terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Adriana Carvalho / CV
Maria Adriana Beirão Gonçalves Sousa Carvalho, portuguesa há muito
radicada em Cabo Verde, nasceu em 1948 na Figueira da Foz. Licenciou-
se em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra em
1971, completou o Mestrado em Ciências da Educação em 2005, tendo-
se doutorado em 2009, também em Ciências da Educação, especialidade
em História da Educação, pela Faculdade de Psicologia e Ciências da
Educação da Universidade de Lisboa.
Duma forma ou doutra, a vida profissional de Maria Adriana Carvalho,
actualmente Vice Reitora da Universidade de Cabo Verde, tem obedecido
a duas paixões: a educação e Cabo Verde. Chegada a este país em 1978,
começou logo a leccionar no Liceu Domingos Ramos (antigo Liceu
Adriano Moreira), tendo de seguida desempenhado vários cargos de
Direcção nas áreas de Formação e Planeamento do Ministério da Educação.
Foi também responsável pela coordenação de vários projectos na área
educativa financiados pelo Banco Mundial.
Em 2002 fez a transição do Ensino Secundário para a Universidade, tendo
desempenhado cargos de relevo no Instituto Superior de Educação (Pró
Reitora), na Universidade Jean Piaget, onde chegou a Professora Auxiliar
e, finalmente, na Universidade de Cabo Verde, onde exerce as funções de
Vice Reitora para a Pós-Graduação e Investigação.
No corrente ano foi a responsável e a principal impulsionadora do projecto
desta Universidade “2012, Ano da Língua Portuguesa”.
A Professora Adriana Carvalho é uma figura destacada da Comunidade
Portuguesa em Cabo Verde, onde se tem notabilizado pelo seu empenho
enquanto membro activo do Conselho Consultivo da Área Consular e pelo
seu dinamismo em todas as iniciativas visando a criação de uma Escola
Portuguesa em Cabo Verde.
Foi também autora e co-autora de vários livros, manuais escolares e artigos,
cujo denominador comum é a área da educação e a história da educação.
A Professora Adriana Carvalho foi agraciada pelo Presidente da Republica
de Cabo Verde com a 1ª Classe da Medalha do Vulcão e pelo Presidente da
Republica Portuguesa com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

 Isabel Meyrelles, grande Portuguesa da diáspora esteve representada na exposição de Mulheres de Artes, "Singular, Plural", com que quisemos abrir, de uma forma absolutamente inédita, o Encontro Mundial da Maia.
Relembrar o acto com que o governo Português a distinguira dois anos antes, é a nossa maneira de lhe agradecer o seu gesto de solidariedade  e de participação nesta iniciativa.
Foi em 11 de Dezembro  de 2009 que Isabel Meyrelles recebeu na Embaixada de Paris a comenda da Ordem de Santiago. Na altura, O SECP Dr António Braga, afirmou na sua mensagem que aquela era "a merecida homenagem de Portugal a uma das suas mais distintas embaixadoras".
Acompanhamo-lo nas palavras com que define o seu percurso artístico
"Isabel Meyrelles ilumina a contemporaneidade como Poetisa e Escultora de eleição, na boa tradição do movimento surrealista, no qual ocupa lugar pioneiro e cimeiro. Na sua riquíssima e permanentemente apaixonada vida cultural perpassam esse conjunto de actividades multifacetadas que fazem o artista completo.
Desde a tradução de autores de referência na literatura nacional, que desenvolveu variadíssimas vezes com inegável talento, em que destaco José Régio, até à poesia e à escultura, a sua extraordinária actividade criativa deixa uma marca indelével. Por proximidade pessoal atrevo-me a relevar a sua obra na escultura onde espelha, com raro sentido de oportunidade, o mito do Portugal e da Europa, em que se inspira muito do transumante na Diáspora portuguesa, aliás, presente no meu próprio distrito que tem o privilégio de beneficiar da sua obra na colecção da Fundação Cupertino
Miranda onde, há bem pouco tempo, lhe foi prestada sentida homenagem"


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Lembrar Malice

Maria Alice Ribeiro , jornalista e directora do mais antigo jornal de língua portuguesa em Toronto era uma Mulher de cultura, de Letras e de causas, com um intenso interesse pelas coisas da política, tanto nacional, como canadiana e mais ainda pelas da sua comunidade. Sempre pronta a conversar à mesa do café, ou ao telefone, como se o tempo que perdia connosco, não o fosse gastar em noitadas de porfiado trabalho.

