas, nele se conteúdo incluíam os lavores e as prendas domésticas necessárias às formandas, cujo principal destino era o casamento e a família.
O ensino secundário ainda foi mais tardio e o primeiro Liceu feminino – Maria Pia – é de 1906.
Este panorama da educação no nosso País explica as dificuldades das mulheres e é explicado pelo atavismo e preconceitos em relação aquilo que era importante para as suas vidas, na opinião dos homens.
O acesso às Universidades era ainda mais difícil. As mulheres “sábias” e as “doutorices” eram ridicularizadas e, pelo riso e troça, os homens acabavam por mantê-las longe dos cursos superiores.
Os tempos foram mudando. Certamente, algumas notícias chegavam da Europa e da longínqua América despertando as jovens para a injustiça das desigualdades e para as dificuldades que foram criadas às mulheres que não tinham pai ou marido para as sustentar a elas e à família. Trabalhar fora de casa era também um tabu. Ficando sem recursos, as mulheres da burguesia lograram ultrapassar os obstáculos escrevendo ou ensinando, trabalho por que auferiam parcas retribuições para a sua sobrevivência. Naturalmente, que tendo nascido dentro de famílias mais ou menos abastadas, elas eram as únicas a beneficiar de alguma instrução, muitas vezes, com professoras no domicílio e eram também as únicas a poder usar o seu talento para sobreviver.
A oposição social ao trabalho das mulheres não se verificava, porém, relativamente ao povo, às mais pobres, que partilhavam o destino dos trabalhadores rurais e operários, ganhando, contudo, muito menos do que eles.
Neste enquadramento, sumariamente descrito, viveram, trabalharam e sofreram algumas mulheres da transição para o século XX e do início desse século que foram fazendo o caminho para as reivindicações sociais, muitas delas incorporadas na Revolução Republicana. Esperavam as que aderiram à República e às suas instituições – quase todas – que este novo sistema político curasse a sociedade de todos os males. Muitos escritos de mulheres ilustres, como Ana Castro Osório e outras feministas defenderam que “a República não sendo na forma de governo nova nem perfeita… é, no entanto mais lógica, mais compreensível à nossa inteligência e mais tolerável à nossa razão, dando-nos também garantias de progresso”. Ana Maria Gonçalves Dias afirma, igualmente, no Congresso Republicano do Porto, em 1910, que todas as mulheres feministas deveriam ser republicanas, visto que só da República se podem aguardar leis igualitárias e justas. E, com efeito, muitas leis foram publicadas pela I República, em benefício das mulheres e muitas medidas foram tomadas para melhorar a sua situação: novas leis do casamento e filiação baseadas na igualdade, o direito de trabalhar na função pública, a escolaridade obrigatória até aos 18 anos para ambos os sexos e abertura, pela primeira vez, de uma Cátedra a uma mulher, (Carolina Michaëlis de Vasconcelos a quem é concedido o grau de doutor), o início dos cursos de direito para mulheres e exercício da advocacia, até então vedado (Regina Quintanilha).
Como afirma João Estêvão, na obra “Mulheres e o Republicanismo”, “durante 20 intensos anos assistiu-se à adesão ao ideal republicano; ao combate à monarquia; … à criação de organizações partidárias, feministas e femininas; à formação de reivindicações; … à realização de dois Congressos Feministas e de Educação (1924 e 1928). Em momentos únicos, as mulheres estiveram lá. Pensaram, debateram, organizaram-se, actuaram. Escreveram, opinaram, polemizaram. Discursaram, aderiram a causas. Politizaram-se. Alugaram sedes, calendarizaram reuniões. Reivindicaram, peticionaram. Expuseram-se, lutaram, correram riscos, sofreram incompreensões, injúrias e agressões. Marcaram presença em sessões, reuniões, festas, saraus, comícios, congressos, homenagens, celebrações, cortejos, manifestações, funerais, romagens. Foram para a rua. Associaram-se, desassociaram-se, reagruparam-se, conforme desavenças pessoais, divergências de opinião, de estratégia, de liderança e de rumo consoante se assumiram mais como feministas do que republicanas e vice-versa, sendo muitas vezes ambas as coisas, o que originou também fracturas entre as duas causas, com prejuízo para o reforço das respectivas lutas e consequências para a República”.
Mas não se pense que os homens republicanos queriam todos a inteira igualdade entre as mulheres e os homens. António José de Almeida, que apoiou a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, esclareceu numa reunião em 1908 o que pretendia daquela organização: “Não se trata de ir ao Parlamento reclamar o voto das mulheres. Não se trata de trazer mulheres para a rua ou para os clubes, envolvendo-as numa febre de agitação a que a mulher portuguesa é tão esquiva e refractária. Pretende-se que cada uma delas exerça na sua esfera de acção, na sua família, nas suas relações, o influxo do seu espírito e o exercício da propaganda”.
A Liga não aceitou este estreito campo de actuação e procurou pugnar pela igualdade entre mulheres e homens, em casa e na rua.
Passado algum tempo e na sequência de posições como a de António José de Almeida advieram desilusões entre republicanos que não viam satisfeitas as aspirações das mulheres.
Ana de Castro Osório recordou às mulheres os acontecimentos anteriores à Revolução Francesa em que aquelas foram utilizadas e de seguida remetidas ao silêncio.
Mas as conquistas da I República foram uma realidade. Entre 1908 e 1928, data do segundo Congresso Feminista e de Educação, verificou-se um enorme incremento da vida cívica e política, tanto a nível associativo como na visibilidade pública enquanto força de pressão sobre os poderes constituídos.
O oásis que as mulheres e os democratas, em geral, construíram teve aquela duração bem curta. Em 1926 inicia-se a Ditadura Militar, sendo dissolvido o Parlamento. Em 1927, teve lugar uma revolta militar e civil no Porto contra a Ditadura Militar, mas foi vencida. O Governo da Ditadura acabou com o regime de coeducação nas localidades em que existisse mais do que um estabelecimento de ensino não superior.
Viveu-se a partir daí um longo período de apagamento da acção das mulheres e dos seus direitos. A Constituição da República de 1933 vem legitimar as discriminações contra elas ao estabelecer a igualdade dos cidadãos perante a lei “salvas”, quanto à mulher, as diferenças resultantes da sua natureza e do bem estar da família, o que legitimou, até ao 25 de Abril, todas as discriminações existentes na vida cívica e política, na família e no trabalho.
As republicanas que viveram um período de 20 anos de intensa luta deixaram às gerações que se lhe seguiram um legado que acabou por não ser aproveitado senão muitos anos depois. Foi pena! Porque poderíamos ter sido um país exemplar e progressista se as mentalidades retrógradas do século XIX não tivessem continuado a florescer durante quase todo o século XX.
