quinta-feira, 26 de setembro de 2013

ANA MARIA CABRERA comunicação

Regina Pacini
puente de amor entre Portugal y Argentina
                                                                                                 Ana María Cabrera
Regina Pacini es puente de unión entre Portugal y Argentina. 
Llevada por la fuerza del amor deja la tierra que la vio nacer para migrar
a Buenos Aires. Es la única mujer extranjera de presidente argentino.
Gracias a ella hoy estoy en Lisboa. Fue fascinante investigar sobre esta
gran soprano portuguesa que dejó país madre y hermanos para casarse
con el Dr. Marcelo T. de Alvear, presidente argentino entre los años 1922
y 1928. Fruto de la investigación histórica y la creación literaria en el
año 2001 publiqué mi novela “Regina y Marcelo un duetto de amor”. En
enero de este año apareció aquí la versión en portugués de este libro
que tantas satisfacciones me brindó. Gracias a él conocí a la comunidad
portuguesa, fui invitada a todas las celebraciones patrias en la Embajada
y por sobre todo a la asociación de Mulheres Migrantes que preside
Natalia Correia.
Regina Isabel Luisa Pacini nació en Lisboa el 6 de enero de 1871. Su
padre, Pietro Pacini, de origen italiano, era barítono y llegó a ser director
del Real Teatro de San Carlos. Su madre, Felicia Quintero, era andaluza.
Se casaron en Portugal donde formaron una gran familia.
Cuentan que desde muy pequeña Regina acompañaba a su padre al
Teatro. ¡Cuánto soñé llegar a conocerlo! Quiero compartir un fragmento
de mi obra que remeda los comienzos de esta gran cantante:
“Pai e filha entraram. Os primeiros compassos da ópera “A Sonàmbula,
de Bellini  irromperam pela sala. O corpo de Regina estremeceu.
Continuava em pé presa ao encantamento da música. Os olhos
desmesuradamente abertos, a boca prestes a deixar escapar um som.
Naô perdía um movimiento da intérprete que ensaiava em palco. Por
fim, ouviu-se o último acorde da ópera. A pequeña estaba imóvel. Os
cantores foram saindo. O silêncio era total, apenas se ouvia o som do
cenário que començava a ser desmontado. O teatro ficou vazio. Regina
tremía de ansiedade por subir ao palco. Foi nesse momento que se
sobressaltou….
…Caminhou lentamente. Subiu um a um os degraus. Ao chegar, um halo
mágico envolveu-a. …O coraçon de Regina batia acelerado. A criança ria
e chorava ao mesmo tempo. Sem saber como nem porquê, començo a
cantar.
Cuando Regina tenía once años falleció su padre. El artista dejó a su
familia una vida de sueños pero con escasos recursos económicos. Su
madre, Felicia Quintero, fue quien consiguió que su hija tomara clases
gratuitas de canto con el maestro Napoleón Vilani. Regina poseía una
voz privilegiada y pronto comenzó una exitosa carrera como soprano
ligera. Fue aclamada por la crítica y el público de los más famosos
teatros de Europa.
Siendo una famosa cantante viajó a Sudamérica. Debutó en el Teatro
“Solís” de Montevideo, Uruguay. El 1 de septiembre de 1899 Regina
cantó en el teatro Politeama  de Buenos Aires.
“…..quando a cortina subiu  ficou tudo em silêncio. A música era o
prelúdio da entrada dos cantores. Os primmeiros acordes de Lucia di
Lammermoor, de Donizetti, iluminaram a sala. Regina Pacini surgia
envolvida por arpejos celestiais. A sua voz esvoaçava nos ouvidos de
Alvear. Estremeceu. Nunca tinha experimentado uma sensaçâo como
aquela……
….A sua voz era uma melodía cristalina que insistia em acariciá-lo. Nesse
momento, aquele homem percebeu que ela era a mulher da sua vida…..”
Nunca  imaginó que ese viaje cambiaría su vida. Marcelo T. de Alvear,
uno de los solteros más codiciados, estuvo la noche del estreno.
Fascinado con la voz de la mujer Alvear la siguió por los más importantes
teatros del mundo, colmándola de flores  y requerimientos amorosos.
     Durante ocho años Regina siguió recibiendo las infaltables rosas rojas
y blancas con una tarjeta que decía: “Marcelo T. de Alvear, todavía”. La
