segunda-feira, 30 de novembro de 2015

RECORDANDO LAURA BULGER
Neste ano de 2015, outra das nossas associadas e das mais antigas, nos deixou: Laura Bulger.
Conheci a Laura há trinta anos, em Viana do Castelo, no emblemático 1º Encontro de Portuguesas Migrantes no Associativismo e Jornalismo, organizado pela Secretaria de estado das Comunidades Portuguesas.
Veio em representação do Canadá e, especificamente, enquanto responsável pelos Estudos Portugueses na York University de Toronto, onde era Professora, para nos dar a conhecer a problemática da mulher imigrante numa sociedade pluralista, como é a do Canadá (In Actas do 1º Encontro de portuguesas Migrantes no Associativismo e Jornalismo. Porto: Edição do Centro de Estudos da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, pp. 49-51).
Algum tempo depois e a seu convite, conheci bem de perto os jovens que integram os Estudos Portugueses na York University, quando aí me desloquei para proferir uma conferência e percebi a dinâmica deste grupo que a Laura liderava, na prossecução da missão que encetaram - transmissão de uma herança cultural que seja adequada à realidade atual do país de origem. Efetivamente, os valores tradicionais transmitidos pelos seus Pais e com que se identificam, mantêm uma cultura transplantada de um Portugal de há mais de 25 anos e tal como Laura nos relatava em Viana do Castelo (p 51) … com elementos estáticos que os filhos não conseguem compreender nesta sociedade multifacetada e em constante evolução, pelo que a missão deste grupo de estudos universitários balizava adequar a nossa herança cultural a este País de acolhimento, politicamente multicultural e incentivador da participação ativa do imigrante na nova sociedade, sem ter de abdicar da língua e cultura de origem.
Conheci-a então melhor, não só no seu contexto de trabalho, mas também no seu ambiente familiar, pois fez questão que ficasse alojada em sua casa. Uma moradia antiga, victoriana, localizada num pacato bairro residencial de Toronto. Com o marido John e o seu gato Chomsky, partilhamos momentos fantásticos que nunca esquecerei, impregnados da sua inteligência e do seu sorriso sereno!
Aqui ficou consolidada a nossa amizade e que perdurou.
Encontrávamo-nos, sempre que vinha a Portugal e ao Porto, onde tinha residência.
Mais tarde e de regresso a Portugal, passou a integrar o quadro docente da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro (UTAD), mas continuou com residência no Porto.
A Laura era licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, onde também obteve o seu doutoramento, com uma dissertação onde o objeto de estudos foi A Sibila (1954) de Agustina Bessa Luís, tornando-se uma grande especialista da obra magnífica desta grande mulher da literatura lusófona e também uma grande sua amiga.
Participou em muito eventos científicos organizados pela Associação Mulher Migrante, tais como em 1995 e em Espinho, no Encontro Mundial de Mulheres Migrantes – Gerações em Diálogo, onde foi comentadora da Mesa Redonda A Mulher nas Literaturas de Língua Portuguesa, moderada por Agustina Bessa Luís. E também em 2011, na Maia, no Encontro Mundial de Mulheres Portuguesas na Diáspora, onde interveio no Painel Cidadania e Cultura, com a comunicação intitulada Agustina revisitada… num relance (In Aguiar, M. & Guedes, G. Orgs. Encontro Mundial de Mulheres Portuguesas na Diáspora. Edição da Associação Mulher Migrante. Espinho: Tipografia Meneses – Cooperativa Gráfica de Espinho, pp. 62-65).
Cidadania e Cultura, marcam a vida da Laura Bulger e marcaram todos e todas com quem partilhamos momentos de convívio ou de aprendizagens e que nunca esqueceremos.
O seu sorriso sereno e a sua simpatia perdurará em todos nós.

Graça Guedes

 