Sim, havia o seu “quê” de excessivo na personalidade de Maria Alice – mas todos os seus excessos eram virtuosos (salvo o de ser fumadora inveterada): excesso de generosidade, de voluntariado, de cuidado com o detalhe, com o sucesso de todas as vertentes de uma acção, que a fazia uma parceira mais do que fiável, infalível, em qualquer iniciativa conjunta. As suas organizações tinham o rigor de um relógio suíço, a par de um entusiasmo e uma emotividade muito à portuguesa.

Amigos não lhe faltavam, Sabia escolhe-los na perfeição, e pô-los a trabalhar para o “bem comum”. Foi através dela que conheci o filantropo Virgílio Pires, o Manuel Leal (que ela achava “esquerdista” – que exagero! …) ou o Laurentino Esteves, o jovem promissor, que tratava como um segundo filho.
Só ela me faria estar numa passagem de ano em Toronto (porque para além da minha família portuguesa, achava que eu tinha obrigações para com a minha vasta família de afectos luso-canadiana…). E não nos limitamos a confraternizar em duas ou três festas de associações, mas em quatro ou cinco, umas visitadas no ano que findava e outras já no ano seguinte,,, No meio de um nevão que cobria os passeios, onde se afundavam os nossos sapatos de salto alto. Coisa benigna, quando comparada a uma ida de Toronto a Kingston, que durou horas e horas, sob sucessivas tempestades de neve, com o Virgílio Pires firmemente ao volante do seu Cadillac, que resvalava aqui e ali, mas sempre sem perder o rumo…. E, depois de cumprirmos na íntegra o programa – visita à Igreja portuguesa, encontro no clube, entrevistas à rádio e à televisão e jantar como Mayor – regressamos à aventura de mais umas horas de condução exímia do Virgílio, sob a fúria da intempérie. Em ininterrupta e divertida conversação a três, naturalmente… Com Malice não havia silêncios nem tempos mortos, era assim, cheia de energia, de ideias e de projectos, que levava por diante contra todos os obstáculos, fossem os da natureza ou os dos seus opositores - que nunca a venceram nem convenceram...
O que a movia? Julgo que era, antes do mais, o portuguesismo, a vontade de defender a cultura portuguesa na imensa panóplia de culturas conviventes no Canadá e também o inconformismo face às práticas e tradições que desvalorizavam o modo de ser feminino.
O Correio Português era o jornal da Maria Alice e do António Ribeiro, numa paridade completa, pragmática e eficaz. Mas para Malice, como os amigos lhe chamavam, o jornal foi mais do que um periódico bem gerido e bem escrito. Com ele deu voz à comunidade, fez a história da comunidade, mas também soube ter voz própria e ser protagonista de primeiro plano na construção de um universo luso canadiano que não parava de crescer, após o início das migrações em massa dos anos 50.
Do seu pioneirismo no campo da escrita e do jornalismo ao seu pioneirismo na representação dos emigrantes no Conselho das Comunidades Portuguesas, desde os anos 8o até ao último dia de uma luta contra grave doença, fica a força de um exemplo de vida,.
Fica a memória da fase primordial da emigração portuguesa no Canadá, em páginas e páginas do seu "Correio". E fica, também, à espera dos investigadores que o possam tratar e divulgar, um precioso arquivo fotográfico, recolhido no Museu Português de Toronto, graças a uma intervenção atempada de Virgílio Pires.
Na verdade, Malice tinha sempre à mão, para além do inevitável maço de cigarros, a sua máquina fotográfica de profissional...Nesse arquivo, está, em imagens, muito do passado português em Toronto – cabe agora ao “Museu”
revela-lo, valorizando-se.
E, por fim, numa revista que fala de mulheres na diáspora não poderíamos esquecer que a ela se deve a proposta para a realização do “1º Encontro Mundial de Mulheres Portuguesas no Associativismo e no Jornalismo”, em 1985. Esse
seu gesto é, de algum modo, o precursor da longa caminhada, em que andamos, e em que a sua memória nos acompanha.























