segunda-feira, 11 de junho de 2012

(Anteprojecto)


ACADEMIAS SENIORES DE ARTES E SABERES (ASAS)
ESPAÇO DE ANIMAÇÃO CULTURAL NAS ASSOCIAÇÕES PORTUGUESAS DO ESTRANGEIRO

1 - No ano europeu para o envelhecimento activo e o diálogo intergeracional, a Associação Mulher Migrante, com o apoio da SECP e a colaboração de vários parceiros, entre os quais a Universidade Aberta, propõe a criação de uma rede de "Academias" através da organização de cursos destinados a maiores de 55 anos, versando sobre uma diversidade de matérias, da livre escolha de cada associação.

2 - Os cursos são constituídos por aulas, palestras, seminários, viagens de estudo e outras iniciativas, podendo cada participante seleccionar os que mais lhe interessem.
É desejável que a frequência seja aberta, por igual, a mulheres e homens, com a preocupação de assegurar a natural paridade (ao menos em termos de uma percentagem significativa de ambos os géneros) e que entre os monitores de cursos ou conferencistas se procure a componente intergeracional, apelando, quando se julgar, possível e vantajoso, à colaboração dos mais jovens.

3 - Essas tarefas deverão ser desempenhadas, em princípio, em regime de voluntariado, embora cada Academia seja autónoma nas suas decisões, podendo optar por formas de remuneração simbólica dos docentes ou solicitar contribuição aos auditores para custear as despesas havidas com o seu funcionamento.

4 - Nada impede, também, antes pelo contrário, que os auditores de um curso sejam os mestres em outros, de sua especialidade, visto que a troca de experiências de vida e de saberes é uma dos objectivos principais do” projecto ASAS”.

5 - Um tema recomendado, ao longo de 2012 e 2013, a todas as Academias que venham a criar-se, neste contexto, é a recolha oral de histórias de vida na Diáspora e (ou) a escrita autobiográfica dos emigrantes. Para o desenvolvimento das suas actividades neste domínio, as academias contarão com a cooperação pedagógica e científica da Doutora Joana Miranda, da Universidade Aberta de Lisboa.

6 - Exemplificação de outras disciplinas susceptíveis de comporem os “curricula”das Academias:
Dança, Folclore, Teatro, Canto, Artes Plásticas, Culinária, Nutrição, Jogos e Desporto para todos, História, Línguas, e Literaturas, Direitos Humanos, Migrações Internacionais, Informática, Redes Sociais, Escrita Criativa, Associativismo.

7 - Inspiradas nos moldes de funcionamento das chamadas "universidades Seniores" - que conhecem um grande sucesso e desenvolvimento em Portugal, - as “Academias” são à partida, esquemas, mais simples e mais acessíveis, por poderem facilmente integrar-se na programação cultural das instituições aderentes.
A inserção associativa será particularmente aconselhável em colectividade que giram “Lares de Dia”, instituições geriátricas, ou Centros de cultura, lazer e desporto, onde se constate o afastamento das primeiras gerações de emigrantes.

8 - Considera-se, igualmente, importante encorajar o nascimento de "Universidades Seniores", semelhantes às existentes no País, dotadas de autonomia institucional, como vem a ser tentado desde 2009, nos termos das recomendações do Encontro de Mulheres da Diáspora, promovido pela Associação Mulher Migrante, (estando em vias de lançamento as de Joanesburgo e Buenos Aires).

9 - Nas “Academias Seniores” como nas Universidades Seniores, que se estima caminhem a par, para uma “rede mundial”, não há exames, mas é solicitada aos participantes uma atitude interventiva e a regularidade de atendimento nas iniciativas de sua preferência. No final poderá ser oferecido um diploma de participação.
Igualmente se prevê a possibilidade de edição das melhores”narrativas de vida” na forma oral ou escrita., que sejam recolhidas pelas Academias e enviadas, para esse fim,  à Associação Mulher Migrant

Maria Manuela Aguiar

11 de Junho de 2012

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