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Antiga secretária de Estado das Comunidades
  1. “Governo tem de reconstituir uma máquina de apoio aos portugueses no estrangeiro”
Manuela Aguiar
Manuela Aguiar
Foto: Alain Piron
Publicado Quarta-feira, 10 Junho 2015 às 14:27
“O Governo português deve reconstituir a Secretaria de Estado da Emigração” para dar resposta aos problemas dos emigrantes, como os novos casos de exploração de portugueses na construção. A antiga secretária de Estado da Emigração e das Comunidades, Manuela Aguiar, esteve no Luxemburgo e defende que o Governo deve ter uma política virada para os portugueses que emigram, mas também para os que regressam.
Maria Manuela Aguiar esteve quinta-feira em Esch-sur-Alzette, enquanto presidente da Assembleia da Associação Mulher Migrante para acompanhar e coordenar a conferência-debate do maestro António Victorino d’Almeida sobre a “Portugalidade” (ver pág. 20).
À margem da conferência, o CONTACTO confrontou a antiga secretária de Estado da Emigração e das Comunidades (1980-1987) com os novos casos de exploração de portugueses a trabalhar na construção. Um dos últimos casos dá conta de subempreiteiros portugueses que exploram imigrantes portugueses numa obra pública num estaleiro dos Caminhos de Ferro Luxemburgueses, na cidade do Luxemburgo (ver pág. 5).
“É uma história clássica de portugueses explorados pelos próprios portugueses. Nos séculos XIX e XX encontramos muitos casos desses e julgamos que não se repetem, mas quando olhamos para estas situações terríveis são muito iguais às do passado e acontecem em países onde menos se espera, como o Luxemburgo, Noruega, Inglaterra ou Holanda. Este é um dos aspectos para o qual sempre chamei à atenção quando estava no Governo”, recorda Manuela Aguiar, que foi convidada em 1980 pelo primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro a integrar o seu executivo.
Depois de ter deixado a Secretaria de Estado da Emigração e das Comunidades, Manuela Aguiar continua a trabalhar com as comunidades portuguesas no estrangeiro. Na Associação Mulher Migrante coordena vários estudos sobre os emigrantes portugueses. Considerada uma das maiores especialistas portuguesas da emigração, critica qualquer governo, mesmo do seu PSD.
“O Governo tem a obrigação constitucional de reorganizar os serviços de emigração, o Governo tem de reconstituir uma máquina de apoio aos portugueses nos países onde estão, para combater estes fenómenos de exploração”, defende Manuela Aguiar.
“Logo a partir de 74, a primeira coisa que os governos provisórios fizeram foi criar uma Secretaria de Estado da Emigração e reorganizar os serviços para servir os portugueses. Mas quando Portugal aderiu à CEE [Comunidade Económica Europeia], achou que a emigração tinha acabado e desmantelou os serviços de emigração. Neste momento, em que temos uma emigração como nos anos 60, temos a obrigação de voltar a ter adidos sociais, que há pouco tempo acabaram, ter pessoas que possam fazer relatórios ao Governo, que possam seguir a situação dessas pessoas exploradas e indicar soluções também para outros casos. Precisamos de novos serviços, à semelhança dos que tivemos, adaptados aos tempos modernos”, propõe Manuela Aguiar.
Para a também antiga deputada eleita pelo círculo da Europa, o Governo português deve também ter uma política virada para os que querem regressar.
“O Governo tem de apoiar os que querem sair, mas também apoiar de todas as formas possíveis os portugueses que querem regressar. Tem de haver uma política de regresso, ainda que não seja um regresso imediato, e chamar as pessoas à medida que for possível. É certo que neste momento são muito mais os que querem sair do que os que querem regressar, mas os governantes têm de adequar os instrumentos, os serviços e os meios institucionais às realidades”, defende Manuela Aguiar, lembrando o “sinal positivo” dado por Pedro Lomba, secretário de Estado do ministro-adjunto, Miguel Poiares Maduro. “Ele apelou ao regresso dos portugueses e é bom que o Governo não tenha apenas o discurso do ’vão embora’”.
Foto: Anouk Antony
    1. MEIO MILHÃO DE PORTUGUESES SAÍRAM NO MANDATO DESTE GOVERNO
Para a dirigente da Associação Mulher Migrante, Portugal está a viver actualmente uma “situação demográfica dramática” e só durante o mandato deste Governo cerca de meio milhão de pessoas já deixaram Portugal. “Há uma emigração como nos anos 60, ainda que mais qualificada e mais dispersa. Estão a sair entre 120 mil a 130 mil pessoas por ano, segundo os números do actual secretário de Estado das Comunidades, José Cesário. Em média dá meio milhão de portugueses durante o mandato deste Governo”, conclui Manuela Aguiar.
Se a política de regresso dos portugueses não for suficiente para “refazer o tecido demográfico de Portugal”, a antiga governante defende a imigração lusófona.
“Os imigrantes podem ser de todos os países de gente de boa vontade, mas acho que seria fantástico que se fizesse dentro do mundo lusófono. Já temos brasileiros cabo-verdianos, angolanos, etc., mas deveríamos reforçar os laços da lusofonia através de imigrações em massa, de preferência imigração altamente qualificada porque estamos a perder jovens altamente qualificados. É um sonho que tenho, mas na prática só podemos fazer isso com o desenvolvimento económico”, sublinha Manuela Aguiar, para quem Portugal é um “país exemplar na política de imigração”.
“Só temos é de saber ensinar os imigrantes a gostar de Portugal. Isso faz-se dando-lhes condições de vida, fazendo-os felizes, iguais, porque um imigrante que se sente bem tratado, bem integrado, com boas condições de trabalho e de convívio é um imigrante que adora o seu país de origem e que adora o seu país de destino”, conclui.
    1. SOUBE 30 ANOS DEPOIS QUE JUNCKER NÃO ERA CONTRA IMIGRAÇÃO PORTUGUESA
Manuela Aguiar foi quem negociou com Jean-Claude Juncker “a cláusula de salvaguarda que o Luxemburgo queria impor à imigração portuguesa” no início da década de 80. Diz que só passados 30 anos é que descobriu que Juncker não era contra essa imposição.
“Foram as primeiras grandes negociações que tive com o Luxemburgo e não foram fáceis. Houve uma imposição do Luxemburgo e da União Europeia e Portugal não pôde fazer nada. Na altura, eu não sabia, mas o Juncker contou depois numa entrevista na Gulbenkian, quase 30 anos depois, que ele era dos que não queriam a cláusula de salvaguarda. Ele queria dar de imediato todos os direitos aos portugueses. Três anos depois ele era primeiro-ministro e acabou com a cláusula de salvaguarda”, conta Manuela Aguiar.
A responsável relembra também o problema do ensino. “A dificuldade do ensino dos filhos dos portugueses em três línguas foi sempre o grande problema que apresentei às autoridades luxemburguesas. A resposta que me davam na altura é a mesma que dão hoje. Continuamos a ter crianças prejudicadas no seu percurso académico por causa disso. O problema não está resolvido”, conclui a antiga secretária de Estado das Comunidades.
Henrique de Burgo