Progrma Uruguai

A Associação de Estudo Mulher Migrante tem, desde há anos, procurado
introduzir as temáticas de género e de geração em eventos tradicionais
das comunidades, onde, como regra, o enfoque vai para outras questões.
Julga-se que esta é uma forma eficaz de lhes dar a prioridade que tem
faltado.
Assim, por ex, aconteceu em em 2007, com a Associação MM a promover
seminários sobre igualdade no quadro das festas do 10 de junho em
Newark e em Montreal -uma experiência que se repetiu agora com a
inserção das preocupações de igualdade de género e geração no Encontro
do Cone Sul, num seminário cultural que teve por tema central o maior
equilíbrio de participação dos que mais marginalizados se encontram
ainda no movimento associativo - o que não sendo justo para as pessoas
compromete o futuro das próprias instituições, como se torna cada vez
mais evidente...
O Encontro do Cone Sul constitui um paradigma da prossecução de
finalidades várias, a partir de um modelo inicial puramente lúdico: um
portuguesíssimo torneio de sueca, que começou nas comunidades do sul
do Brasil e do Uruguai e veio a estender-se à Argentina, alternando
entre os 3 países a sede do evento anual. Do jogo e do convívio se
passou a outras iniciativas que decorrem em simultâneo, exposições,
festivais de música e dança e, desde há já 10 anos, um "Seminário
cultural". Participantes às centenas, presença de autoridades dos 3
países, dos nossos diplomatas e, quase sempre, a presidência
protocolar do SECP. Um evento que cresceu para se tornar um dos mais
importantes, um dos mais "internacionais" de todo o mundo da Diáspora lusófona.
Em 2012 a Associação de Estudos MM foi, com o apoio da SECP, o
parceiro principal na economia desse seminário - para marcar, também
fora da Europa, as preocupações com o envelhecimento activo e a
solidariedade intergeracional no contexto do movimento associativo
português.
É óbvio, do ponto de vista das dirigentes da AEMM, como explicitaram,
que a mudança e a inovação passam, largamente, pela capacidade de
atrair ao cerne da vida associativa estes grupos, que têm sido
marginalizados, para não dizer praticamente excluídos.
Tomar consciência desta realidade é preciso, mas não basta - é urgente
tomar medidas concretas, fazer das instituições a" casa de todos",
onde todos tenham o seu espaço próprio, para decidirem autonomamente
iniciativas e modos de convívio, porventura em ruptura com rotinas e
hábitos antigos. Num simples bar de associação, podem reunir as
tertúlias mais criativas, de um simples jogo de sueca pode surgir uma
universidade sénior, como de almoços de amigos surgiu o formidável
movimento das Academias de Bacalhau e, muito recentemente, as
Academias da Espetada na Venezuela.
Foi esta a tónica das intervenções de Maria Manuela Aguiar (A
expansão de Portugal pelo Movimento Associativo) e de Maria Beatriz
Rocha Trindade (Associativismo construindo o futuro a partir de um
olhar retrospectivo). O Engº Daniel Amado e a Drª Alexandra Allo deram
exemplos concretos da dinâmica Associação de Comodoro-Rivadávia,
actualmente presidida por Maria Amado. a que se seguiram, na mesma