As mulheres que ajudaram a implementar a I República e a tornar brilhante e grande o seu pequeno percurso, mulheres que foram feministas, pacifistas, maçónicas-livre-pensadoras e republicanas, merecem a nossa admiração e homenagem. Elas foram autênticas guerreiras, tendo conquistado posições que, só cinquenta anos depois, a partir de 1974, conseguimos começar a readquirir e alargar.
Mas que mulheres foram essas? Qual o seu perfil e identidade? A homenagem que desejo propor não pode, infelizmente, por escassez de tempo e benefício da vossa paciência, contar a biografia completa das várias personalidades que constituíram o eixo feminino da I República. Nem esta seria a oportunidade de o fazer. Assim, limitar-me-ei, num resumido apontamento a referir quem são e o que justifica o seu lugar na História. Antes, porém, uma referência deve ser feita, ao facto de feministas ou não, republicanas ou não, todas em geral, terem defendido a instrução e a educação para as mulheres, como factor essencial da sua valorização na família e na sociedade. Ao não terem sido, devida e atempadamente ouvidas, o nosso País perdeu muito do seu alinhamento no progresso e no desenvolvimento, cujo défice ainda hoje sentimos.
Maria Antónia Pusich, mulher culta e instruída, publicou em 1849, a Assembleia Literária que foi o primeiro jornal fundado por uma mulher, tendo tido a coragem de dar a público o seu nome. Fez da escrita o seu modo de vida, para seu sustento e de seus filhos.
Depois da criação do primeiro jornal, muitas outras mulheres passaram a subscrever artigos e mesmo a dirigir publicações. E não se pense que se tratava apenas de imprensa feminina. Investigações feitas relativas ao século XIX, revelam que muitas mulheres colaboraram em jornais literários, noticiosos ou políticos, usando, por vezes, nomes masculinos para fugir à censura social. Teresa Leitão de Barros em “Escritoras de Portugal”, de 1924, descreve as condições difíceis que as mulheres enfrentavam para serem escritoras. Podiam ser estimadas como autoras recreativas, dizia, mas eram postas à margem da sociedade burguesa pela sua situação de mulheres independentes e chefes de família.
Guiomar Torrezão, nascida em 1884, numa família burguesa, desde cedo teve também que prover à sua substância, dando lições de instrução primária e francês, ao mesmo tempo que se iniciava na escrita, com elevado sucesso. Traduziu obras de escritores célebres e trabalhou em vários órgãos de imprensa, designadamente no Diário Ilustrado, Diário de Notícias, Voz Feminina e outros.
Tendo que trabalhar por gosto, mas essencialmente por necessidade pois o pai falecera cedo deixando a família em precária situação económica, Guiomar depressa reconheceu a importância de uma formação superior, a qual, não teve condições de adquirir. Apesar das adversidades, sendo detentora de uma superior inteligência e engenho, cumpriu um brilhante destino como mulher e escritora. Como pioneira lançada numa sociedade conservadora, Guiomar Torrezão, sofreu, como outras mulheres, calúnias, críticas e invejas.
Guiomar contou, porém, com apoios importantes, nomeadamente de Fialho de Almeida, que, por altura da sua morte, depois de elogiar o seu carácter e mérito, diria que “para ser verdadeiramente alguém, ela só teve um obstáculo, o meio onde apareceu e se fez gente. Em Londres ou em Paris, teria sido ilustre. Em Lisboa, quase a quiseram tornar cómica”.
Guiomar deixou vários romances, contos e peças de teatro, representadas nos teatros de Lisboa.
A sua tristeza e conformismo perante uma sociedade tão conservadora está bem patente quando escreveu de si própria, que a sua vida literária era “obscura, improfícua, pobre e triste …” Esperaria mais reconhecimento e também uma vida mais desafogada. E conta que quando no estrangeiro lhe perguntavam quanto ganhava com os seus escritos, via-se obrigada a mentir para defesa da honra do seu país, multiplicando as quantias até atingirem uma soma decente.
Alice Pestana (Caiel), nasceu em 1860, também dentro de uma família burguesa. Aprendeu francês, inglês e piano. Este tipo de educação não a satisfez, porque não queria frequentar salões e precisava de se sustentar e auxiliar a família. Assim, com o auxílio financeiro de uma avó, continuou os estudos, matriculando-se no ensino secundário, ao mesmo tempo que dava lições.
Em 1877, iniciou a sua carreira como jornalista de mérito. Usou um pseudónimo, masculino, CAIEL, como estratégia de legitimação. Além do jornalismo, escreveu livros, contos, novelas e peças de teatro.
Foi grande defensora da educação feminina e encarregada de uma visita de estudo ao estrangeiro para analisar as condições de instrução feminina noutros países.
Fundou, em 1899, a Liga Portuguesa da Paz, de que foi presidente, tendo como outros fundadores, homens ligados ao movimento republicano ou à maçonaria, como Magalhães Lima, Teófilo Braga, Consiglieri Pedroso e Teixeira Bastos.
Tendo casado, em 1901 com um professor espanhol, passou a residir em Madrid. Continuou, porém, a escrever, a estudar e a dar lições, tendo sido professora em prestigiadas instituições espanholas.
Domitila da Carvalho, nasceu em 1871. Frequentou a Universidade de Coimbra em 1891, tendo sido a primeira mulher a fazê-lo. A sua inscrição teve que ser autorizada ministerialmente, a pedido do Reitor, por não haver nenhum precedente. Entrou para o curso de matemática. Mas não ficou por aqui. Em 1899, inscreveu-se também em medicina, juntamente com Sofia Júlia Dias, sendo as duas primeiras mulheres a frequentar este curso. Além de matemática e medicina, obteve ainda a licenciatura em filosofia, tendo alcançado altas classificações em todos os cursos.
Contrariamente a outras mulheres que aderiram às ideias republicanas, esta mulher era monárquica e católica, tendo mantido com a rainha D. Amélia assídua correspondência. O seu percurso político levou-a, mais tarde, a pertencer ao grupo de três primeiras deputadas do Estado Novo.
Abraçou a causa do pacifismo, defendeu a educação das mulheres, mas não defendeu o sufrágio feminino. Foi professora e reitora do Liceu Maria Pia, o primeiro Liceu feminino em Portugal.
Carolina Michaëlis de Vasconcelos nasceu em 1851, de origem alemã. Casada com um português, ficou na história como primeira mulher nomeada, em 1911, para o cargo de professor ordinário de Filologia germânica da Faculdade de Letras de Lisboa, onde não chegou a leccionar por ter sido, entretanto, transferida para Coimbra. Até à sua morte, em 1925, foi a única mulher a pertencer ao corpo docente de Coimbra. Era especialista em várias línguas. Recebeu várias distinções honoríficas tendo sido considerada a mulher mais erudita do seu tempo. Publicou várias obras, resultado das suas investigações literárias, abrangendo escritores antigos e, também seus contemporâneos.