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

CÔSUL HONORÁRIA GLÓRIA SANTOS nova representante da MM Venezuela em Margarita

MMve2015 Margarita CV GloriaSantosGloria Santos nasceu na Murtosa (distrito de Aveiro em Portugal) no ano de 1976, é casada, tem 2 filhas e vive em Margarita.
Estudou informática na Universidade de Carabobo em Valencia e graduou-se de analista programadora.
Pratica natação e gosta de futebol, compartir em família, cozinhar pratos saborosos e a repostaria de doces e bolos. Participa sempre quando pode nas atividades do Centro Social Luso-Venezuelano de Margarita e do grupo folclórico “O Barquinho”.
É adepta da equipa de futebol português do Benfica e dos “Leones del Caracas” (beisebol venezuelano).
Seus pratos típicos portugueses preferidos são o cozido à portuguesa e o bacalhau à Brás. Seu doce português preferido são os pastéis de nata.
Na atualidade é cônsul honoraria de Portugal em Margarita
“Os dias mais marcantes da minha vida e para sempre foram quando me casei e nasceram as minhas duas filhas que tanto amo. Interessei-me pelo projeto associativo da ‘Mulher Migrante’ na Venezuela porque vi nele que é de uma instituição séria que nos abre as portas, a nós as mulheres portuguesas e luso-venezuelanas, e nos dá a oportunidade de ter um espaço de expressão como alcançar metas que pensávamos ser impossíveis de atingir. Agradeço imensamente à nossa Presidente internacional Rita Gomes, à nossa fundadora Manuela Aguiar e obviamente à nossa Presidente nacional em Venezuela Milú de Almeida pelo convite que me fizeram de liderar a comissão regional da ‘Mulher Migrante’ em Margarita. Com muita humildade aceito o desafio e tenho fé de propagar esta ideologia associativa feminina em todo o território do região venezuelana de Nueva Esparta”, disse.

MARIA ARCHER por DiINA BOTELHO

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A escritora Maria Archer e o retrato da mulher de meados do séc. XX


Maria Archer é uma escritora que vale a pena conhecer. Passear os olhos pelas páginas dos seus livros é transportarmo-nos para meados do século XX e, pouco tempo depois, deixarmos de simplesmente passear e ficarmos presos na sua escrita. O realismo da sua escrita é tão grande e intenso que se nós não nos identificarmos com as suas personagens, com elas identificaremos alguém que conhecemos.

Considero ter sido um marco para a época em que viveu e é nesse sentido que sempre me deram testemunho quando dela falo com pessoas mais velhas.

A preocupação/tema principal da sua obra era a situação da mulher e as dificuldades por ela sentidas. A vida da mulher, a sua relação com a família, com o trabalho e com os homens dominavam os seus romances, novelas e peças de teatro.

Mas se o tema dominante era o mesmo havia novidades em todas as suas obras. O estatuto social das mulheres que retratava era diferente, a mulher tanto era vítima como até brincava com os homens e por isso liam-se com empolgamento as suas obras. O seu conhecimento profundo do pensamento da mulher das várias classes sociais permitia-lhe falar com à vontade e realismo das suas vidas. Já João Gaspar Simões falava, em 1950, do seu «superior espírito de observação, penetrante análise social, sólida expressão literária, magistral equilíbrio no doseamento do imprevisto, pelo que não poderia deixar de ser considerada desde já um grande contista, um grande escritor».

Maria Archer dizia que escrever era fugir ao longo silêncio a que a mulher da época estava votada. Até o acesso à cultura era negado à mulher na época, como Maria Archer retrata bem na personagem de Adriana (de Casa sem Pão) que tinha de se esconder para ler livros.

Maria Archer mostrou as vozes profundas do seu ser, sem nunca recorrer a pseudónimos, o que fez dela única na sua época e no seu meio. Ela partia do real e era esse real que interessava aos seus leitores. Ela própria reconheceu que a literatura feminina da sua época não era criativa «pois a mulher encontrava-se subjugada pela estrutura social e familiar repressiva.»