linha, intervenções de jovens luso-descendentes de Ijuí.
Rita Gomes realçou a participação activa das mulheres nas estruturas
associativas e Nassalete Miranda deu visibilidade a um domínio, onde
as Mulheres são já "mais iguais" aos Homens - a do empreendedorismo
cultural, numa mensagem que soou a coisa nova.
Várias outras intervenções e o debate se seguiram, na presença de mais
de 200 congressistas, que enchiam o "salão de cerimónias Dr Ernesto de
los Campos, oferecido pela Intendência para a realização dos
trabalhos.
A própria Intendente - a primeira Mulher na História a presidir à
Câmara Municipal de Montevideo - esteve presente a saudar todos os
participantes, a realçar o papel das mulheres nas sociedades de hoje,
tendo concedido o título e a medalha de "Visitante Ilustre" ao
Secretário de Estado José Cesário e à Ex- Secretaria de Estado Maria
Manuela Aguiar.
O SECP mostrou, uma vez mais, a sua proximidade das pessoas e dos
problemas, um conhecimento de causa, feito de experiência vivida e,
também, o que não é menos raro, em quem desempenha essas funções, de
sensibilidade para as questões de género.
Uma questão que nunca pode ser vista como especificamente feminina, e
que não pode ser resolvida apenas por mulheres nem, na nossa óptica,
faz hoje sentido que seja movida "contra" os homens. Luís Panasco, a
"alma" deste Encontro, que institucionalmente organizou como
Presidente da Casa de Portugal de Montevideo e que a AEMM se orgulha
de contar entre os seus membros activos disse um dia, em Villa Elisa,
numa reunião em que era o único homem presente: "não é preciso ser
jovem para procurar ajudar os jovens, nem velho para procurar resolver
problemas de envelhecimento, nem é preciso ser mulher para lutar pela
igualdade de sexos.
Para além do seminário, o encontro foi vivido numa programação
multifacetada - reunião de empresários, promovida pela Câmara de
Comércio luso uruguaia, encontro do SECP e de deputados do Grupo de
Amizade Uruguai Portugal no Parlamento, reunião do SECP com dirigentes
associativos do Cone Sul, uma conferência sobre as mulheres na
política no Clube Brasil (oradora e convidada a falar da sua própria
experiência, Maria Manuela Aguiar), festa com exibição de ranchos
folclóricos das comunidades portuguesas dos 3 países do Cone Sul,
visita a colónia de sacramento, com recepção oficial na Intendência,
desfile dos Ranchos nas ruas da cidade património da Humanidade,
sessão de encerramento, com apresentação de conclusões e entrega dos
prémios do torneio de sueca, que, sendo um de muitos eventos não
perdeu a sua importância. E, por isso, a deputada Mª João Ávila e
Nassalete Miranda que mais mulheres passem a participar dos jogos, em
paridade e não só a título de excepção que confirma a regra.
Sacramento foi também o lugar ideal para lembrar Fernando Assunção, o
grande intelectual e militante da cultura portuguesa, a quem se deve a
reconstrução de “Colónia”, fiel à sua traça arquitectónica portuguesa,
que lhe vale, afinal, a distinção da UNESCO. Presentes entre nós, a
viúva e a filha do Doutor Assunção.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

