Conclusões do II Congresso Nacional da Mulher Portuguesa na Venezuela
1. Considera-se que o associativismo feminino português nasceu da vocação de serviço de apoio à comunidade.
2. Anotou-se uma grande restrição ao nosso gênero por parte do público masculino, convencido de que as mulheres seriam incapazes de assumir papéis importantes ou significativos na nossa sociedade.
3. A mulher Lusa aprendeu a organizar-se, sem abandonar a sua responsabilidade e o seu rol familiar, a gerir o seu tempo para juntar-se ao associativismo, ao conseguir uma pequena independência e assim poder ajudar os mais necessitados.
4. Identificou-se a perda da língua portuguesa nas novas gerações e da nossa Portugalidade devido a que os portugueses quando chegaram à Venezuela eram na sua maioria agricultores, construtores, e eram ridicularizados verbalmente obrigando-os a aprender a língua do país de acolhimento e assim evitar que o mesmo sucedesse aos seus filhos
5. Apontou-se que o abandono do Governo Português durante muitos anos provocou que as famílias luso-venezuelanas se afastassem das suas tradições, perdendo assim parte da nossa idiossincrasia e por tanto a nossa Portugalidade.
6. Defendeu-se a igualdade a todos os níveis da inclusão da mulher luso-venezuelana como impacto fundamental no associativismo, na rede empresarial, na cultura do lar e na profissionalização dentro das carreiras universitárias
7. Apoiar as ações da Federação dos Centros Portugueses na Venezuela (Feceporven) como coordenador nacional da inclusão associativa, desportiva, cultural e artística.
8. Citou-se J. Pereira (2012): “A portugalidade vive em cada canto do “mundo português”, em cada utilizador da língua de Camões e é extensível a qualquer individuo que, por diversos motivos, apoia-se nesse código de comunicação que arrastra seculos de memória e identidade”
9. A saudade levou a mulher portuguesa na Venezuela a gerar sentimentos emocionais na procura da recreação de toda a bagagem cultural, social, religiosa que tivera que deixar atrás
10. Enalteceu-se a obra sociocultural das diretivas femininas luso-venezuelanas como pilar fundamental na defesa da identidade e da portugalidade.
11. Verificou-se que na Venezuela existe uma percentagem mínima de estruturas teatrais lusos-venezuelanas devido à falta de apoio e motivação dos diretivos das associações.
12. Observou-se um crescimento de oportunidades para as novas gerações devido ao nível académico superior alcançado na atualidade.
13. Tomou-se em consideração a crescente presença do movimento associativo e folclórico nas redes sociais permitindo uma maior interação da juventude luso-venezuelana e da aproximação da portugalidade.
14. Lamentou-se a ausência da missão diplomática e postos consulares nas redes sociais, o que permitiria uma maior aproximação dos serviços públicos portugueses e dos cidadãos.
15. Felicitou-se a comunidade portuguesa no seu geral como um coletivo de orgulho português.
16. Reconheceu-se o excelente trabalho dos clubes e grupos folclóricos portugueses durante décadas em prol da portugalidade.
17. Entristeceu a atual situação e a falta de orientação do atual CCP como único órgão eleito pela diáspora portuguesa no mundo.
18. Reconheceu-se o trabalho dos conselheiros da Venezuela na promoção da iniciativa para a abertura dos Consulados Honorários em Ciudad Guayana, Los Teques e Mérida, e o agendamento de dezenas de jornadas consulares no país.
19. Louvou-se o apoio da SECP/DGACCP, do Consulado Geral de Portugal em Caracas, das empresas portuguesas e da rede associativa que permitiu a realização com êxito do II Congresso Nacional da Mulher Portuguesa na Venezuela
20. Agradeceu-se a disponibilidade e a participação ativa dos congressistas presentes.
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