Por curiosidade, anota-se que segundo Joaquim Ferreira Gomes, até ao fim de 1910, tinham-se matriculado na Universidade de Coimbra 23 mulheres e, até 1926, frequentaram essa Universidade 280 mulheres, mais 257 inscritas.
Regina Quintanilha de Vasconcelos nasceu em 1893 e, em 1910, com 17 anos, foi a primeira mulher a frequentar o curso de direito, até então proibido às mulheres. Como estávamos no auge da revolução republicana, Regina Quintanilha foi recebida em festa pela Academia. Os seus colegas estenderam-lhe as capas para lhe dar as boas vindas.
Foi colega de homens ilustres como Manuel de Arriaga, nomeado presidente da República.
Com o advento da República, muitas alterações se verificaram, a nível académico – os alunos não eram obrigados a comparecer a todas as aulas e podiam escolher o seu plano de estudos com cadeiras de qualquer ano. Foi, assim que Regina Quintanilha frequentou, simultaneamente, o curso de Direito e o curso de Letras recém-criado pela República.
Em 1913, Quintanilha requereu autorização para advogar ao Supremo Tribunal de Justiça, autorização que foi concedida transformando-se esta primeira licenciada em Direito na primeira advogada portuguesa. Este facto causou grande impacto na imprensa e no público que acorreu ao primeiro julgamento que ela fez na Boa-Hora.
Regina Quintanilha foi ainda notária e conservadora do Registo Predial e professora no Liceu Maria Pia. Militou no Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas e foi presidente da Assembleia Geral deste Conselho, em 1917. Esteve ainda ligada à Cruzada das Mulheres Portuguesas.
As conquistas de Regina Quintanilha foram marcantes para a época, pois não era fácil frequentar o mundo do direito, eminentemente masculino. Também não foi fácil o acesso a outras profissões liberais, apesar da luta renhida das feministas contra o preconceito da inferioridade intelectual das mulheres e da “masculinização” que certas actividades provocavam. Bem clamou Elina Guimarães uma ilustre jurista, escritora e feminista, falecida há não muitos anos, dizendo que conhecia muitas intelectuais que eram todas excelentes mães de família, com vários filhos.
Angelina Vidal nasceu em 1853, numa família da média burguesia. Foi uma voz forte da corrente progressista, empenhada na questão social e do operariado. Viveu com imensas dificuldades, inclusive, a nível familiar. Angelina era uma republicana socializante e o pai um arreigado monárquico o que provocava grandes discórdias familiares. Casou cedo, mas cedo se separou do marido que, pouco depois, viria a morrer. Neste quadro, sofreu muitas privações e foi alvo da reprovação dirigida às mulheres separadas, naquela época.
Com uma aguda consciência das dificuldades da classe operária, ela associou o seu feminismo a formas mais amplas de luta.
No meio das suas dificuldades, valeu-lhe a solidariedade ocorrida no âmbito da “Voz do Operário” com a criação de um subsídio mensal, já que lhe fora negada uma pensão a que tinha direito, por virtude da sua actividade política.
Foi jornalista, tradutora e professora, sendo de recordar a sua actividade de escritora – poesia e prosa – e a publicação de peças de teatro. Recebeu prémios internacionais e fez parte da Associação da Imprensa Portuguesa.
Angelina criticou a monarquia, o clericalismo e o sistema económico e social de então. Ela foi a voz dos desfavorecidos.
Adelaide Cabete nasceu em 1867, numa família ligada ao mundo do trabalho fabril.
Começou a trabalhar jovem, após a morte do pai. Dotada de uma enorme força de vontade, estudou e formou-se em medicina. Foi uma mulher empenhada no movimento feminista e na política e uma republicana convicta. Casou-se ainda jovem com um homem mais velho que, contrariamente à generalidade dos homens de então, não pôs obstáculos à continuação dos estudos da sua mulher. Ele investiu mesmo na formação dela, tendo vendido bens para a custear.
Adelaide fez a instrução primária com 22 anos e concluiu o curso dos liceus cinco anos depois. Em 1896 matriculou-se na Escola Médica de Lisboa e teve professores ilustres, como Alfredo Costa, Miguel Bombarda e Ricardo Jorge. Formou-se em 1900. Defendeu como tese “A protecção das mulheres grávidas pobres, como meio de promover o desenvolvimento físico das novas gerações”. É frequente encontrar como preocupação comum a várias destas mulheres a associação entre a condição feminina e as crianças. Escolheu como área de actividade a ginecologia, considerada uma boa escolha, para mulheres, já que a privacidade do corpo feminino tornava mais fácil o recurso a uma médica. Daí, os homens terem defendido, na época, que as mulheres cursassem medicina, apesar de se oporem à educação e ao trabalho independente daquelas.
Mas além de médica, Adelaide Cabete foi também professora, tendo leccionado higiene e puericultura.
Nos princípios do século XX, publicou vários artigos, nomeadamente sobre a condição feminina, versando, muitas vezes, a ligação mãe-criança e o alcoolismo. A luta contra a prostituição foi, igualmente, um tema que lhe mereceu a maior atenção.
A par da actividade profissional, Adelaide Cabete foi um membro muito activo do movimento feminista português. Republicana, era tolerante nas suas ideias mas não sacrificando nunca à ideologia a marcha da conquista da emancipação da mulher.
Em 1907, Adelaide é iniciada na maçonaria, na Loja feminina Humanidade (Loja de Adopção). Depois de terem sido concedidos direitos iguais à Loja Feminina, Adelaide cria a maçonaria mista que durou apenas três anos, chegando a ser a primeira venerável desta Loja. Aliás, viria a fundar Lojas em Lisboa, Alcobaça e Portalegre.
Em 1909 foi uma das fundadoras da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, ao lado de Ana de Castro Osório.
A título de curiosidade e pelo seu simbolismo, anota-se que a Adelaide Cabete e a Carolina Beatriz Ângelo, outra feminista ilustre, coube a honra de costurar as bandeiras asteadas no 5 de Outubro, o que revela a confiança que os revolucionários depositavam nestas duas mulheres.
Em 1914, Adelaide Cabete fundou o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas que, desde logo, se associou a organizações internacionais. Este Conselho deveria, segundo os seus estatutos, ser apartidário, sem linha de orientação política ou religiosa, o que não foi fácil, considerando que há sempre uma marca política na luta pelos direitos das mulheres.
O número de mulheres aderentes ao Conselho era muito baixo, à volta de 500, enquanto que, no estrangeiro, em organizações congéneres, as participantes contavam-se por muitos milhares.
O Conselho organizou dois Congressos Feministas, em 1924 e em 1928.
Adelaide Cabete deslocou-se a congressos internacionais e, na qualidade de representante do governo português, foi ao Congresso de Roma, em 1923.
Ana de Castro Osório, nasceu em 1872 e cresceu num ambiente culto e aberto, numa família que não a privou do contacto com novas ideias.