sociedad argentina no admitía la unión de un aristócrata con una artista.
     Pero Marcelo desafió los prejuicios de la época para casarse con
Regina en Lisboa, el 29 de abril de 1907. Desde ese día la mujer cantó
solamente para su amor o en alguna ocasional reunión íntima.
Por fim chegou o grande dia, A 29 de abril de 1907 Regina Pacini e
Marcelo T. de Alvear casaram. A cerimónia teve lugar em Lisboa, na
Igreja de Nossa Senhora da Encarnaçâo……
….Depois da festa íntima o casal foi-se embora para desfrutar da sua
lua de mel. Foram para o Monte Estoril, onde passaram a noite no Hotel
Royal.
     Cuando Alvear llegó a la presidencia de la Nación, en 1922,  Regina
Pacini pasó a ser la Primera Dama del Siglo XX y la única extranjera.
Durante la gestión de su esposo Regina comenzó a trabajar en un
magnífico proyecto: la Casa del Teatro. Conocedora de la sensible alma
de los artistas, la cantante tuvo la idea de crear una casa que fuera
refugio de la vejez, muchas veces signada por el desamparo. Hoy esa
casa cobija a casi cincuenta pensionados, que son historia viva de la
escena nacional.
     En 1924 el entonces presidente de la República Argentina, Marcelo T.
de Alvear, fue quien fundó “Villa Regina” en la provincia de Río Negro. La
bautizó Regina en honor a su esposa.
En el año 1928 concluía el mandato presidencial del Dr. Marcelo T. de
Alvear. Antes en la Casa de Gobierno disfrutaron del bel canto.
A Casa Rosada preparava-se para uma verdadeira festa musical. Lauri
Volpi foi convidado pelo presidente para cantar La Bohème, ia ser
acompanhado pela primeira-dama no il duetto da ópera…..
A beleza da voz da sua Regina ficou para sempre na memoria das
paredes da Casa Rosada.  
     Regina Pacini fue protagonista de un largo e intenso amor. De la mano
de su esposo esta generosa mujer portuguesa soportó en silencio la
indiferencia de la sociedad argentina respondiéndonos con el regalo de
grandes obras culturales: la Casa del Teatro, refugio de la vejez de los
artistas  y Radio Municipal para que todo el pueblo  pueda escuchar el
bel canto desde su hogar.
Esta gran mujer portuguesa murió en Buenos Aires el 18 de septiembre
de 1965 a los noventa y cuatro años.
La belleza del Arte eleva el espíritu. Hoy la necesitamos más que nunca.
Portugal y Argentina dos países que hoy se dan la mano a través de esta
emblemática mujer: la inolvidable Regina Pacini.
NOTA CURRICULAR
Maria Augusta de Araújo Fontes dos Santos, nascida a 30 de Agosto de 1955.
Licenciada em Geografia, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Professora do Quadro de Nomeação Definitiva da Escola Secundária de Camilo
Castelo  Branco de V. N. Famalicão. Exerceu funções docentes em Escolas
Secundárias de Guimarães, Lisboa e V. N. Famalicão.
No âmbito da sua atividade profissional desempenhou diversos cargos, entre os
 Orientadora da Profissionalização em Exercício em 1982-1983;
 Vogal do Conselho Diretivo da Escola Secundária de Camilo Castelo Branco
de V. N. Famalicão nos anos letivos de 1987-1988 a 1993-1994;
 Membro efetivo do Conselho de Escola e do Conselho Geral;
 Professora Avaliadora, no âmbito da Avaliação de Desempenho Docente;
 Coordenadora da Equipa de Mediação Disciplinar da Escola.
A nível político-partidário, social e cívico desempenhou diversos cargos eletivos,
com destaque para os cargos:
 Secretária da Junta de Freguesia de Lousado, no mandato de 1997-2001;
 Presidente da Junta da Freguesia de Lousado, no mandato de 2001-2005;
 Vereadora da Câmara Municipal de V. N. Famalicão, entre Novembro de
2006 e Setembro de 2009;
 Direção partidária a nível nacional, distrital e concelhio;
 Sócia e/ou colaboradora de diversas associações e organizações locais,
regionais e nacionais;
 Colaboradora do jornal semanário regional “Opinião Pública”, na secção
“Questão Pública”, ininterruptamente desde 12/03/2007 a 26/07/2011.
Maria Augusta Santos                                                                                                 Página 1

