sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Colóquio sobre Maria Archer e Maria Lamas em Espinho

A 16 de Abril, na Escola Dr. Manuel Laranjeira.
Um auditório cheio de alunos desta Escola e da Escola Domingos Capela.
Uma iniciativa das Escolas e da AEMM. Um sucesso, pela qualidade das intervenções, por esta colaboração exemplar das Escolas, , professores e alunos, e da nossa Associação.
A continuar, convidando os jovens à reflexão sobre a realidade das nossas migrações, passadas e presentes - e sobre o papel das mulheres. que é preciso desocultar.
Muitas perguntas sobre estas duas notáveis Mulheres! Bom sinal!
 
 

Entrevista imaginária a Maria Archer, a anteceder o colóquio


CONGRESSO EM 24 E 25 DE OUTUBRO


O CARTAZ COM ASSINATURA DO DR. TIAGO DE CASTRO.
Só a data foi alterada - um adiamento de uma semana.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

ENCONTRO MIGRAÇÕES E ARTES NO FEMNINO

O Encontro que marcou o início das comemorações da AEMM. Presença do SECP, Dr. José Cesário, de muitas das artistas e de cerca de 180 participantes

DEOLINDA ADÃO na BIENAL MULHERES D'ARTES

A Profª Deolinda Adão  trouxe a Portugal. numa visita de estudo, 15 dos seus estudantes das Universidades de Berkeley e de San José.
Espinho foi, pela 1ª vez, parte desse roteiro, num encontro que reuniu na Bienal os jovens com a Vereadora da Cultura Leonor Fonseca, com muitas das artistas, com dirigentes da Associação de Estudos Mulheres Migrantes e com professores e alunos da Escola Domingos Capela.
Largas dezenas de participantes, uma introdução de Deolinda Adão e, depois, um debate animado,
Um dia para recordar, uma iniciativa para repetir no próximo verão, ainda que fora do contexto da bienal.
Aqui ficam as palavras de Deolinda Adão nesse 26 de julho de 2013
"Agradeço à Dra. Manuela Aguiar que se disponibilizou para ajudar a organizar este evento no âmbito da bienal de "Arte no Feminino", à Dr. Leonor Fonseca, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Espinho ambas membros da comissão de Honra da 2ª Bienal Mulheres d'Artes, que pôs em prática esse pedido e em poucos dias organizou este evento no qual nos honra participar. Agradeço também às artistas aqui presentes que em realidade representam os milhares de mulheres portuguesas produtoras de arte, nas mais variadíssimas vertentes e com diversas representações.
Há séculos que mulheres produzem arte, embora o reconhecimento dessa produção é relativamente recente. Quase desde o início da humanidade muita da tarefa feminina exigia que elas quotidianamente desenvolvessem de uma forma ou outra uma atividade artística. Desde as maquilhagens e máscaras primitivas, até aos complexos penteados e ornamentações de vestuário. Já para não falar de utensílios e roupas domésticas. As nossas rendeiras, bordadeiras, tecedeiras, e demais artesãs são perfeitos exemplos de artistas anónimas que por séculos tem contribuído para o embelezamento do dia a dia, das suas famílias e da sua sociedade em geral.
Passaram séculos de anonimato até que a produção artística feminina começasse a ser reconhecida com tal, ou seja como produção artística e começasse a ser inserida no Canon Universal.  A mulher que produz arte, seja em que vertente for, é em primeira instância apenas isso - uma artista. A particularidade do seu género, é apenas isso uma particularidade. Assim, é com muita alegria que participamos na segunda bienal de Mulheres d'Artes, em que se apresenta arte unida entre si pela particularidade de ter sido produzida por mulheres.
Esta produção artística de mulheres, para além da sua vertente universalista, está frequentemente marcada pela feminilidade e pela dialética feminina, que pode por vezes incluir a forma como a mulher dialoga com as condições sociais associadas à sua posição na sociedade, e particularmente neste caso dentro dos condicionamentos impostos a mulher dentro da tradição paternalista da cultura portuguesa. A produção artística é sempre uma apoderação de agência, um processo de autorrepresentação e uma afirmação do eu, seja este privado ou coletivo. Esta apropriação, este ato construtivo é sempre uma audácia, um ato heroico, uma emancipação, enfim uma autoconstrução, um auto parto. Ser mulher artista, é muito mais que ser simplesmente mulher ou simplesmente artista. É ser o veículo que altera os parâmetros de feminilidade vigentes e que insere a mulher na esfera do Universal e transporta a sua produção artística milenar desde a escuridão do espaço doméstico para a visibilidade da esfera pública. Esta bienal que aqui se realiza por segunda vez em Espinho, é evidencia inequívoca de que a arte produzida por mulheres está permanentemente e inequivocamente inserida na esfera pública, tem a luz dos sois que dão brilho ao universo artístico e dão mais brilho e beleza às nossas vidas e à humanidade.
Obrigada"
Nós,  todos os que, em Espinho, tivemos a sorte de participar no Encontro, é que estamos muito gratos à Doutora Deolinda e aos alunos, que, com ela, vivem a aventura da cultura portuguesa em terras portuguesas,

A Bienal Mulheres d' Artes