Estreou-se na vida literária em 1894 e casou em 1898 com um escritor, propagandista e activista republicano.
Em 1911, Ana de Castro Osório acompanhou o marido para S. Paulo, no Brasil, continuando, porém, o seu trabalho como republicana e feminista. Voltou a Portugal depois da morte do marido, mas, nos anos vinte, foi convidada pelas autoridades brasileiras para realizar um ciclo de conferências.
Esta mulher foi uma das mais importantes feministas portuguesas, não radical. Foi ainda escritora, editora, pedagoga, publicista, conferencista e republicana. Era vista como mulher de princípios e convicções, mas tendo uma visão gradualista da transformação social, foi alvo de duras críticas.
É considerada uma das fundadoras da literatura infantil em Portugal, tendo feito uma vasta recolha da tradição popular oral do conto infantil. Não se limitando a esta área da escrita, Ana Castro Osório escreveu ficção para outros públicos.
Aderiu à maçonaria em 1907, tal como Adelaide Cabete, e esteve no início da fundação da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas.
Com o prestígio que possuía, Ana de Castro Osório colaborou com o Ministro da Justiça, Afonso Costa, na modificação de situações de desigualdade na condição feminina. Pretendia-se a alteração do Código Civil de 1867 que estabelecia direitos desiguais para homens e mulheres, subalternizando estas.
Depois de voltar do Brasil, Ana de Castro Osório funda uma loja maçónica com o nome da primeira mulher que votou em Portugal – Carolina Beatriz Ângelo.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Ana Osório defendeu o intervencionismo, tendo sido uma das mais importantes propagandistas da participação de Portugal naquele conflito. Esteve na organização da Comissão Feminina pela Pátria e entre o Grupo Fundador da Cruzada das Mulheres Portuguesas, em 1916 que deveria ser visto como uma instituição patriótica e humanitária e não como uma organização de assistência. Fez ainda parte do grupo restrito das mulheres que tiveram cargos no funcionalismo público, ocupando o lugar de inspectora do trabalho e de vogal do Conselho Central da Federação dos Amigos das Crianças, tutelado pelo Ministro da Justiça e Cultos.
Carolina Beatriz Ângelo nasceu em 1877, frequentou o Liceu na Guarda e veio para Lisboa cursar medicina cujos estudos terminou em 1902. Pioneira na prática das intervenções cirúrgicas, foi a primeira médica que operou no hospital de São José, acabando por se dedicar à ginecologia, como Adelaide Cabete.
Pertenceu a vários grupos femininos e feministas. Foi maçon e chegou a aceder ao grau de venerável. Defendeu o sufrágio feminino e em face das divergências existentes no seio da Liga Portuguesa, afastou-se desta organização e assumiu a direcção da Associação de Propaganda Feminista que não teve, porém, grande sucesso entre as mulheres.
Esta mulher ficou na história, não só como ilustre feminista e republicana, mas por ter sido a primeira mulher a votar nas primeiras eleições da República, em 28 de Maio de 1911. Ela reunia as condições legais: era cidadã portuguesa com mais de 21 anos, sabia ler e escrever e era chefe de família. Mas a República recém-formada não permitia que as mulheres votassem. Precisaram de esperar sessenta anos para verem instituído o sufrágio sem restrições, já depois do 25 de Abril de 1974. A revista “Alma Feminina” explica como Beatriz Ângelo conseguiu votar. Ao tentar inscrever-se no recenseamento, o funcionário administrativo indeferiu-lhe o requerimento. Tendo reclamado, o Ministério tutelado pelo republicano António José de Almeida negou-lhe o pedido. Recorreu para os tribunais e ganhou a causa. O Juiz concedeu-lhe o direito de se recensear e votar. Estava em causa a interpretação da expressão da Lei – “cidadãos portugueses” que, no entender dos homens republicanos, não abrangia as mulheres. Em 1913, o governo, para evitar dúvidas, alterou a Lei Eleitoral e especificou que o eleitor tinha que pertencer ao sexo masculino. As mulheres tinham servido para levantar a República mas já não eram necessárias nos trabalhos de ressurgimento nacional.
Beatriz morreu em Outubro de 1911, com trinta e quatro anos.
Maria Veleda nasceu em 1871, em Faro. Republicana, livre-pensadora e professora, Veleda pertenceu à Associação do Registo Civil e a outras organizações femininas. Antes da implantação da República, ansiava pela revolução, pela liberdade, pelo bem, pela justiça e pela redenção.
Foi considerada uma das mais importantes representantes do feminismo proletário, mas demasiado vermelha, segundo a opinião de alguns republicanos (António José de Almeida). Foi uma brilhante conferencista que, devido às suas ideias sobre a emancipação da mulher e sobre a necessidade de melhorar a situação das operárias e dos mais desprotegidos, era convidada para discursar em vários locais e escutada com muito interesse.
Estas são, algumas, quiçá as mais representativas mulheres que precederam e ajudaram a construir a efémera primeira República.
Algumas outras poderão não ter sido referenciadas. A todas, porém, quero cobrir com a mesma homenagem e gratidão por terem desbravado o deserto de direitos cívicos e políticos em que as mulheres viveram confinadas e construindo um pequeno oásis de liberdade e de valorização dos seus direitos. Oásis de curta duração é certo. Mas ele lá ficou encoberto por poeira para o podermos descobrir, como viemos a fazer".
quinta-feira, 18 de março de 2010
O Centenário da República em Berkeley
Entre os académicos que compunham o programa da universidade de Berkeley, a representação da Associação "Mulher Migrante", pela Manuela Aguiar, constituia uma excepção. A mostrar que a fama da Associação já passou as fronteiras, chegando a longes terras!
E Berkeley tem créditos firmados, desde que realizou, em parceria com a Fundação ProDignitate um dos "Encontros parara cidadania - Igualdade entre mulheres e homens", precisamente nessa Universidade da Califórnia.
Foi em 2008, com organização da Profª Deolinda Adão, que é também a organizadora do "Centenário" e de uma exposição sobre Portugal, de 1910 a 2010.
Foi em 2008, com organização da Profª Deolinda Adão, que é também a organizadora do "Centenário" e de uma exposição sobre Portugal, de 1910 a 2010.
Desta vez, a Manuela não falou de emigração, mas sim das feministas da 1ª República- outro dos seus assuntos preferidos.
Ela vai contar essa experiência.
Ela vai contar essa experiência.
terça-feira, 9 de março de 2010
Abertura do Centenario da Republica em Espinho
Em breve esperamos reproduzir, aqui, a magnífica conferência da Dra Maria Barroso sobre "As Mulheres da Primeira República".
(a minha sintética introducão ao tema - e ao Centenário - está publicada no "blogguiar")
(a minha sintética introducão ao tema - e ao Centenário - está publicada no "blogguiar")
Dia da Mulher em Newark
Brilhante!