20 e 21/09/ 2012 –Programa no Luxemburgo

Instituto Camões

Com o apoio da Embaixada de Portugal no Luxemburgo e do Instituto Camões– Centro Cultural Português no Luxemburgo, a Amizade Portugal –Luxemburgo (APL), a Confederação da Comunidade Portuguesa no Luxemburgo (CCPL),o Centro de Apoio Social e Associativo (CASA), a
Câmara de Comércio e Indústria Luso – luxemburguesa (CCILL), o Serviço de Ensino de Português (SEP) e a Confraria dos Financeiros Lusófonos no Luxemburgo, foi realizada esta Conferência com a participação por parte da AEMM, da Drª Manuela Aguiar, da Drª Rita Gomes e da Drª Nassalete Miranda.
Temas destas Intervenções: Drª Manuela Aguiar: “As Academias Seniores de Artes e Saberes”; Drª Rita Gomes: “Associação de Estudos Mulher Migrante”e “Participação Ativa da Mulher nas Estruturas Associativas e outras”; Drª Nassalete Miranda: “Empreendedorismo Feminino Cultural”
Foi feito o lançamento da Publicação desta Associação sobre «O Encontro Mundial de Mulheres Portuguesas na Diáspora», realizado em 2011, no Forum da Maia.

Participaram nesta Iniciativa a Embaixadora Drª Rita Ferro, o Senhor Cônsul- Geral de Portugal no Luxemburgo, Dr. Rui Gonçalves Monteiro, vários dirigentes de Associações e outras Instituições das Comunidades Portuguesas.

As conferencistas foram convidadas a visitar uma instituição de Solidariedade Social Luxemburguesa onde decorria um encontro intergeracional para debate dos principais problemas vividos pelos
idosos, com a presença de jovens querecolhiam elementos para estudo, teses de mestrado e de doutoramento nas áreas socias.
Foram efectuadas visitas à C.A.S.A, À Rádio Latina e à Caixa Geral de Depósitos na procura de espaços para a realização de exposições de artes plásticas de mulheres da própria comunidade e de outras.

O programa encerrou com uma conferência de Manuela Aguiar sobre “Le mouvement féministe républicain au Portugal”, organizada pela Confrérie des Financiers Lusophones au Luxembourg., e em que participaram diversas individualidades, designadamente o Senhor Cônsul Geral de Portugal no Luxemburgo, Dr. Rui Gonçalves Monteiro.
Uma audiência interessada, participativa e cheia de personalidades portuguesas e luxemburguesas, mulheres e homens, que interpelaram a conferencista com várias questões, no que resultou um diálogo vivo a entrar pela noite..

Encontro em Genebra - Livraria Camões

O programa na Suiça teve uma excelente organização dConsulado de Portugal, com grande envolvimento do Dr. Carlos Oliveira, Cônsul-Geral de Portugal em Genebra (que mais uma vez assim dava apoio a iniciativas da AEMM - uma colaboração iniciada em 2007, quando era
Cônsul-Geral em Montreal ) , da jornalista Cristina Rodrigues, uma das participantes no Encontro Mundial da Maia, e da Livraria Camões, onde teve lugar a reunião.

A Drª Manuela Aguiar fez a apresentação do Livro sobre o «Encontro Mundial de Mulheres Portuguesas na Diáspora de 2011, destacando as temáticas aí tratadas, e moderou as intervenções de um painel composto por Rita Gomes, Isabelle Oliveira, Nassalete Miranda e Leonor Fonseca,
abordando temas como o projecto ASAS, a organização de tertúlias destinadas à recolha de narrativas de vida de emigrantes e à situação da Mulher na política e na vida das comunidades.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

AS ACADEMIAS SÉNIORES EM LONDRES




A ideia lançada em Joanesburgo, em 2008 nos ENCONTROS PARA A

CIDADANIA: MULHERES – VERTENTE DE MOBILIDADE NUMA PERSPECTIVA

DE DIÁLOGO INTERCULTURAL – para a criação de Universidades Sénior

destinadas a ocupar o tempo livre dos mais velhos, agora reformados e

tantas vezes sem programas de actividades interessantes e enriquecedoras

no ponto de vista cultural, como também para intercâmbio de ideias e de

relacionamentos, está a procurar ser implementada em Durban e em Caracas.

Considerando que 2012 é o Ano Europeu do Envelhecimento

Activo e da Solidariedade entre Gerações, a Secretaria de Estado das

Comunidades Portuguesas decidiu patrocinar a divulgação deste projecto e,

depois de apresentado á comunidade portuguesa de Newark, pretende-se

alastrá-lo a outros espaços da nossa diáspora, tal como foi feito em Londres

pela Dra. Manuela Aguiar, no passado mês de Junho na Embaixada de Portugal,

na presença do Senhor Embaixador, que assim tanto dignificou o nosso

Encontro.