CV Dr.ª Maria Augusta Fontes dos Santos

NOTA CURRICULAR
Maria Augusta de Araújo Fontes dos Santos, nascida a 30 de Agosto de 1955.
Licenciada em Geografia, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Professora do Quadro de Nomeação Definitiva da Escola Secundária de Camilo
Castelo  Branco de V. N. Famalicão. Exerceu funções docentes em Escolas
Secundárias de Guimarães, Lisboa e V. N. Famalicão.
No âmbito da sua atividade profissional desempenhou diversos cargos, entre os
 Orientadora da Profissionalização em Exercício em 1982-1983;
 Vogal do Conselho Diretivo da Escola Secundária de Camilo Castelo Branco
de V. N. Famalicão nos anos letivos de 1987-1988 a 1993-1994;
 Membro efetivo do Conselho de Escola e do Conselho Geral;
 Professora Avaliadora, no âmbito da Avaliação de Desempenho Docente;
 Coordenadora da Equipa de Mediação Disciplinar da Escola.
A nível político-partidário, social e cívico desempenhou diversos cargos eletivos,
com destaque para os cargos:
 Secretária da Junta de Freguesia de Lousado, no mandato de 1997-2001;
 Presidente da Junta da Freguesia de Lousado, no mandato de 2001-2005;
 Vereadora da Câmara Municipal de V. N. Famalicão, entre Novembro de
2006 e Setembro de 2009;
 Direção partidária a nível nacional, distrital e concelhio;
 Sócia e/ou colaboradora de diversas associações e organizações locais,
regionais e nacionais;
 Colaboradora do jornal semanário regional “Opinião Pública”, na secção
“Questão Pública”, ininterruptamente desde 12/03/2007 a 26/07/2011.
Maria Augusta Santos                                                                                                 Página 1
Diário Poético – A Emigração Portuguesa
Ontem
a salto pelos Pirinéus
a caminhar meio descalço
até à cidade luz, à procura
do pão de todos os dias
se possível acompanhado
com o tinto que possa pagar
com dinheiro ganho no duro
trabalho que os nativos
não queriam executar
quando o faziam mais 
“argent” iam ganhar
esperar que a mulher pudesse
vir trabalhar e fazer companhia
limpar na casa das madames
subir no escalão e tornar-se
porteira desse mesmo casarão
Hoje
de avião via Francoforte do Meno
com destino à terra citada na net
ou indicada por conselheiros pessoais
com um diploma na mão vazia
a língua inglesa na ponta da língua
à procura da segurança perdida na terra
e do trabalho adequado e legal
com o qual se pode comprar um carro bom
mesmo que não seja um jaguar
vai-se ganhar menos uma centena de euros
do que aqueles que aí nasceram
e os pais dessas terras são
o que interessa é poder pagar
fast food ou a cozinha tradicional
a àgua, coca-cola, cerveja ou o vinho
e
não esquecer o direito
à segurança social
Nuremberga, 12.09.2013
©Maria do Rosário Loures

De Nuremberga, Maria do Rosário Loures


É com muitíssimo gosto, podeira escrever honra ou prazer, que me encontro a escrever estas palavras sobre a minha participação no “Encontro da Mulher Migrante em Congresso”, e como não podia deixar de ser aqui Vos apresento mais de meia dúzia de palavras sobre a minha vida desde há um quarto de século na diáspora:

- Sou filha de um homem, negociante alentejano, que emigrou para a Alemanha nos anos 60 pelo seu descontentamento total com a situação em que se encontrava; tinha muitíssimos clientes, tanto na mercearia-padaria como na tasca-casa-de-pasto, mas a grande maioria deles não tinha um tostão para pagar a conta. A minha mãe continuou a dirigir o negócio, até que um ano depois o meu pai a  chamou para a terra das grandes indústrias; não me levou para que eu continuasse a ser uma menina de boas famílias e não tivesse que ir viver como filha de “Gastarbeiter”, o termo pejorativo para os  imigrantes na Alemanha,  e frequentar uma escola cujo sistema e professores eles não conheciam, a única do conhecimento de meu pai era a escola Berlitz, onde logo se matriculou para aprender as bases da língua do Goethe.  Como se diz na zona de Odemira, fiquei entregue aos meus avós e mais tarde fui para um colégio interno. As férias-grandes, essas costumava passá-las junto deles, na cidade do Julgamento, em Nuremberga.  A minha entrada na diáspora deu-se pelo meu casamento com o pai da minha filha, um alemão, germanista virado para a arte e que queria melhorar o mundo, era e continua a ser membro ativo do partido dos verdes “Die Grünen”, na mesma cidade onde meus pais viviam. Eu, uma vez que tinha estudado alemão na Escolar Superior de Tradutores e Intérpretes assim que a minha filha entrou para o “Kindergarten”//Jardim de Infância, comecei a trabalhar num escritório de advogados especializado em direito de estrangeiros e asilo-político tal como direito de família.  O meu, nessa época, ainda marido era o secretário-geral do conselho de estrangeiros da mesma cidade, tendo eu automaticamente a possibilidade de conhecer migrantes de muitas cidadanias e culturas, tal como os seus problemas politico-socias. Na minha ingenuidade entrei para o partido “Die Grünen” para melhor poder lutar pelos seus interesses. Também entrei para o grupo de trabalho “Mulheres” do mesmo partido.  No ano de 1991 fui eleita secretária da Associação Portuguesa de Nuremberga, onde até aí as mulheres, execepto a professora portuguesa que ajudou à criação da mesma, só serviam para trabalhar na cozinha. Um ano a seguir fui eleita por unanimidade como presidente da Associação.  Tentei durante esse período de tempo conseguir aqui e ali, ir mais além que os meus antecessores. Para além da gastronomia e da equipa de futebol, conquistas dos meus antecessores, dei aulas de alfabetizaç­ão, alemão escrito e falado para iniciados.  Uma vez que essa casa era frequentada por oriundos das antigas colónias portuguesas e tinha mandantes no escritório onde trabalhava, como requerentes de asilo-politico vindos de Angola e Moçambique, organizei uma sessão de esclarecimento sobre as eleições em Angola no ano de 1992, com a participa­ção e depoimento de um observador da ONU que lá tinha estado para essas funções. Muita coisa mais aconteceu e teve o seu lugar.  Muito mais teria para contar, mas não é esse o meu fim!   O mais importante é que a partir dessa altura os homens, sócios dessa comunidade aprenderam que uma mulher também pode desempenhar a fun­ção de presidente e ser membro da sua administração.

Não aceitei o convite a participar neste congresso para vir aqui contar simplesmente a minha vida na diáspora. E, como tal vou passar ao tema que muito me aflige, o Ensino da Língua Portuguesa para os filhos das Migrantes. É certo que a crise em que Portugal se encontram afeta todos os sectores da vida dos portugueses em Portugal e agora também na diáspora.  Numa altura em que a emigra­ção portuguesa está a crescer a olhos vivos foi reduzido o contingente de docentes, em 3 anos, de 625 a 355., e foi instituída uma propina de 100,-EUR por aluno para países como a Suiça, Luxemburgo, Reino Unido e Alemanha para 3 horas de “escola” por semana para aulas de “português para estrangeiros”.  Estes alunos, estas crianças, não só são filhos de portuguesas como também usufruem da cidadania portuguesa. Independentemente de qualquer teoria eles deveriam era de aprender o português como língua materna. 

E, eu a sonhar com a criação do sistema Pré-Primário a fim de evitar que não se repita o que aconteceu com a minha filha, que um dia por volta dos seus quatro anos quando íamos pela rua, eu a falar com ela a nossa língua materna e a menina levou as suas mãozinhas aos ouvidos e disse: - “Pára, mamã! A partir de agora não falas mais português comigo!”  “Porquê, Sarah?” “Porque não quero ser tratada como uma estrangeira e vir a ser discriminada como o papá diz.”  O que para nós migrantes portuguesas é uma utopia é para os filhos dos migrantes italianos e espanhóis uma realidade vera!

Alguém se esqueceu, que uma das principais fontes de divisas de Portugal vem dos portugueses e portuguesas na diáspora!

Vou terminar com uma frase do nosso grande mestre Fernando Pessoa

„ A minha pátria é a língua portuguesa”.