Diz-nos o ensaísta João Gaspar Simões que «se existir um tema nos seus contos este é o tema social: a rebelião da mulher contra as normas sociais sacrificadoras da sua sagrada independência». O conto de Maria Archer é o conto de fundo social, o conto de costumes.» Ela é considerada por ele «um dos nossos primeiros contistas contemporâneos, um dos nossos mais fortes temperamentos de escritor».Como diz o Prof. Fernando de Pádua, seu sobrinho, a propósito destes elogios carregados de masculinidade, «só faltaria dizer que Maria Archer é um homem».

Termino com duas confissões da própria escritora, datadas de out. de 1952 (in “Revisão de Conceitos Antiquados”) que mostra bem o que passou, e o que passava qualquer mulher escritora na altura, para escrever:

«Saibam quantos fazem coro no desprestígio da obra literária das mulheres que os nossos livros são momentos heróicos. Custam-nos coragem, e angústias, que os homens, para igual feito, desconhecem de todo.»

Assim, não retrata só na escrita o que era a vida da mulher no início e meados do séc. XX mas ela própria e a sua vida foram um ótimo exemplo das vivências da mulher da época.

novembro de 2015
Dina Botelho

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

As Mulheres no CCP A Conselheira MARIA DE LURDES ALMEIDA


1 - Entre os conselheiros eleitos ao 1º CCP, em 1981, não havia uma única mulher. Em 2015, são 12 as conselheiras eleitas. Como avalia esta evolução, face à realidade atual das comunidades portuguesas, por um lado, e, por outro, aos objetivos da Lei da Paridade?

2 - Como surgiu a ideia de se candidatar ao CCP? Foi fácil formar uma lista segundo as regras da Lei da Paridade, organizar o programa eleitoral, fazer campanha?

Teria preferido, na ausencia de imposições jurídicas, elaborar uma lista exclusivamente feminina?

3 - Considera que as mulheres querem e podem levar a debate novas temáticas, uma forma diferente de estar e trabalhar no grande forum democrático que é o Conselho, ou, pelo contrário, pensa que o mais importante é que a igualdade de oportunidades e a participação cívica sejam garantidas, sem que isso signifique, necessariamente, a valorização das particularidades de género?

4 - Quais são as principais propostas que levará a Lisboa, ao próximo plenário do CCP?

5- O "Conselho" português tem avançado, tal como os seus congéneres europeus (o francês,que foi o modelo em que o nosso se inspirou, como aconteceu, alguns anos mais tarde, com o italiano e o espanhol) numa linha de experimentalismo de soluções que melhor sirvam em concreto a prossecução dos seus objetivos. Como vê a nova configuração do CCP?

6 - O CCP tem já uma história muito rica, mas mal conhecida em Portugal (do mesmo, aliás, se queixam os representantes do organismo francês, apesar do seu grau de institucionalização, inclusive, no quadro constutucional, e da sua transformação em "Assembleia dos Franceses do Estrangeiro" , dos meios acrescidos de que dispõe).

O que se poderia fazer para o divulgar?

7 - Seria útil iniciar, numa perspetiva de análise comparativa, e até de articulação de ações, contactos com os membros de outros Conselhos de imigrantes, caso existam no país onde reside? E com o movimento associativo das nossas comunidades - do qual era oriundo o 1º CCP, na década de 80 - mantêm-se ou, se não, devem retomar-se laços de estreita cooperação?

8 - Que papel desempenha ou pode desempenhar o CCP num esforço de concívio e cooperação, não só de género, como de geração, mobilizando para a intervenção cívica os mais velhos, os mais jovens, os recém-cehgados?

9 - A terminar, pedíamos-lhe que nos falasse de si.

Ter sido eleita é, certamente, uma prova de muito trabalho já realizado e de reconhecimento dos comcidadãos. O viver fora de Portugal levou-a a um envolvimento cívico que talvez não tentasse nem conseguisse no país? O que a motivou fundamentalmente? Contou ou não incentivo ou apoio da família para a realização profissional e cívica? O que gosta de fazer nos tempos livres ? Quem são as personalidades que mais admira na história e na atualidade?

 

Respostas

 

1.- Penso que este objetivo da inclusão da mulher é devido à lei da paridade, no entanto ainda vejo com preocupação que a opinião feminina não é uma mais valia neste Conselho. Uma prova de tudo isto, é o último Conselho Permanente, onde havia duas mulheres, as quais em repetidas ocasiões manifestaram o seu desagrado neste aspeto.

2.- A ideia de me candidatar ao CCP surgiu pela minha vocação de serviço à comunidade e devo confessar também que me motivou o fato do meu esposo ter sido Conselheiro em períodos anteriores e pensar que podia melhorar o trabalho que vinham desenvolvendo, o que acabou por não ser bem assim. Mas continuo na luta apesar de ter tido muitas desilusões no anterior Conselho.