Procurando também que lhe esteja associado um diálogo inter-

geracional no espaço da nossa diáspora, este projecto passa a designar-se

ACADEMIAS SÉNIOROS DE ARTES E SABERES (ASAS).

Inspiradas no modelo das Universidades Sénior portuguesas, propiciarão

uma multiplicidade de actividades dependentes dos contextos onde estão

inseridas e, consequentemente, das motivações e das carências reveladas, tais

como cursos temáticos (línguas estrangeiras, história, literatura, informática,

artes plásticas, teatro, grupo coral, dança e folclore, culinária, socorrismo,

etc.), palestras, seminários, viagens de estudo, sessões de convívio (jantares

e bailes), investigação (histórias de vida da Diáspora, auto-biografias),

favorecendo também um diálogo inter-geracional, bem como uma Rede entre

todas elas.

A frequência dos cursos deverá ser regular e calendarizada, sem

avaliação final, mas com direito à obtenção de diploma de participação.

Pretende-se que as academistas e os academistas tenham

sempre atitudes interventivas e participativas, aproveitando mesmo os saberes

individuais para a animação de actividades e para a leccionação de cursos.

O grupo presente na Embaixada de Portugal e seleccionado pela Dra.

Luísa Ribeiro, era representativo de diferentes contextos e com papeis muito

importantes em cada um deles, que favoreceu o entendimento de uma

tipologia específica para a comunidade portuguesa em Londres e a analisar

com profundidade, pelo que deveria ser objecto de discussão em novas

reuniões, tal como a que aconteceu num jantar já agendado para Setembro.

Foi com enorme satisfação que nesse jantar em Lambeth, o grupo

aumentou e muitas ideias surgiram, definindo-se metodologias, estratégias,

frequência (1ªs quartas-feiras de cada mês) e mesmo o local,

disponibilizado por uma das novas aderentes e dona de um restaurante,

bem como o secretariado, que se responsabilizaria pelo encaminhamento

via e-mail de todas as informações recebidas.

Este grupo de mulheres, agora intituladas LUSÓFONAS EM LONDRES, já

tem um programa detalhado expresso neste e-mail agora recebido:



Olá a todas,



No nosso jantar da passada quarta-feira, dia 07/11/12, ficaram algumas

questões esclarecidas e outras se levantaram.



Assim, decidiu-se que:

1) o nome do grupo será "Lusófonas em Londres"



2) as sessões/encontros terão a duração de 1 hora, sendo os primeiros 30 minutos

destinados à apresentação dos temas (1/2) dessa sessão e a segunda meia hora a

esclarecimentos mais individualizados. Haverá sempre duas pessoas responsáveis pela

organização e apresentação da sessão, assegurando a sessão caso aconteça algum

imprevisto.



3) a primeira sessão será dia 14 de Janeiro (segunda-feira), sendo o tema "Ano Novo, Vida

Nova". O objectivo será abordar questões ligadas à auto-imagem (contaremos com o apoio

de uma cabeleireira e de uma maquilhadora) e à definição de objectivos pessoais para o

novo ano. Esta sessão é da responsabilidade da Maria e minha.



4) a segunda sessão, da responsabilidade da Ana Paula e da Luísa, será dia 6 de Fevereiro

(quarta-feira), sendo o tema "Ano Novo, Casa Nova".



5) a terceira sessão, dia 6 de Março, com o tema "Ano Novo, Trabalho Novo" fica a cargo

da Isabel.



6) no final de cada sessão ficamos por mais 15 min para discutir alguma questão sobre

essa sessão e acertar algum pormenor para a seguinte.



Quanto a questões levantadas, falou-se na possibilidade de criar uma página no Facebook

e na necessidade ou não de se escolher uma líder para o grupo.



Aproveito para pedir a todas que ao responder a emails tenham o cuidado de escolher a

opção de responder a todos os contactos, para garantir que todas recebem as mensagens

trocadas. Peço também que caso não possam estar presentes nalgum encontro avisem para

sabermos ao certo com quem podemos contar em cada sessão.