 

Nuremberga, 26.09.2013

Maria do Rosário N.G. Loures

terça-feira, 24 de setembro de 2013

CV THAIS MATARAZZO

Resumo Currículo de Thaís Matarazzo
Thais Matarazzo – jornalista, escritora, palestrante e pesquisadora 
Cultural / musical.
Aurora dos Livros “Irene Coelho, uma brasileira de coração português”
(2011), “A Música Popular no Rádio Paulista, 1928 – 1960” (2013) e “Fado
no Brasil: Artistas & Memórias” (2013), publicou em parceria as obras
“Salomé Parísio, o Rouxinol do Norte” (2012) e “A Dinastia do Rádio
Paulista” (2013).
Tem as seguintes monografias (não publicadas): “Aurora Miranda, a outra
pequena notável” – 2002, “Sylvinha Melo, a bonequinha do rádio carioca”
– 2003, “Elisa Coelho, o pássaro cantador” – 2003, “Nossas cantoras de
rádio” – 2004, “Estrelas do rádio carioca” – 2004, “Dois sambistas do
barulho” – 2005, “Cantoras do rádio carioca” – 2005, “Simplesmente
Maysa” – 2005, “Elsa Laranjeira, a voz doçura” – 2005, “Odette Amaral,
a voz tropical” – 2005, “Neyde Fraga, a voz veludo” – 2006, “Cidália
Meireles, a voz de Portugal” – 2006 e “Cinderela, a ´bonequinha` do rádio
paulistano” – 2006.
Entre 2011 e 2012, trabalhou no projecto “Memória Viva” de Rio Claro –
SP e no projecto “Memórias da Música Portuguesa no Rádio Brasileiro,
1930 – 1960”, com a qual se apresentou em diversas cidades do interior
de São Paulo e Rio de Janeiro.
Apresenta semanalmente a “agenda cultural” no programa “Solo Tango”,
Rádio Trianon  AM de São Paulo.
Thais  Matarazzo
                                                         Jornalista
                                                       MTB: 65363
                                 Acesse: cardapiocultural.podbean.com
                   thmatarazzo.bloguepessoal.com

As Universidades Séniores na RAS

A Profª Manuela da Rosa é  fundadora da Liga da Mulher Portuguesa na Africa do Sul.
Foi a primeira mulher eleita para o CCP na RAS.
Exemplo de capacidade e intervenção cívica,.tem  dado sempre uma grande colaboração à AEMMA.
A ideia das Universidades Séniores surgiu no "Encontro para a Cidadania" de Joanesburgo, em 2008
(uma proposta da Profª Doutora Graça Guedes, que aí deu o exemplo da U S de Espinho).
No Encontro organizado pela AEMM em 2009, Manuela da Rosa falou da preparação dessa nova vertente de actividade. Hoje sabemos como ao longo dos últimos anos tem resultado. Parabéns à Liga,  e à Manuela - pioneira de tantas iniciativas cívicas.
Nas suas próprias palavras:



 "A Liga da Mulher Portuguesa na Africa do Sul e uma organização de caracter Social e cultural,
fundada em Dezembro de 1988, para ir ao encontro das mulheres emigrantes Portuguesas
residentes neste Pais - em defesa dos seus direitos, da sua integração social no pais de acolhimento
do seu enriquecimento cultural em todos os aspectos, tanto no geral, como conhecimentos na
cultura portuguesa, língua, costumes, tradições, que para muitas estavam esquecidas, ou eram
mesmo ignoradas, visto terem vindo para a Africa do Sul com tenra idade ou mesmo terem nascido
neste Pais, com fracas  classificações académicas.
A mulher portuguesa com um coração cheio de amor a sua família, estava isolada, com muito pouco
contacto social e com a língua portuguesa.
Esta organização atenta a esse isolamento, tentou dar a mulher o estatuto que ela merecia,
tornando-a mais confiante, mais esclarecida e orgulhosa das suas origens, através de conhecimentos
da sua Historia de Portugal, dos seus escritores e poetas, enfim de tudo aquilo que nos orgulha de
sermos Portugueses e de pertencermos a um Pais de grandes heróis que foram os nossos
Ao longo dos anos muito se tem lutado pelo desenvolvimento social e cultural da comunidade
Portuguesa aqui residente. A nossa luta continua pois as premissas em que foi fundada a Liga tinha
um grande caminho a percorrer. Lutamos sempre pela a aproximação e colaboração entre a Liga da
Mulher  Portuguesa e outras organizações de mulheres deste Pais.
Estivemos presentes na grande manifestação  feminina, realizada no Sweto, Joanesburgo, antes da 
eleição democrática do Dr. Mandela, onde de mãos dadas, com todas as comunidades deste Pais,
pedimos a unidade, a paz, o amor, a compreensão e a amizade entre todas as raças! Foi a maior 
manifestação publica realizada ate essa data por mulheres na Africa do Sul.
Tivemos vários encontros nos dias da Herança Nacional ( Heritage Day ) 24 de Setembro em Pretoria, onde abraçamos as tradições e culturas locais, num intercambio de culturas, mostrando as nossas heranças através do folclore, da culinária tradicional, dos nossos escritores e poetas.
Publicamos ao longo dos anos revistas onde divulgamos as nossas actividades realizadas, a fim de
poderem chegar a outras áreas neste Pais.
A Liga da Mulher Portuguesa esta atenta aos problemas que afligem as comunidades Sul Africanas e
organização eventos nesse sentido. Em Joanesburgo, Durban, Capetown e Pretoria foram feitas
Festas para angariação de fundos para a ASSOCIACAO DO CANCRO, que nos mereceu um diploma de honra pelo trabalho e dedicação a essa causa.
A Liga organiza regularmente  eventos culturais e sociais e angariação de fundos a favor de varias
instituições e lares da 3ª. Idade independentemente de serem ou não Portugueses.
No passado dia 23 de outubro realizou-se uma passagem de Modelos para ajuda dum Lar Sul
Africano em precárias condições financeiras.
Com o projecto da Universidade Sénior iniciado há cerca de 3 anos, tornamo-nos mais abrangentes e
temos dado oportunidades únicas  a comunidade Portuguesa sejam homens ou mulheres com
cursos de Informática, Português, Francês, Inglês ,Pinturas, Culinária, Canto Coral, Costura, Visitas de Estudo e a criação do Clube do Livro. Anualmente fazemos entrega de certificados de
Aproveitamento dos Cursos frequentados, evento esse onde tomam parte alunos, Professores e
familiares e entidades oficiais, onde e sempre apresentado um tema muito actual, como seja Acordo
Ortográfico Luso Brasileiro, síntese da Literatura portuguesa desde os primórdios até à actualidade e
outros temas de muito relevo sobre saúde, psicologia de preparação e aceitação da 3ª. Idade e
Realizamos congressos nas diferentes cidades onde há filiais da Liga, como  em Joanesburgo,
Pretoria, Cabo, Durban, com diversificadas conferencias e exposições, ligadas à Saúde, a Educação , à Cultura Portuguesa, com lições de culinária e artes manuais e actividades de caracter Social"

.
                            VICE PRESIDENTE DO EXECUTIVO NACIONAL DA LIGA DA MULHER PORTUGUESA

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Migrações e Artes no feminino - Notas finais Mestre Arcelina Santiago