Não foi fácil formar lista e fazer campanha nesta oportunidade devido à data das eleições e à nova lei com novos requerimentos. Obvio que teria preferido formar uma lista exclusivamente feminina pois temos demonstrado ao longo dos anos a nossa capacidade organizativa e multifacética.

3.- Penso que o mais importante é que a igualdade de oportunidades e a participação cívica sejam garantidas, no entanto ,e mesmo com a lei da paridade, isto não está a acontecer. Uma prova de tudo isto é que neste vasto mundo do Conselho das Comunidades, a grande maioria dos listados foram liderados pelos homens e as mulheres que formaram parte de listas iam em posições secundárias o que deu como origem a eleição de somente 12 Conselheiras. Vê-se claramente que a inclusão da mulher nos listados foi simplesmente para preencher um formulismo e não por considerarem-na uma mais valia.

 

4.- Temos muitas propostas e seria muito longo enumerar-lhas todas, mas algumas das mais importantes são:

 Impulsar a solidariedade social às famílias portuguesas, particularmente às crianças e aos idosos

Promover e defender o ensino da língua e cultura portuguesas, e apoiar a rede educativa dos respetivos países

Lançar a campanha de cidadania “Quem não vota, Não conta!” para promover o recenseamento eleitoral com o apoio da rede associativa e dos consulados de Portugal


Promover a interculturalidade

5.- Não posso negar que temos avançado bastante com esta nova configuração do CCP, no entanto considero que o caminho é árduo e cheio de escolhos .  Há muito ainda a mudar e a fazer, começando pelo Governo, que no meu modo de ver não dá a importância que deve a este Conselho. Até à data, na maioria das vezes o Governo aplica medidas para as comunidades sem consultar o Conselho. A prova mais recente foi a data marcada para as eleições que prejudicou toda a nossa Comunidade espalhada pelo mundo. Uma data nefasta desde todo ponto de vista, pois foi numa altura em que a grande maioria dos portugueses espalhados pelo mundo encontram-se de visita no país de origem e não no país de residência.

 

6.- Lamentavelmente o CCP não somente é mal conhecido em Portugal, mas o que é mais grave ainda, é que é mal conhecido nos países de residência. Há muita falta de informação e o nosso canal internacional (RTP Internacional) com uma péssima programação por certo, não dá cobertura a este tipo de ato nem do que se trata. É o canal informativo para as comunidades e o que menos destaca são as coisas de importância para as mesmas comunidades. É pena não termos uma informação atualizada dos problemas que nos afetam. No caso particular da Venezuela, a grande maioria não teve conhecimento destas eleições. O trabalho foi feito por nós através das redes sociais e dum meio de comunicação escrito mas isto foi uma milésima parte do que devia ser feito. Com um canal que chega aos portugueses, foi triste e lamentável que nunca dessem informação sobre o CCP e as suas eleições.

7.- O contato com a rede associativa mantem-se. Até à data é o que melhor funciona, mas na rede associativa encontra-se uma mínima parte da nossa comunidade. No caso particular da Venezuela, pertencer a um Club Social requer duma solvência económica que a maioria não tem e como consequência não tem informação nem destes atos nem das visitas oficiais que em algum momento fazem os nossos diplomáticos. Faz rir como os meios de comunicação escrevem que tal o qual diplomático se reuniu com a comunidade, quando em realidade a reunião faz-se neste e naquele clube social e assistem somente os sócios . E eu pregunto: É esta a nossa comunidade?

8.-  O CCP  pode ter mais aproximação com a comunidade se:

Cria uma inter-relação permanente com os portugueses no país de residência , trabalha de “mão na mão” e visita as comunidades portuguesas  residentes em cada provincia do seurespetivo país .

Facilita e promove mais jornadas consulares portuguesas em harmonia com as autoridades lusas competentes. Ao acompanhar estas jornadas têm mais possibilidade de contato com a sua comunidade e dar a conhecer o seu trabalho

É um  porta-voz permanente, ativo e dinâmico de todos os portugueses tanto nos plenários mundiais, continentais e nacionais como nas reuniões oficiais do Conselho das Comunidades Portuguesas

Informa periodicamente do trabalho realizado à comunidade e à comunicação social portuguesas e dá seguimento às ações efetuadas e empreendidas.