Até breve.



Abraço,

Mariana Costa
Elsa de Noronha
Como ela própria se intitula é uma “Poeta de Dizer”.
Nasceu em Moçambique, sendo filha de um grande poeta, também
moçambicano, Rui de Noronha.
A nossa muito estimada amiga Elsa de Noronha tem – nos acompanhado em
várias Iniciativas da «Associação de Estudos Mulher Migrante», mostrando-se
sempre disponível para participar com muito entusiasmo e a título voluntário.
Tem estado connosco em vários Encontros, praticamente desde a constituição
da Associação, sobretudo em Portugal, sendo fantásticas as suas exibições,
pelo que tem recebido os maiores elogios.
Por sua Iniciativa, foi a Estocolmo, aquando da realização do «Encontro para a
Cidadania», em Março de 2006, naquela cidade.
Estava presente o Dr. Jorge Lacão que muito a felicitou, bem como todas e
todos os restantes participantes. Foi um espetáculo Inesquecível!
Por todas essas razões, a Poeta de Dizer, Elsa de Noronha, merece a nossa
gratidão com o maior reconhecimento.
filha de um grande Poeta,
também

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

MANUELA BAIROS EM TORONTO

Manuela Bairos começou por distinguir três planos de análise da diplomacia da Língua


Portuguesa: a sua importância como língua de oficial ou de trabalho em diversas organizações

internacionais; a sua utilização nos vários países de língua oficial portuguesa em quatro

continentes e o potencial de crescimento como língua de herança junto das comunidades

oriundas de países de língua portuguesa espalhadas pelo mundo.


Os dois últimos planos de análise mereceram particular atenção, uma vez que é justamente

da sua interação que o impacto da língua portuguesa no mundo poderá ser mais visível e

imediato. Se por um lado é certo que a importância da língua portuguesa se prende com o

número crescente de falantes e com a relevância regional e mundial de países como o Brasil e

Angola nos respetivos continentes, esta realidade serve de inegável impulso e estímulo à sua

promoção nas diásporas que têm o português como língua de herança.

Neste contexto, as comunidades emigrantes oriundas de países de língua portuguesa

assumem um papel fundamental em países como os EUA, Canadá, França, Suíça, África

do Sul ou Austrália, para citar alguns exemplos. Sabemos, com efeito, que o interesse

crescente pela língua portuguesa (hoje bem visível numa China em plena expansão mundial)

dispensará o esforço que hoje pedimos às nossas comunidades e às instituições académicas

pertinentes em vários países do mundo. Mas na atual fase, Manuela Bairos salientou que ainda

precisamos de criar um estímulo que possa desencadear o efeito multiplicador que sabemos

se produzirá no futuro em relação à língua portuguesa. Esse estímulo só poderá ser suscitado

e alimentado pelas comunidades portuguesas na diáspora, que por razões emocionais e de

identidade, tem investido na sua manutenção e promoção junto das novas gerações.

São estas novas gerações que têm assumido com brio a herança da língua e da cultura

portuguesa (a exemplo da tuna académica dos estudantes luso-canadianos da Universidade

de Toronto, que atuou no decurso do simpósio), reconhecendo a riqueza do país de que são

oriundos e das suas tradições e cultura. Este é o fermento que em primeira linha deveremos

utilizar para a necessária mobilização de esforços na promoção da língua portuguesa, que, de

uma forma geral, ainda se encontra muito aquém do seu verdadeiro potencial.


Manuela Bairos exemplificou com a situação dos EUA onde incompreensivelmente a língua

portuguesa sofre dum estatuto de menorização, já que não está disponível num leque de nove

línguas oferecidas nos exames de acesso ao ensino superior (SAT II), ou da França onde,

embora exista uma das maiores comunidades portuguesas no mundo, o número total de

alunos de português naquele país se equipara ao Senegal, com cerca de 27 000 alunos que

aprendem português.