Uma iniciativa, em parceria, da Cônsul Geral Dra Amelia Paiva e da União das Associações de NJ, na Casa do Ribatejo.
Presentes as dirigentes do Núcleo da "Mulher Migrante" nos EUA. A Presidente, Glória de Melo, disse alguns poemas, esplendidamente. Prometem, para breve, várias iniciativas!
(Vd Blogguiar)
Uma iniciativa, em parceria, da Cônsul Geral Dra Amelia Paiva e da União das Associações de NJ, na Casa do Ribatejo.
Presentes as dirigentes do Núcleo da "Mulher Migrante" nos EUA. A Presidente, Glória de Melo, disse alguns poemas, esplendidamente. Prometem, para breve, várias iniciativas!
(Vd Blogguiar)
quarta-feira, 3 de março de 2010
Centenário da República em Espinho - com acento no feminino!
• CONFERÊNCIA “AS MULHERES NA PRIMEIRA REPÚBLICA”
Palestrante: Dra. Maria de Jesus Barroso
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 5 de Março – 17 horas
Participação:
Grupo de Percussão da Escola Profissional de Música de Espinho
Coro da Universidade Sénior de Espinho
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• “CEM ANOS DE LIBERDADE POÉTICA”
Divulgação de um século de poesia através de uma pequena prelecção sobre cada um dos temas e seus poetas, motivando a leitura e a interpretação - Paulo Condessa
Local: Biblioteca Municipal de Espinho
Data: 20 de Março – 15h30
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: O Neo-realismo no Cinema
Ladrões de Bicicletas, 1948.
Exibição antecedida de uma palestra com um convidado a confirmar.
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 25 de Março – 21.30h
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• LANÇAMENTO DO BLOGUE - “O MEU DIÁRIO DA REPÚBLICA”
Concurso para alunos das escolas do concelho e jovens residentes em Espinho, a partir de reportagens sobre as comemorações do centenário da República em Espinho.
1.º Ciclo; 2.º e 3.º Ciclo; Secundário.
Informações e regulamento disponíveis no Museu Municipal de Espinho.
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ABRIL
• SERÃO REPUBLICANO
Reconhecendo a importância dos cafés enquanto lugares de eleição para tertúlia, mais ou menos efusivas, sobre questões de ordem politica, cultural e social e sabendo o quanto a vida mundana de Espinho, à época, podia rivalizar com ambientes semelhantes do Porto ou Lisboa a Câmara Municipal de Espinho propõe uma pequena “viagem “ através da música, do canto e da poesia que nos levará ao tempo da 1ª República .
Este Serão Republicano será realizado em parceria com alguns dos mais prestigiados e experientes agentes culturais locais das áreas do teatro, da dança, da música e da poesia que interpretarão peças e textos dos autores mais representativos da época.
Uma noite diferente, no Centro Multimeios de Espinho, onde os presentes poderão também saborear, num ambiente acolhedor, um capilé acompanhado de um biscoito de Valongo.
Ainda em fase de investigação e preparação, esperamos ter concluído, em meados do mês de Março, o guião deste “ espectáculo”.
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 22 de Abril – 21.30 h
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: Conflitos e Revoluções
Exibição do filme « Non », ou a Vã Glória de Mandar de Manoel de Oliveira, antecedida de palestra.
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 29 de Abril – 21.30h
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• EDIÇÃO FAC-SIMILADA das actas da Câmara Municipal de Espinho e dos números dos jornais Gazeta de Espinho e Defesa de Espinho, relacionados com o 5 de Outubro de 1910 e 25 de Abril de 1974. A distribuição será efectuada através de um encarte nos jornais Defesa de Espinho, Maré Viva e Jornal de Espinho.
MAIO
• MESA REDONDA
As Mulheres na República - “As Primeiras Mulheres a exercer cargos que lhes eram vedados”
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: a confirmar
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: Migrações Portuguesas
Exibição de um filme sobre as migrações portuguesas, antecedida de uma palestra com a Professora Doutora Ana Paula Beja Horta.
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 27 de Maio – 21.30h
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JUNHO
• ARTE EFÉMERA
Intervenção Colectiva em Graffitis
Com o bom pretexto do Centenário da República, a Câmara Municipal de Espinho quer este ano promover diversas iniciativas que propiciem um olhar mais atento sobre alguns dos acontecimentos mais relevantes que se começaram a afirmar no dealbar do século XX.
A saída da arte dos salões e outros espaços conservadores, mais ou menos constrangedores, na tentativa de aproximação aos novos públicos é, então, um facto novo e inovador.
Os cartazes, autênticas obras de arte, invadem as cidades que se “deixam” contaminar pelas mais diversas manifestações culturais e artísticas que tem em comum o facto de serem novas formas de comunicação em nada preocupadas com um lugar na história dos museus e que se assumem claramente como formas de arte transitórias e efémeras. A utilização de paredes para colocação de cartazes ou como suporte de pinturas e textos passa a fazer parte do quotidiano europeu.
Espinho possui um núcleo muito forte de cultura hip-hop e, dentro desta, excelentes grafitters que realizam autenticas obras de arte.
Neste contexto convidamos Luis Couto e outros jovens artistas do concelho, a orientar um workshop de grafitti, que realizaremos no dia 16 de Junho, no exterior do FACE- Museu Municipal de Espinho e no qual participarão 20 crianças e jovens.
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: 16 de Junho – 15h
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• CONCERTO EVOCATIVO DA OBRA MAESTRO FAUSTO NEVES (1890-1955). Lançamento de um CD gravado ao vivo.
Local: Auditório de Espinho/Academia de Música de Espinho
Data: 16 de Junho – 21.30h
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• ESTÁTUAS VIVAS
Prémio Especial para a estátua que melhor evoque uma personagem ou um acontecimento da república.
Local: Largo da Câmara Municipal
Data: 20 de Junho – 15.00 h
• CEM ANOS DE MIGRAÇÕES PORTUGUESAS
Conferência “Emigração na República” – Prof. Doutora Maria Beatriz Rocha Trindade.
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: a confirmar
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• LANÇAMENTO DA OBRA “A EMIGRAÇÃO EM ESPINHO (1910-1913) ”
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: 16 de Junho – 18.00h
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: As Mulheres no Cinema
Camille (Margarida Gautier), 1937.
Elisabeth, 1998.
Exibição antecedida de palestra.
Local: Cinema ao ar livre – local a designar
Data: 26 de Junho – 21.30h
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JULHO
• AO LARGO REPUBLICANO
A Câmara Municipal de Espinho vai promover, no mês de Julho, uma grande iniciativa de rua que quer evocar, com o rigor histórico possível mas também de forma lúdica, os comícios políticos tão comuns no tempo da 1ª República.
