Exmo. Senhor Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Dr.
José Cesário;
Exma. Senhora Presidente da Direcção da Associação Mulher Migrante,
Dra. Rita Gomes;
Dra. Manuela Aguiar, em si, particular amiga, cumprimento toda a
comissão organizadora que preparou este “Encontro Mundial de Mulheres
Portuguesas na Diáspora”;
Um cumprimento especial para todas as pessoas que participaram
neste encontro, designadamente para os palestrantes e moderadores
que permitiram durante estes três dias, a construção de importantes
reflexões, bem como a partilha de conhecimentos e experiências
absolutamente fundamentais para a afirmação da língua portuguesa, da
nossa cultura, ao fim e ao cabo, da nossa identidade, da nossa maneira de
ser e de estar no mundo, com particular enfoque, no contributo da mulher
portuguesa;
Por último, permitam-me ainda, um cumprimento muito especial,
para todas aquelas portuguesas e portugueses que nos visitaram do
estrangeiro, onde habitualmente residem e trabalham, e que nos vieram
aqui recordar que a grande Comunidade Portuguesa está muito para além
dos dez milhões que habitam o território nacional.
Foi um prazer enorme ter-vos recebido a todos aqui na Maia, e espero,
sinceramente, que se tenham sentido como na vossa própria casa. Estas
portas estarão sempre abertas ao vosso dispor.
A Maia que é um território de muitos emigrantes. De muitos que ainda lá
estão, e outros que já regressaram.
Aliás, a nossa Câmara Municipal presta particular relevo à sua política
de Relações Internacionais, não só enquanto instrumento de promoção
do nosso território, do seu potencial social e económico, mas também
enquanto instrumento de cooperação e promoção de desenvolvimento
junto daqueles povos, que não sendo portugueses de nacionalidade, são
e serão sempre nossos irmãos, nossos iguais, nessa grande Nação que é a
Comunidade Lusófona, a Nação da Língua Portuguesa.
E sobre esta questão, permitam-me duas breves notas sobre a experiência
da Maia neste domínio:
-a primeira, relativa aos acordos de geminação; Os Protocolos de
Geminação entre municípios nacionais e estrangeiros, podem ser muito
mais que simples instrumentos de afirmação da amizade entre dois
povos; Podem e devem ser, hoje, instrumentos de promoção do nosso
território e da nossa cultura, e mesmo da internacionalização da nossa
economia, se formos capazes de integrar de forma activa nas acções
desses protocolos, as nossas comunidades locais de emigrantes; Os nossos
emigrantes, minhas amigas e meus amigos, são cada vez mais, potenciais
embaixadores do nosso país, muitos deles, já plenamente integrados, de
forma activa, na própria vida política do país de acolhimento; Mas sempre
portugueses, de alma e coração, disponíveis para servir os interesses do
seu país de origem; Encontrei recentemente esta realidade em França, em
Mantes-la-jolie, em Toronto e Sault-Sant-Marie no Canadá e Nelspruit, na
África do Sul;
-sobre a afirmação da Língua Portuguesa, é importante que, mesmo
nestas alturas de crise, essa afirmação continue a ser considerada uma
prioridade; E Senhor Secretário de Estado, pode ter a certeza que os
Municípios, e a Maia é disso exemplo, estarão sempre disponíveis para
dar o seu contributo, por mais modesto que seja; E esse contributo,
na minha humilde opinião, será sempre mais eficaz, quando traduzido
em acções concretas e dirigidas para as pessoas; Nesta matéria, a Maia
também tem feito algo; nesta altura temos cerca de trinta jovens de
São Tomé e Príncipe a estudar em estabelecimentos de ensino da Maia,
com bolsas de estudo pagas pelo orçamento do Município; O Estado,
hoje, não pode fazer tudo; Os Municípios têm também que assumir a sua
responsabilidade nesta matéria.
Para terminar, uma palavra para a Jaqueline Silva, cuja intervenção ouvi
ontem com muita atenção. Jaqueline, você não é uma apátrida como se
definiu ontem. Nem acho que seja uma luso-francesa. Se quer a minha
opinião, você é simplesmente uma portuguesa do mundo, desta nova
realidade que nos trouxe a Globalização.
Muito obrigado, e um abraço para todos.
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