Foi com muito prazer que elaborei as breves notas finais  deste Encontro que , tal como os anteriores, acolhe sempre   conteúdos ricos, mas este, dotado de grande simbolismo porque marcou o início  das comemorações  dos 20 anos  da Associação de Estudos Mulher Migrante ( AEMM) em torno das questões de igualdade de género em contexto migratório. Dar inicio a esta efeméride, integrada na  II
Bienal "Mulheres d' Artes”, promovido pela Câmara  Municipal de Espinho, que reuniu muitas artistas da  diáspora, foi uma oportunidade de ouvir as próprias artistas  sobre interrogações a que é importante dar resposta, e que também suscitaram curiosidade dos jovens estudantes, presentes neste Encontro. Esta bienal de artes no feminino, por ser representativa do universo de mulheres das artes
e, neste caso, da diáspora, é algo de único no país e, por isso, coloca Espinho como pioneira na rota deste tipo de evento o que  muito nos orgulha.
 Também a parceria com  o jornal " As artes e as letras merece um destaque especial na concretização deste Encontro. 
 "Expressões da cidadania no feminino" será o tema  recorrente, como referiu a Dr. Manuela Aguiar  da AEMM e que procurará pôr em foco a realidade da vida e obra das  mulheres em diferentes domínios da cultura, da intervenção  cívica e política, da diplomacia, do empreendedorismo económico.
A Associação, através das suas Presidentes da Assembleia Geral e da Direção, respetivamente Drª
Manuela Aguiar e Drª Rita Gomes, agradeceram e  enalteceram a colaboração  da Câmara Municipal , em particular da Senhora vereadora, Drª Leonor Fonseca,  alma deste evento e do Dr.  Armando Bouçon, diretor do Museu Municipal – FACE,  que conseguiram   acolher uma
exposição com esta dimensão.
Destacaram também  o conjunto de atividades desenvolvidas pela AEMM, realçando-se que só foi
possível tal ação graças ao apoio dado pela Secretaria de Estado daa Comunidades Portuguesas.
A mensagem cheia de significado  do Senhor  Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Dr. José Cesário, cuja presença honrou a Associação, foram reveladoras  de que esta continua a
exercer o seu papel na defesa das mulheres em contexto  migratório, no reforço da lusofonia e da Portugalidade e divulgação das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. Destacou também a importância destas não apenas na perspetiva empreendedora, da área dos negócios e comércio, das remessas, mas também no potencial  cultural que elas possuem. Referiu-se  à  outra metade dos portugueses  e   seus descendentes que habitam em tantos lugares do mundo e que fazem de Portugal um grande país,  não apenas o país de 10 milhões mas  muito mais e que a importância do nosso
país  é notória e  reconhecida em todo o mundo. Daí haver  representantes portugueses em todo os organismos de caracter internacional. 
Os poemas  declamados  pelos dos alunos da Escola  Básica e Secundária Domingos Capela, sobre o mar e  sobre a diáspora,  temas de autores portugueses, foram palavras inspiradoras e carregadas de  simbolismo , como refere Vergílio Ferreira “ da minha  língua vê-se o mar” . Também simbólico foi a exposição das magníficas  caravelas feitas de material reciclado  pelos alunos, representando "a partida" que faz parte da nossa longa  história da diáspora portuguesa.
A  Introdução ao tema pela Profª Doutora Isabel Ponce de Leão – Universidade Fernando Pessoa -  levou-nos à  reflexão  em torno de questões que se prendem com o papel das mulheres  no mundo artístico e de  mobilidade cultural.  Referiu o marco da nova corrente estética, o pós-colonialismo,  onde ocorre um novo paradigma de sociedade  e onde a mulher ganha um novo estatuto e
importância própria.
A segunda comunicação , pela Profª Doutora Ana Gabriela  Macedo da  Universidade do Minho (“Novas Corpografias de Arte no feminino”) deu-nos a conhecer, de forma muito  breve, o seu estudo académico sobre a   representação do feminino e da sua identidade na área da pós –modernidade
com incidência  na obra de Paula Rêgo, obra inspiradora  que provoca admiração e, por vezes, choque. A relação que as mulheres têm com o mundo e com os outros  remete-nos para as artistas controversas   como uma forma  de questionamento e reflexão. A alteridade afirmada não é
apresentada como algo menor mas enquanto  diferente e de forma positiva. Por fim, realçou as novas corpografias nos feminino e a arte ligada à cidadania onde as mulheres continuam a ter dificuldade em expor a sua arte. 
 As intervenções de algumas  artistas   levou-nos a concluir muito da sua forma de estar no mundo das artes e o seu papel enquanto cidadãs da diáspora e quão rica foi a interligação cultural  para o seu desenvolvimento como pessoas e artistas. Foram levantadas questões  diversas a suscitar reflexão: redução das horas dedicadas à Educação Visual no sistema de ensino em Portugal; das dificuldades
burocráticas portuguesas no transporte de obras de arte ;  a necessidade de uma maior intervenção do Estado em prol das artes; o elevado custo dos mestrados em Portugal  em relação ao estrangeiro;  os subsídios e sua  dependência ou até que ponto o artista terá de ficar enformado pelo circuito comercial para poder sobreviver em vez de ser um criador pleno…
Algumas artistas da diáspora   de várias áreas( fotógrafa, pintora, galerista, poetisa…)  deram  testemunho  das suas histórias de vida, onde ficou patente o  seu ecletismo cultural e desassossego permanente  , importante para o seu sucesso  enquanto mulheres, cidadãs e artistas.
A intervenção dos  alunos da EBSDC  jovens criadores , orientados pelas suas professoras, Filomena Bilber da Artes e Nelma Patela da Língua Portuguesa  foi  uma forma inspiradora e reveladora  de que a AEMM, ao fazer os seus 20 anos de atividade, tem  já   os olhos postos no futuro,  simbolizado aqui pela presença destes jovens. O envolvimento dos mais jovens sobre  as questões aqui em
apresentadas torna-se  na verdade enriquecedor.
 O projeto que aqui  começou terá  continuidade  com as entrevistas que cada jovem irá realizar às artistas plásticas  da diáspora aqui presentes nesta exposição  e que elegeram tendo em conta a obra que mais gostaram .
Desta forma, obter-se-á uma visão dos jovens sobre a questões da cidadania , das mulheres nas artes da diáspora.
Este  é um bom sinal  de vitalidade desta Associação que,  este ano, celebra 20 anos.