9.- Os meus 50 anos a viver fora de Portugal levaram-me a duas etapas na minha vida: a primeira foi a de rejeitar e negar a minha nacionalidade, o meu origem. Quando cheguei à Venezuela com 12 anos ainda vim numa época em que os portugueses eram considerados pessoas de baixo nível socio cultural e éramos vítimas de bullying  nas escolas. Isto trouxe como consequência que em casa vivia a minha portugalidade, mas fora era totalmente venezuelana. Com o tempo e a madurez adquirida voltei aos meus origens e a defender a minha nacionalidade, os meus costumes e a minha tradição. Isto acentuou muito mais quando tive o meu filho, porque quis sempre que ele se sentisse orgulhoso da história dos seus antepassados. Foi assim que comecei a envolver-me no movimento associativo português , a formar parte de grupos folclóricos e a conviver muito mais com a comunidade portuguesa. Assim começou a minha luta por defender os nossos valores socioculturais, por  defender a nossa portugalidade e mostrar ao mundo o porquê nos sentimos orgulhosos de sermos portugueses. Obvio que em tudo isto contei sempre com o apoio da minha família e mais ainda do meu esposo. É um homem que leva dentro o movimento associativo e vocação  de luta por tudo o que significa ser português . Nunca esteve, não está e nunca estará disposto a perder as suas raízes e por isso tenho o seu apoio incondicional em tudo o que implica a defesa da nossa origem. Sempre tem estado ao meu lado tanto na minha vida profissional como nestas atividades à honorem de luta pela nossa coletividade. Tenho uma veia artística que não me permitiram desenvolver quando era adolescente, mas como nunca é tarde, hoje em dia é uma atividade mais que combino. Gosto imenso de cantar e nos meus tempos livres e sempre que me pedem, participo em atividades da nossa coletividade. Pertenci a dois grupos de música típica portuguesa , era a vocalista feminina, e nos últimos 15 anos dediquei-me ao que sempre levei no coração e na alma, o fado. Dizem os que me têm escutado que o faço bastante bem. Adoro este género musical, se assim se pode dizer. Vivo em cada fado que canto e estando tão longe, cada vez que interpreto viajo na distância e por minutos encontro-me em Portugal.

Na história, e talvez porque sou muito romântica, admiro muito um dos nossos reis: D. Pedro. Penso que isto se deve à sua história com Dona Inês de Castro. Nunca me canso de ouvir o relato do seu romance e até gosto que lhe ponham aditivos que talvez a verdadeira história não tenha, dessa defesa do seu grande amor, um amor épico e cheio de romanticismo. Faz-me lembrar a história dum Quijote português na defesa da sua dama.

Na atualidade continuo admirando a nossa grande Amália Rodrigues, uma mulher que sem grande preparação musical deu a conhecer o nosso Portugal em todo o mundo. No que diz respeito a lutas por revindicações migratórias, sociais e de género, Maria Lamas, Maria Archer  e mais na atualidade Maria Manuela Aguiar, quem para mim é um exemplo a seguir.

terça-feira, 24 de novembro de 2015


 

DUAS PERGUNTAS A FILOMENA FONSECA

 

1.Voltando à velha questão que se coloca em vários domínios artísticos: escrita, pintura e escultura : será a manifestação artística marcada pelo género? Qual a sua opinião ?

 

          No âmbito artístico, o género insere-se no processo de questionamento da grande presença de nomes masculinos na História da Arte e disciplinas afins. Um mundo onde só os homens eram chamados a exercer profissões ligadas aos vários tipos de arte, enquanto a ocupação doméstica era tipicamente destinada à condição da mulher.

          Tal como no mundo do trabalho em geral, o preconceito latente, da mulher não ser vista como ser pensante, era o grande impedimento para a sua inserção no mundo das artes.

          À medida que foram criadas pontes de diálogo com o universo feminino dentro do universo artístico, as mulheres deixaram de ser simples musas e passaram a ser também artistas criadoras. Mas poucas mulheres lograram atingir algum reconhecimento artístico, num mundo totalmente pensado e dirigido por homens.

          O movimento feminista e a criação de um programa académico de arte feminista na América, fez desenvolver o pensamento e a produção artística. A luta feminina pela sua imposição nas artes, foi contribuindo para a conquista de uma paridade para com os artistas masculinos, apesar das dúvidas que sempre suscitavam. Um caminho árduo e difícil que se foi abrindo.

          Através do movimento das mulheres, surgiram novas perspectivas, questionando a subjetividade de ambos os sexos e outras inquietações evidenciadas na diversidade de linguagens, presentes na arte contemporânea, não importando qual o sexo que a possa executar.

          Podemos então afirmar que agora estamos mais em pé de igualdade com os homens artistas, havendo até uma grande proximidade de ideais comuns. A arte obedece às mesmas leis que qualquer outra atividade livre do espírito, desafio em que muitas vezes as mulheres superam os homens, provando, assim, suas capacidades outrora tão escondidas ou mesmo desvalorizadas. Hoje a mulher tem o privilégio de tudo poder questionar e explicitar qualquer tipo de sentimento sobre as coisas e as suas expectativas. Uma abertura total na relação da sua arte com o mundo que a rodeia.  

 

 

2. Até que ponto sente que a sua expressão artística tem contribuído para a defesa dos direitos humanos, em especial dos direitos das mulheres, pela defesa da igualdade de género?

          Desde a infância, me apercebi das dificuldades de muitas mulheres em conseguir autorização dos pais ou maridos para estudar, trabalhar em algumas profissões ou seguir as carreiras que tanto ambicionavam.