Esta iniciativa que se quer de grande impacto social e mediático, será realizada em parceria com os nossos agentes culturais com larga experiência de trabalho para grandes públicos e ao ar livre. Assim, ranchos folclóricos, grupos de teatro e de música reunirão perto de duas centenas de actores, músicos e figurantes que encenarão, vestidos a rigor, um grande comício republicano. No “ Ao largo Republicano!” poderemos encontrar as mais diversas personagens: monarcas e republicanos, pescadores, camponeses e fidalgos, inflamados políticos locais e nacionais, caricaturistas, bandas de música e todos aqueles que se reuniam aos grandes ajuntamentos: ceguinhos cantores, artistas de pequenos circos familiares, ardinas e outros vendedores: de água, de banha da cobra, de folhetins…. E nem as crianças faltarão por ali, brincando os jogos de então.
Local: Largo da Câmara Municipal (Praça Dr. José Salvador)
Data: 25 de Julho – 15.00h
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: As Férias no Cinema
Morte em Veneza, 1971.
Exibição antecedida de palestra.
Local: Cinema ao ar livre – local a designar
Data: 24 de Julho – 21.30h
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• TEATRO DE ROBERTOS
“Representações sobre a República” – José Bessa
Em Espinho muitos possuem boas memórias dos espectáculos de teatro de Robertos que deambulavam pelas nossas praias e eram presença obrigatória em feiras e romarias.
O teatro de Robertos, que continua tradições medievais de grupos de marionetas, tem no início do século XX particular expressão.
José Bessa, com larga experiência de teatro, integrou o grupo do Centro Dramático de Évora, que recuperou os Bonecos de Santo Aleixo e diversas companhias de teatro como o Teatro Experimental do Porto.
A convite da Câmara Municipal de Espinho José Bessa, que participa habitualmente no nosso Festival de Marionetas, irá construir um texto, jocoso mas didáctico, para o seu teatro de Robertos. Para a construção do texto o actor terá a colaboração de diversos serviços da Câmara Municipal de Espinho.
O espectáculo deambulará pelas praias do nosso concelho nos meses de Julho e Agosto.
Animação de rua, praia e outros lugares de Espinho
Data: Fins-de-semana de Julho
AGOSTO
• EXPOSIÇÃO E CONFERÊNCIA – “HUMOR GRÁFICO” – Osvaldo de Sousa
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 7 de Agosto – 16.00h
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• DESFILE DE FATOS DE BANHO da Época da Implantação da República
Local: Praia da Baía
Data: 8 de Agosto – 16.00h
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: O Veraneio no Cinema
As Praias d’ Agnés, 2008.
Exibição antecedida de palestra.
Local: Cinema ao ar livre – local a designar
Data: 07 de Agosto – 21.30h
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• TEATRO DE ROBERTOS
“Representações sobre a República” – José Bessa
Animação de rua, praia e outros lugares de Espinho
Data: Fins-de-semana de Agosto
SETEMBRO
• CONFERÊNCIA “CEM ANOS DE MUNICIPALISMO”
Homenagem aos Promotores de Espinho a Concelho”.
Palestrantes: Dr. Teixeira Lopes e Dr. Azevedo Brandão
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: 30 de Setembro – 17.00h
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: A Música no Cinema
Amadeus, 1984.
Exibição antecedida de palestra.
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 30 de Setembro – 21.30h
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• RECRIAÇÃO DE UMA SALA DE AULAS DOS INÍCIOS DA REPÚBLICA
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: 18 de Setembro a 31 de Outubro
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OUTUBRO
• EXPOSIÇÃO “ROSTOS DA REPÚBLICA”
Local: Galeria do Museu Municipal de Espinho
Data: 05 a 31 de Outubro
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• MESA REDONDA “A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA EM PORTUGAL”
Palestrantes a confirmar
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: a confirmar
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• CONCERTO DO CENTENÁRIO – ORQUESTRA CLÁSSICA DE ESPINHO
Local: Auditório de Espinho
Data: 05 de Outubro
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• TEATRALIZAÇÃO - «Da Monarquia Constitucional à República »
Apresentação de quadros vivos, dirigida a um público infanto-juvenil.
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: 05 a 31 de Outubro
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: Um Século de Guerra e de Paz
A Vida é Bela, 1997.
Exibição antecedida de palestra.
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 21 de Outubro – 21.30h
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• EXPOSIÇÃO “ROSTOS DA REPÚBLICA”; CONFERÊNCIA; CONCERTO.
Local: Brunoy – França
Data: Inauguração da exposição a 24 de Outubro
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NOVEMBRO
• EXPOSIÇÃO “AS MULHERES NO ESTADO-NOVO”
Abertura da exposição com conferência
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: 06 a 30 de Novembro
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: Um Século de Cinema
Cinema Paraíso, 1988.
Exibição antecedida de palestra.
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 25 de Novembro – 21.30h
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• LANÇAMENTO DO CATÁLOGO «OS BENS CULTUAIS EM ESPINHO»
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: 19 de Novembro – 16.00h
DEZEMBRO
• EXPOSIÇÃO « CEM ANOS DE VIVÊNCIAS EM ESPINHO »
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data : 04 de Dezembro a 02 de Janeiro
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• FINAL DO CONCURSO – BLOGUE « O MEU DIÁRIO DA REPÚBLICA »
Entrega de Prémios.
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: 19 de Dezembro
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: Um Filme de Natal
Milagre na Rua 34, 1994.
Natal em Família, 1998.
Um Conto de Natal, 2009.
Exibição antecedida de palestra.
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 18 de Dezembro – 21.30h
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Palestrante: Dra. Maria de Jesus Barroso
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 5 de Março – 17 horas
Participação:
Grupo de Percussão da Escola Profissional de Música de Espinho
Coro da Universidade Sénior de Espinho
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• “CEM ANOS DE LIBERDADE POÉTICA”
Divulgação de um século de poesia através de uma pequena prelecção sobre cada um dos temas e seus poetas, motivando a leitura e a interpretação - Paulo Condessa
Local: Biblioteca Municipal de Espinho
Data: 20 de Março – 15h30
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: O Neo-realismo no Cinema
Ladrões de Bicicletas, 1948.
Exibição antecedida de uma palestra com um convidado a confirmar.
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 25 de Março – 21.30h
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• LANÇAMENTO DO BLOGUE - “O MEU DIÁRIO DA REPÚBLICA”
Concurso para alunos das escolas do concelho e jovens residentes em Espinho, a partir de reportagens sobre as comemorações do centenário da República em Espinho.
1.º Ciclo; 2.º e 3.º Ciclo; Secundário.
Informações e regulamento disponíveis no Museu Municipal de Espinho.
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ABRIL
• SERÃO REPUBLICANO
Reconhecendo a importância dos cafés enquanto lugares de eleição para tertúlia, mais ou menos efusivas, sobre questões de ordem politica, cultural e social e sabendo o quanto a vida mundana de Espinho, à época, podia rivalizar com ambientes semelhantes do Porto ou Lisboa a Câmara Municipal de Espinho propõe uma pequena “viagem “ através da música, do canto e da poesia que nos levará ao tempo da 1ª República .
