Poder-se-à dizer que com os Descobrimentos, há mais de 500 anos, começou para nós Portugueses, a imigração.
É sabido que existem portugueses espalhados por todo o mundo.
Somos um povo que se adapta e integra facilmente na vida activa das sociedades dos países que nos acolhem.
Contudo a imigração de hoje, é bem diferente da imigração de há 60 anos atrás. Quando meu pai emigrou para Moçambique em 1948, a viagem de barco durava aproximadamente um mês. Uma carta levava ainda mais tempo a chegar às mãos do destinatário. Dado ao grande desenvolvimento dos últimos 50 anos, no avanço da ciência nomeadamente no campo da medicina, novas tecnologias e transportes, as dificuldades de outrora foram até um certo ponto minimizadas. Hoje nosso povo imigrante é constituído maioritariamente por pessoas com um nível de instrução superior que lhe facilita a sua integração e adaptação nos países para onde imigram.
O papel da mulher Portuguesa na imigração ao longo dos tempos tem sido relevante. Nossas mães e avós durante muitos anos ocuparam um lugar preponderante no lar, contribuindo para o aconchego, bem estar e união da família, muitas vezes em sacrifício de seus próprios talentos. As filhas destas porém, através da educação e conhecimento adquiridos, têm um papel fora do âmbito do lar, mais participativo e activo nas sociedades em que estão inseridas. Porém, apesar da sua emancipação, tem sido um caminho lento e difícil de percorrer e ainda hoje, a mulher em geral e muito particularmente a mulher Portuguesa luta por igualdade de direitos e a aceitação da sua participação activa na sociedade Portuguesa.
Portugal tem um passado histórico valiosíssimo. Somos um País de poetas e artistas e, nenhum país jamais deveria ignorar os seus artistas. Na panorâmica global, a cultura é um veículo para o progresso e a afirmação de um povo e ignorar esse facto, é como sofrer de uma miopia avançada.
Cabe-nos a nós mulheres Portuguesas da diáspora de hoje, através dos nossos talentos, trabalharmos afincadamente para nos afirmarmos como mulheres activas desta sociedade em que estamos inseridas, facilitando assim a caminhada daquelas que depois de nós nos seguirão.
A nossa união e partilha no campo das artes é a meu ver a ponte necessária para derrubar as barreiras que persistem e impedem o avanço da mulher Portuguesa. A minha obra muito simples, intitulada; De Lisboa com Amor, From Lisbon with Love, nasceu deste espirito de boa vontade que me arde dentro do peito. Sinto que existe uma necessidade latente de darmos as mãos, de fazermos a ponte entre norte e sul, entre as que aqui vivem e tantas outras que vivem fora do país. Só actuando apaixonadamente como um colectivo teremos a força para fazer a diferença.
No passado dia 12 de Outubro, foi o lançamento do meu último livro; Correndo Atrás de Um Sonho, que é uma tradução minha do original escrito em Inglês; Chasing After a Dream que publiquei em Novembro de 2011.
Em 2012 lancei o primeiro livro bilingue intitulado; O Aventureiro Ganso-Patola do Cabo Africano/ The Adventuruos African Cape Gannet. Este é um projecto concebido por mim e é uma trilogia em que eu escrevo a versão portuguesa e inglesa e também faço as ilustrações do mesmo.
A publicação do segundo livro desta série está prevista para 2014
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