          Também eu, que já sentia inclinação para a área artística, fui desviada no tempo, para um curso ligado à área dos serviços. Só mais tarde, depois de atingir a maioridade e de me autonomizar, fui capaz de enveredar pelo caminho das artes, satisfazendo assim a minha própria vontade. Uma forma de liberdade a que tinha direito e assim dei início à minha dedicação artística. Primeiro em part-time na área da pintura, depois a tempo inteiro, a que juntei também o gosto pela escrita.

 

          Através da expressão plástica, vou libertando tensões e sigo as diretrizes dos meus próprios pensamentos. Extravaso ideias, comunico intimidades. Incluindo na maior parte dos meus trabalhos a figura da mulher, de modo mais ou menos explícito, tento exaltá-la através das formas, das cores ou de expressões sensíveis ou dramáticas que denunciam alguma dor ou sofrimento. Algo por vezes ligado a certos tipos de violência contra as mulheres e onde, penso, haver ainda muito por fazer.

          Também na escrita, em especial através da poesia, tento desmistificar o valor e a transcendência da mulher na sociedade e a sua luta pela defesa da igualdade de género.

Se a arte tem o dever de denunciar os valores e problemas sociais do seu tempo, estas serão as minhas formas de contribuir para a defesa dos direitos e reais interesses das mulheres.

 

 

Nota: Junto abaixo um poema e duas imagens de pinturas sobre a mulher, os quais, se assim o entenderem, poderão ser acrescentados às minhas respostas ao questionário.

         

 

Desvalorização

 

Nas aldeias

às vezes sem dormir

as mulheres esfregam o soalho

limpam a casa

pensam o gado

lavam os filhos

e cozinham exaustas

 

às vezes

os homens

esquecem-se delas

 

outras vezes

vingam-se nelas

 

 

(in: “Os Degraus da Casa”)

 

 

FILOMENA FONSECA

 

 

 

 

 

 

 

 


 

“Drama “- Pastel s/ cartão-100x70cm

 

 

 


 

“Porquê eu?”- Pastel s/ cartão-100x70cm

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

NATÁLIA RENDA CORREIA sobre MARIA BARROSO


María Barroso
Hablar de María Barroso, es realmente hablar de una de las Mujeres más destacadas de Portugal, de todos los tiempos.
Bajo mi óptica puedo decir que fue una Mujer multifacetica, Diputada, Profesora, artista, defensora de los derechos humanos, defensora del sentido de familia, fundadora de la ONGD Pro Dignidade, se ocupó de la lucha contra el Racismo, la Xenofobia, la Violencia, fue creadora del Movimiento de Emergencia de Mozambique, se ocupó de los niños, fue la primera mujer portuguesa presidente de la Cruz Roja, una gran presidente.
Por esta y otras creaciones que ha realizada , María Barroso, está en el corazón de todas las personas que la conocieron, nunca pasaba inadvertida donde se hallara por su gran personalidad, dando el comentario necesario, la palabra justa.
María Barroso era una Mujer con un gran conocimiento de la Historia Portuguesa, siendo parte activa de su Patria al lado de su esposo , Presidente de la Nación, Dr. Mario Soares, se dice de detrás de un gran Hombre siempre hay una gran Mujer y la Dra. María Barroso reunía todos esos conceptos.
Tuve el Honor de recibir a la Dra. María Barroso el día 12 de Noviembre del año 2005 en Buenos Aires, Argentina, donde la Asociación Mulher Migrante Portuguesa de Argentina, organizó en la Sala Jorge Luis Borges, el Seminario Encontros para a Cidadania, que duró varios días, donde participaron 38 panelistas. Hombres y Mujeres de Portugal, de Brasil, de Venezuela, Uruguay,Argentina, Suecia,
Con la presencia del Secretado de Estado Dr. Antonio Braga, del Embajador António de Almeida Ribeiro y su Sra. esposa Sra. Embaixatriz Isabel de Almeida, la Dra. María Manuela Aguiar, Dra. Rita Andrade Gomes Pte. de la Mujlher Migrante de Portugal, Maria Kodama, la viúda de Borges, y muchas personalidades más, con la presencia de personalidades de la RTP de Portugal, Periodistas de la prensa Escrita y Radial, la mayor Delegación que tuvimos en la Argentina.
En otras oportunidades tuve la oportunidad de estar, en Lisboa, luego en Maia, donde pude ver su participación siempre dejando una enseñanza en todos los órdenes , reflejaba su don del saber, fue es y será siempre admirada por todos, ya que Mujeres con estas características quedan en la retina de todos que la conocieron.
Admiro a María Barroso porque le tocó luchar en una época machista, cuando una Mujer conseguía un derecho era todo una lucha personal muy costoso, ya que el papel de la Mujer no tenía ninguna oportunidad para lucirse. La que logró, logró porque tenía muchas virtudes, del conocimiento y de la ubicación personal para poder llegar a donde pretendía con sobrantes valores.
María Barroso una Mujer a imitar, admirada por todas..

