A AEMM nasceu, bem vistas as coisas de uma fundada crença nas imensas virtualidades dos encontros entre gente que gosta de viver com os outros e para os outros. Os extrovertidos, como nós, os portugueses somos! Quando olho a nossa história dos últimos séculos, a das viagens marítimas, que começaram na vontade do Estado de "descobrir" ou achar terras novas, de estabelecer relacionamentos de toda a ordem com povos os mais diversos e, depois, se continuaram nas migrações individuais, gosto de falar de uma aventura de extroversão.´ Uma cultura de convivialidade!
Este encontro, como tantos outros na vida da AEMM, começou na ideia de uma simples visita de um grupo de estudantes da Califórnia à Bienal "Mulheres d'Artes". Claro, é um grupo especial trazido a Portugal por alguém, que para além da sua excecional qualidade como Pedagoga, é a mais dinâmica e a mais comunicativa das Portuguesas da diáspora: a Professora Deolinda Adão!
Uma Bienal de Artes no feminino é, à partida, coisa atrativa, pelo seu carater aparentemente inédito e, do ponto de vista de alguns, controverso também. A merecer uma visita de estudo. E, para a tornar mais interessante e profícua, porque não convidar as Artistas para falarem das suas obras e do da sua perspetiva sobre a Arte e o Género? Ou seja, converter a passagem pela Bienal num diálogo com as Artistas. E, sabendo que num dos átrios do Museu estão expostas quatro belíssimas Caravelas, construídas por alunos da Escola Domingos Capela, porque não pedir, através da Drª Arcelina Santiago, a presença dos seus obreiros, para que o diálogo se alargue numa reunião de gerações? Género e geração - uma simbiose que marcou o primeiro grande encontro realizado pela AEMM, há quase 20 anos. aqui em Espinho
O Museu, a Câmara Municipal, como sempre, abriram-nos as portas, entusiasticamente.
Esta evolução da ideia inicial só foi possível porque, de todas as partes, vieram respostas de imediata adesão: da Vereadora da Cultura Drª Leonor Fonseca, dos responsáveis do Forum de Arte e Cultura de Espinho, das pintoras, escultoras, professores, alunos, associadas da AEMM... Quase de um dia para o outro o acontecimento cresceu à dimensão daqueles que, normalmente exigem semanas e semanas de preparação.
Muito obrigada a todos por esta inesquecível mostra de "extroversão" e "convivialidade".
E por, no final, nos terem dado a certeza de que o encontro se vai continuar em muitos outros, com jovens de Espinho e da Califórnia.
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