Não foi a primeira vez que me convidaram para falar de mim e do que me levou aos caminhois da pollítica - ali o que fez a diferença foi uma audiência tão simpática de uruguaios que frequentam os cursos de portugués do Clube Brasil.
O presidente do Clube, filho de portugueses, comoveu-se até às lagrimas a falar do País e da língua de seus pais. Estava criado o ambiente propício às emoções e às confidências. A recordar o meu passado feminista que vem da infância, De ouvir as Avós a dizerem-me: "As meninas não fazem isto, não fazem aquilo". Era o plural o que mais me intrigava... E partia em frente a provar que "as meninas" eram tão capazes como os meninos de escalar uma árvore, de me dependurar nas traseiras de um eléctrico ou de marcar um golo a jogar futebol com os primos...
Comecei por me sentir uma espécie de representante das "meninas" e acabei no Governo e no parlamento, a representar a Nação...
Sem comentários:
Enviar um comentário