domingo, 22 de novembro de 2015

La comisión regional “Caracas/Miranda” de la asociación nacional “Mujer Migrante” LusoVenezolana te invita a la 2ª tertulia luso-femenina de las Compañeras de “Chá & Café el jueves 19 de noviembre a las 02:30 pm

“La vida nacional gira en torno de una taza” (Ernesto Belo Redondo, periodista portugués)

Día Mundial de la Filosofía
■ Conversatorio sobre la osteoporosis de los huesos con el médico especialista, Dr. Franco Carucci Lupo
■ Debate: “Tema libre entre compañeras: El orgullo de ser portuguesa”

Durante la tertulia luso-femenina de las Compañeras de “Chá & Café” será servida una merienda con te, café, refrescos, jugos y agua.

Entradas | Para asistir al evento contacta nuestra delegación regional: 0412-3760424, 0414-2306458, 0414-1600001, contacto@mulhermigrante.org.ve. Se reserva el derecho de admisión.

Caracas | Salón “A Nau” | Centro Portugués | Avenida Luis de Camões, urbanización Macaracuay, municipio Sucre

Conclusões do II Congresso Nacional da Mulher Portuguesa na Venezuela

1.           Considera-se que o associativismo feminino português nasceu da vocação de serviço de apoio à comunidade.

2.           Anotou-se uma grande restrição ao nosso gênero por parte do público masculino, convencido de que as mulheres seriam incapazes de assumir papéis importantes ou significativos na nossa sociedade.

3.           A mulher Lusa aprendeu a organizar-se, sem abandonar a sua responsabilidade e o seu rol familiar, a gerir o seu tempo para juntar-se ao associativismo, ao conseguir uma pequena independência e assim poder ajudar os mais necessitados.

4.           Identificou-se a perda da língua portuguesa nas novas gerações e da nossa Portugalidade devido a que os portugueses quando chegaram à Venezuela eram na sua maioria agricultores, construtores, e eram ridicularizados verbalmente obrigando-os a aprender a língua do país de acolhimento e assim evitar que o mesmo sucedesse aos seus filhos

5.           Apontou-se que o abandono do Governo Português durante muitos anos provocou que as famílias luso-venezuelanas se afastassem das suas tradições, perdendo assim parte da nossa idiossincrasia e por tanto a nossa Portugalidade.

6.           Defendeu-se a igualdade a todos os níveis da inclusão da mulher luso-venezuelana como impacto fundamental no associativismo, na rede empresarial, na cultura do lar e na profissionalização dentro das carreiras universitárias

7.           Apoiar as ações da Federação dos Centros Portugueses na Venezuela (Feceporven) como coordenador nacional da inclusão associativa, desportiva, cultural e artística.

8.           Citou-se J. Pereira (2012): “A portugalidade vive em cada canto do “mundo português”, em cada utilizador da língua de Camões e é extensível a qualquer individuo que, por diversos motivos, apoia-se nesse código de comunicação que arrastra seculos de memória e identidade”

9.           A saudade levou a mulher portuguesa na Venezuela a gerar sentimentos emocionais na procura da recreação de toda a bagagem cultural, social, religiosa que tivera que deixar atrás

10.       Enalteceu-se a obra sociocultural das diretivas femininas luso-venezuelanas como pilar fundamental na defesa da identidade e da portugalidade.

11.       Verificou-se que na Venezuela existe uma percentagem mínima de estruturas teatrais lusos-venezuelanas devido à falta de apoio e motivação dos diretivos das associações.

12.       Observou-se um crescimento de oportunidades para as novas gerações devido ao nível académico superior alcançado na atualidade.

13.       Tomou-se em consideração a crescente presença do movimento associativo e folclórico nas redes sociais permitindo uma maior interação da juventude luso-venezuelana e da aproximação da portugalidade.

14.       Lamentou-se a ausência da missão diplomática e postos consulares nas redes sociais, o que permitiria uma maior aproximação dos serviços públicos portugueses e dos cidadãos.

15.       Felicitou-se a comunidade portuguesa no seu geral como um coletivo de orgulho português.

16.       Reconheceu-se o excelente trabalho dos clubes e grupos folclóricos portugueses durante décadas em prol da portugalidade.

17.       Entristeceu a atual situação e a falta de orientação do atual CCP como único órgão eleito pela diáspora portuguesa no mundo.

18.       Reconheceu-se o trabalho dos conselheiros da Venezuela na promoção da iniciativa para a abertura dos Consulados Honorários em Ciudad Guayana, Los Teques e Mérida, e o agendamento de dezenas de jornadas consulares no país.

19.       Louvou-se o apoio da SECP/DGACCP, do Consulado Geral de Portugal em Caracas, das empresas portuguesas e da rede associativa que permitiu a realização com êxito do II Congresso Nacional da Mulher Portuguesa na Venezuela

20.       Agradeceu-se a disponibilidade e a participação ativa dos congressistas presentes.