Este Serão Republicano será realizado em parceria com alguns dos mais prestigiados e experientes agentes culturais locais das áreas do teatro, da dança, da música e da poesia que interpretarão peças e textos dos autores mais representativos da época.
Uma noite diferente, no Centro Multimeios de Espinho, onde os presentes poderão também saborear, num ambiente acolhedor, um capilé acompanhado de um biscoito de Valongo.
Ainda em fase de investigação e preparação, esperamos ter concluído, em meados do mês de Março, o guião deste “ espectáculo”.
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 22 de Abril – 21.30 h
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: Conflitos e Revoluções
Exibição do filme « Non », ou a Vã Glória de Mandar de Manoel de Oliveira, antecedida de palestra.
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 29 de Abril – 21.30h
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• EDIÇÃO FAC-SIMILADA das actas da Câmara Municipal de Espinho e dos números dos jornais Gazeta de Espinho e Defesa de Espinho, relacionados com o 5 de Outubro de 1910 e 25 de Abril de 1974. A distribuição será efectuada através de um encarte nos jornais Defesa de Espinho, Maré Viva e Jornal de Espinho.
MAIO
• MESA REDONDA
As Mulheres na República - “As Primeiras Mulheres a exercer cargos que lhes eram vedados”
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: a confirmar
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: Migrações Portuguesas
Exibição de um filme sobre as migrações portuguesas, antecedida de uma palestra com a Professora Doutora Ana Paula Beja Horta.
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 27 de Maio – 21.30h
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JUNHO
• ARTE EFÉMERA
Intervenção Colectiva em Graffitis
Com o bom pretexto do Centenário da República, a Câmara Municipal de Espinho quer este ano promover diversas iniciativas que propiciem um olhar mais atento sobre alguns dos acontecimentos mais relevantes que se começaram a afirmar no dealbar do século XX.
A saída da arte dos salões e outros espaços conservadores, mais ou menos constrangedores, na tentativa de aproximação aos novos públicos é, então, um facto novo e inovador.
Os cartazes, autênticas obras de arte, invadem as cidades que se “deixam” contaminar pelas mais diversas manifestações culturais e artísticas que tem em comum o facto de serem novas formas de comunicação em nada preocupadas com um lugar na história dos museus e que se assumem claramente como formas de arte transitórias e efémeras. A utilização de paredes para colocação de cartazes ou como suporte de pinturas e textos passa a fazer parte do quotidiano europeu.
Espinho possui um núcleo muito forte de cultura hip-hop e, dentro desta, excelentes grafitters que realizam autenticas obras de arte.
Neste contexto convidamos Luis Couto e outros jovens artistas do concelho, a orientar um workshop de grafitti, que realizaremos no dia 16 de Junho, no exterior do FACE- Museu Municipal de Espinho e no qual participarão 20 crianças e jovens.
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: 16 de Junho – 15h
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• CONCERTO EVOCATIVO DA OBRA MAESTRO FAUSTO NEVES (1890-1955). Lançamento de um CD gravado ao vivo.
Local: Auditório de Espinho/Academia de Música de Espinho
Data: 16 de Junho – 21.30h
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• ESTÁTUAS VIVAS
Prémio Especial para a estátua que melhor evoque uma personagem ou um acontecimento da república.
Local: Largo da Câmara Municipal
Data: 20 de Junho – 15.00 h
• CEM ANOS DE MIGRAÇÕES PORTUGUESAS
Conferência “Emigração na República” – Prof. Doutora Maria Beatriz Rocha Trindade.
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: a confirmar
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• LANÇAMENTO DA OBRA “A EMIGRAÇÃO EM ESPINHO (1910-1913) ”
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: 16 de Junho – 18.00h
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: As Mulheres no Cinema
Camille (Margarida Gautier), 1937.
Elisabeth, 1998.
Exibição antecedida de palestra.
Local: Cinema ao ar livre – local a designar
Data: 26 de Junho – 21.30h
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JULHO
• AO LARGO REPUBLICANO
A Câmara Municipal de Espinho vai promover, no mês de Julho, uma grande iniciativa de rua que quer evocar, com o rigor histórico possível mas também de forma lúdica, os comícios políticos tão comuns no tempo da 1ª República.
Esta iniciativa que se quer de grande impacto social e mediático, será realizada em parceria com os nossos agentes culturais com larga experiência de trabalho para grandes públicos e ao ar livre. Assim, ranchos folclóricos, grupos de teatro e de música reunirão perto de duas centenas de actores, músicos e figurantes que encenarão, vestidos a rigor, um grande comício republicano. No “ Ao largo Republicano!” poderemos encontrar as mais diversas personagens: monarcas e republicanos, pescadores, camponeses e fidalgos, inflamados políticos locais e nacionais, caricaturistas, bandas de música e todos aqueles que se reuniam aos grandes ajuntamentos: ceguinhos cantores, artistas de pequenos circos familiares, ardinas e outros vendedores: de água, de banha da cobra, de folhetins…. E nem as crianças faltarão por ali, brincando os jogos de então.
Local: Largo da Câmara Municipal (Praça Dr. José Salvador)
Data: 25 de Julho – 15.00h
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: As Férias no Cinema
Morte em Veneza, 1971.
Exibição antecedida de palestra.
Local: Cinema ao ar livre – local a designar
Data: 24 de Julho – 21.30h
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• TEATRO DE ROBERTOS
“Representações sobre a República” – José Bessa
Em Espinho muitos possuem boas memórias dos espectáculos de teatro de Robertos que deambulavam pelas nossas praias e eram presença obrigatória em feiras e romarias.
O teatro de Robertos, que continua tradições medievais de grupos de marionetas, tem no início do século XX particular expressão.
José Bessa, com larga experiência de teatro, integrou o grupo do Centro Dramático de Évora, que recuperou os Bonecos de Santo Aleixo e diversas companhias de teatro como o Teatro Experimental do Porto.
A convite da Câmara Municipal de Espinho José Bessa, que participa habitualmente no nosso Festival de Marionetas, irá construir um texto, jocoso mas didáctico, para o seu teatro de Robertos. Para a construção do texto o actor terá a colaboração de diversos serviços da Câmara Municipal de Espinho.
O espectáculo deambulará pelas praias do nosso concelho nos meses de Julho e Agosto.
Animação de rua, praia e outros lugares de Espinho
Data: Fins-de-semana de Julho
AGOSTO
• EXPOSIÇÃO E CONFERÊNCIA – “HUMOR GRÁFICO” – Osvaldo de Sousa
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 7 de Agosto – 16.00h
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• DESFILE DE FATOS DE BANHO da Época da Implantação da República
Local: Praia da Baía
Data: 8 de Agosto – 16.00h
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: O Veraneio no Cinema
As Praias d’ Agnés, 2008.
