MULHERES MIGRANTES- OS MULTIMEDIA ENQUANTO ESPAÇOS DE ACÇÃO E REPRESENTAÇÃO
Os seminários subordinados a esta temática foram delineados pela Associação “Mulher Migrante” e a sua concretização em várias comunidades da América do Norte vem sendo apoiada pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, desde 2009.
Uma parceria para colaboração nos seminários foi estabelecida com a Fundação Pro Dignitate e o CEMRI (Universidade Aberta) com os Consulados de Portugal da área envolvida e com instituições locais (universidades, associações, jornais).
O objectivo fundamental é a sensibilização de mulheres e homens migrantes para os estereótipos de género, subvalorização ou distorções e discriminações que afectam a imagem das mulheres nos “media” das comunidades e para as formas de tomada de consciência e de denúncia dessas situações – sempre que os media não acompanhem, de facto, a evolução da realidade, neste domínio ou, numa perspectiva dinâmica, não ajudem o seu desenvolvimento.
Igualmente se visa analisar as formas de intervenção feminina nos “media” e nos “multimedia” – e os seus efeitos na mudança, no ajustamento à realidade e na própria transformação positiva dessa realidade, no sentido da participação cívica das imigrantes na sociedade onde procuram gozar de direitos iguais.
Um enfoque particular nos multimédia, poderá encorajar as mulheres a um papel mais activo, por oferecerem um acesso, à partida, mais igualitário e por poderem ter, também, reflexos nos meios de comunicação tradicionais.
Como preparação da participação de estudantes, membros de associações e jornalistas, sugere-se um exercício prévio de leitura ou audição de programas de comunicação social da comunidades portuguesa ou de outras comunidades estrangeiras, assim como dos americanos, para um a primeira análise comparativa do seu conteúdo, nesta vertente.
PÚBLICO-ALVO: Estudantes universitários; Jornalistas; Dirigentes associativos
DOCUMENTOS A DISTRIBUIR: A Declaração Universal dos Direitos Humanos; Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres; O Guia Prático do Jornalista (direitos e deveres, regras de comportamento); Jornais e gravações de programas locais.
PROPOSTA DE PROGRAMA:
!º Dia de Trabalho
Abertura: Objectivos dos seminários. Referência aos realizados na Universidade de Mass-Dartmouth e na Associação Portuguesa de Montreal, em 2009
Tema
“A questão de género, na feitura e na leitura dos media”
Que feitura? (prioridades da comunicação social – informação geral, ou especializada, manutenção das ligações ao país de origem, das tradições culturais, integração no novo país, prestação de serviço público, objectivos comerciais?)
Que leitura? (exercícios relacionados com a escuta, visionamento, audição de programas dos media, redes sociais, blogues). Correspondem às prioridades desejadas?
2º Dia de Trabalho
1º Tema:
“Regras e limites de cada tipo de media: o que se constata e o que se pode esperar, através de uma atitude mais activa das próprias mulheres ( rádio, tv, jornais, redes sociais e blogues)”
2º Tema
“Os intervenientes – possibilidades de acesso à feitura e influência na feitura dos media e multimédia pelas mulheres, ( de várias gerações) – introduzir também a questão geracional? numa comunidade concreta, (a de NJ?), e seus instrumentos de “defesa”, enquanto .consumidoras”.