                                         Arcelina Santiago

domingo, 15 de setembro de 2013

CV Mª do Rosário Loures

Escritora/Poetisa e correspondente do jornal Portugal Post
Data de nascimento: 27 de Outubro de 1959
Natural de: Odemira, Portugal
Estado Civil: Casada
C u r r i c u l u m  V i t a e
Formação: 1977/1981 
Instituto Superior de Línguas e Administração / Escola Superior de Tradutores e Intérpretes                                     
(Inglês e Alemão)
Experiência Profissional:
1982/1984 - Cádila, Lda., Indústria de Calçado, Secretária de administração
1984/1986 - Nordeste Tours, Técnica de Turismo
1986 - Ivo Tours - Operador Internacional de Viagens, Lda., Técnica de Turismo
1993/1997 - Rechstanwälte Gisela Ophoff & Herman Gimpl, Secretária e Intérprete
1997 - Concord Reisen GmbH, Chefe do departamento de reclamações
1999/2003 - Plärrer Resien GmbH, Chefe do departamento de reclamações
2003/2007 - Hotel am Park, Assistente da direção e rececionista
2007 - Art & Business Hotel, Assistente da direção e rececionista
Experiência Político-social
1987/1991 -  IAD, Iniciativa Estrangeiros e Alemães
1987       -  Entrada para o partido “Die Grünen” (os Verdes), com participação no grupo de 
3-8/3/1991 - Participação no Congresso Internacional de Mulheres,  em Nuremberga;
                        trabalho “Emigrantes”e no grupo de trabalho “Mulheres” sendo sua  
                        coordenadora no ano 1991
                        temática: viver a reconcialiação, estratégias contra a opressão, contra a guerra
                        e contra o armamento
1991/1992 - Secretária da Direcção da Associação Portuguesa de Nuremberga
1992/1993 - Presidente da Associação Portuguesa de Nuremberga
1995           -  Acolhimento de uma família da Bosnia e seu apoio
1996           -  Candidata a vereadora, pelo partido “Die Grünen”, à Camara de Nuremberga
2002           -  Saída do partido “Die Grünen” /Os Verdes, por este partido ter assinado a
2002           - Candidata a vereadora, pelo partido “Die Grünen”, à Camara de Nuremberga
                        guerra no Afganistão
                               Nota: uma vez que a publicidade eleitoral já estava terminada, e o meu nome e retrato se encontrava
                               publicado foi-me pedido para eu me manter como candidata, a fim de evitar mais tão elevados custos
Publicações
1998 - Livro de poemas “Atlantikblau und Olivengrün”, Dr. Bachmeier Verlag, Munique/Alemanha
1999 - Antologia „Pegnitzrauschen“, Fahner Verlag, Lauf an der Pegnitz/Alemanha
2000 - Antologia „Pegnitzrauschen zweite Welle“, Fahner Verlag, Lauf an der Pegnitz/Alemanha
2010 - Livro de poemas bilingue, português e alemão “Do atlântico azul ao verde das
            oliveiras/Atlantikblau und Olivengrün”, edium editores, Porto/Portugal
2010 - “Um sumário da minha vida no século passado”, edium editores, Porto/Portugal
2011 - Antologia de poesia “Entre o sonho e a realidade”, volume III, Chiado Editora, Lisboa/Portugal
2012 - II Antologia Temas Originais, Temas Originais, Lisboa /Portugal
2012 - UniVersus  1ª Antologia, editora UniVersus, Lisboa/Portugal
2012 - Antologia de poesia “Entre o sono e o sonho”, volume IV, Chiado Editora, Lisboa/Portugal
Nuremberga, 10.09.2013
Maria do Rosário Nobre Guerreiro Loures