Exibição antecedida de palestra.
Local: Cinema ao ar livre – local a designar
Data: 07 de Agosto – 21.30h
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• TEATRO DE ROBERTOS
“Representações sobre a República” – José Bessa
Animação de rua, praia e outros lugares de Espinho
Data: Fins-de-semana de Agosto
SETEMBRO
• CONFERÊNCIA “CEM ANOS DE MUNICIPALISMO”
Homenagem aos Promotores de Espinho a Concelho”.
Palestrantes: Dr. Teixeira Lopes e Dr. Azevedo Brandão
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: 30 de Setembro – 17.00h
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: A Música no Cinema
Amadeus, 1984.
Exibição antecedida de palestra.
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 30 de Setembro – 21.30h
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• RECRIAÇÃO DE UMA SALA DE AULAS DOS INÍCIOS DA REPÚBLICA
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: 18 de Setembro a 31 de Outubro
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OUTUBRO
• EXPOSIÇÃO “ROSTOS DA REPÚBLICA”
Local: Galeria do Museu Municipal de Espinho
Data: 05 a 31 de Outubro
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• MESA REDONDA “A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA EM PORTUGAL”
Palestrantes a confirmar
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: a confirmar
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• CONCERTO DO CENTENÁRIO – ORQUESTRA CLÁSSICA DE ESPINHO
Local: Auditório de Espinho
Data: 05 de Outubro
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• TEATRALIZAÇÃO - «Da Monarquia Constitucional à República »
Apresentação de quadros vivos, dirigida a um público infanto-juvenil.
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: 05 a 31 de Outubro
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: Um Século de Guerra e de Paz
A Vida é Bela, 1997.
Exibição antecedida de palestra.
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 21 de Outubro – 21.30h
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• EXPOSIÇÃO “ROSTOS DA REPÚBLICA”; CONFERÊNCIA; CONCERTO.
Local: Brunoy – França
Data: Inauguração da exposição a 24 de Outubro
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NOVEMBRO
• EXPOSIÇÃO “AS MULHERES NO ESTADO-NOVO”
Abertura da exposição com conferência
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: 06 a 30 de Novembro
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: Um Século de Cinema
Cinema Paraíso, 1988.
Exibição antecedida de palestra.
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 25 de Novembro – 21.30h
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• LANÇAMENTO DO CATÁLOGO «OS BENS CULTUAIS EM ESPINHO»
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: 19 de Novembro – 16.00h
DEZEMBRO
• EXPOSIÇÃO « CEM ANOS DE VIVÊNCIAS EM ESPINHO »
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data : 04 de Dezembro a 02 de Janeiro
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• FINAL DO CONCURSO – BLOGUE « O MEU DIÁRIO DA REPÚBLICA »
Entrega de Prémios.
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: 19 de Dezembro
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• CEM ANOS VISTOS ATRAVÉS DO CINEMA
Tema: Um Filme de Natal
Milagre na Rua 34, 1994.
Natal em Família, 1998.
Um Conto de Natal, 2009.
Exibição antecedida de palestra.
Local: Centro Multimeios de Espinho
Data: 18 de Dezembro – 21.30h
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A Sagres em Buenos Aires
NATÁLIA
Homenaje a San Martín y visita del SAGRES
Como ya es sabido, este año habrá muchas actividades dentro de las celebraciones del “BICENTENARIO”. Entre ellas, la Regata Internacional de Grandes Veleros: “Velas Sudamérica 2010”. Uno de los barcos participantes es el Buque Escuela SAGRES, el más famoso y reconocido de los barcos de la Marina Portuguesa.
El Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires, dará la bienvenida a la Regata y organizará un desfile cívico-militar el día sábado 6 de marzo a las 10 horas. El desfile se realizará sobre la Av. SANTA FE, desde Carlos Pellegrini hasta Plaza San Martín, donde se rendirá un homenaje al Libertador.
Desfilarán representando a Portugal: Los Abanderados del SAGRES, un grupo de marinos del Buque Escuela Portugués, el Grupo Folclórico “Estrelas do Minho”, integrantes del Club Portugués de E. Echeverria vestidos con trajes típicos portugueses y alumnos de la Escuela República de Portugal portando Banderas Portuguesas.
• Al finalizar el desfile y el Homenaje al Libertador Gral. San Martín, realizaremos una visita al Sagres, que estará anclado en Puerto Madero.
Invitamos a nuestra comunidad a acompañarnos a esta cita de honor, con Banderas Argentinas y Portuguesas.
La Empresa de colectivos Nuevo Ideal, aportará dos micros. Uno saldrá de la Plaza Central de Monte Grande y el otro de la puerta del Club Portugués de Casanova. Ambos saldrán a las 8:30 de la mañana.
En caso de lluvia, se traslada todo el evento al domingo 7 de marzo con la misma estructura.
http://sagres.marinha.pt
http://www.marinha.pt/PT/Pages/homepage.aspx
António Antunes Canas
Conselheiro do Governo Português
Área Consular de Argentina
Saavedra nº 9 - 1842 Monte Grande - Argentina
Tel:54-11-4296-4194
Celular: desde Argentina= 11-154440-0358
desde outro país= 54911-4440-0358
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Homenaje a San Martín y visita del SAGRES
Como ya es sabido, este año habrá muchas actividades dentro de las celebraciones del “BICENTENARIO”. Entre ellas, la Regata Internacional de Grandes Veleros: “Velas Sudamérica 2010”. Uno de los barcos participantes es el Buque Escuela SAGRES, el más famoso y reconocido de los barcos de la Marina Portuguesa.
El Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires, dará la bienvenida a la Regata y organizará un desfile cívico-militar el día sábado 6 de marzo a las 10 horas. El desfile se realizará sobre la Av. SANTA FE, desde Carlos Pellegrini hasta Plaza San Martín, donde se rendirá un homenaje al Libertador.
Desfilarán representando a Portugal: Los Abanderados del SAGRES, un grupo de marinos del Buque Escuela Portugués, el Grupo Folclórico “Estrelas do Minho”, integrantes del Club Portugués de E. Echeverria vestidos con trajes típicos portugueses y alumnos de la Escuela República de Portugal portando Banderas Portuguesas.
• Al finalizar el desfile y el Homenaje al Libertador Gral. San Martín, realizaremos una visita al Sagres, que estará anclado en Puerto Madero.
Invitamos a nuestra comunidad a acompañarnos a esta cita de honor, con Banderas Argentinas y Portuguesas.
La Empresa de colectivos Nuevo Ideal, aportará dos micros. Uno saldrá de la Plaza Central de Monte Grande y el otro de la puerta del Club Portugués de Casanova. Ambos saldrán a las 8:30 de la mañana.
En caso de lluvia, se traslada todo el evento al domingo 7 de marzo con la misma estructura.
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