Uma palavra final foi dirigida às mulheres (mães e sobretudo avós) na diáspora e ao seu papel

na transmissão da língua e de outros traços da nossa cultura que são em regra assimilados

no lar e no modo de vida das famílias portuguesas, um legado tradicionalmente a cargo das

mulheres e mães que muito se orgulham de o passar às novas gerações.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Nota de abertura . Revista "Entre portuguesas"


Vamos olhar, nas páginas de uma revista, um mundo feito de sonhos e de obras de muitas Mulheres Portuguesas. Vamos à procura da realidade plural, dinâmica e mutável da nossa emigração feminina, situando-a no espaço que efectivamente ocupa no trabalho, na cultura, nas artes e nas ciências, na política, no associativismo, no desporto, na família...
Move-nos a intenção de reflectir sobre a história do passado e sobre a história no seu curso para o futuro, com a vontade de contribuir para a mudança, de influenciar o processo, e de mobilizar para a acção a metade que tem sido marginalizada nas nossas comunidades. Foi esse o objectivo maior do Encontro Mundial de Mulheres da Diáspora, em 2011 -o terceiro organizado pela “Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade Mulher Migrante”. Um forum que trouxe novos dados e perspectivas sobre as migrações femininas e permitiu, pela intervenção de tantas das suas protagonistas, com a força dos sentimentos e experiências de vida, e pelo contributo de especialistas e investigadores, com a sua visão objectiva e rigorosa, repensar os modos combater por uma causa que nos une: a da cidadania assumida pelas mulheres migrantes no seu trajecto transnacional.
A revista é mais uma mostra da nossa forma de estar neste combate, de alargar a colaboração com mulheres e homens, que vivem a emigração, com políticos que a compreendem, como o Secretário de Estado José Cesário, com estudiosos que revelam as suas verdades.
E é, também, um tributo a Maria Lamas, exemplo de cidadania exercida com a máxima generosidade e inteligência.
Responder
Encaminhar
 
Mulheres apelaram à igualdade de géneroO II Congresso da Mulher Migrante serviu para a criação de uma nova associação no país. Autor: Sergio Ferreira O Salão Río Caroní no Hotel Gran Meliá Caracas acolheu, no passado domingo, 25 de Novembro, o II Congresso Nacional da Mulher Migrante Luso-Venezuelana, uma iniciativa do Clube dos Comunicadores Sociais Luso-Venezuelanos (CSLusoven) organizada em conjunto com a Conselheira das Comunidades Portuguesas pela Venezuela, Maria de Lourdes Almeida, e com os Filhos de Portugueses Nascidos na Venezuela. Durante a jornada, na qual participaram 124 congressistas de 18 instituições, marcaram ainda presença a ex-secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Manuela Aguiar, a presidente da Associação Mulher Migrante de Portugal, Rita Gomes, o cônsul geral de Portugal em Caracas, Paulo Martins dos Santos, e o cônsul geral de Portugal em Valência, Antonio José Chrystello Tavares. A abertura esteve a cargo de María de Lourdes Almeida, que agradeceu todos os presentes pelo apoio dado à nova Associação Mulher Migrante da Venezuela. De seguida, Paulo Martins dos Santos fez uma breve intervenção para explicar o importante papel da mulher no processo migratório luso em terras crioulas e de como as mulheres se impuseram nas mais variadas instituições luso-venezuelanas. Antes de iniciar as intervenções das oradoras, foi feito um contacto via telefone com a deputada eleita pelo círculo fora da Europa, Maria João Avila, que agradeceu às mulheres emigrantes na Venezuela pelo seu trabalho incansável. “É muito importante ver as pessoas da comunidade envolvidas num projecto como este. Nunca mais vamos ter uma pessoa do calibre de Manuela Aguiar”, ressaltou. E foi a antiga secretária de Estado, Manuela Aguiar, que abriu oficialmente o congresso. “Em Caracas, como noutras cidades, a associação tem estado ligado ao trabalho com as comunidades (…). Já estou com a ideia de que este é o país onde as mulheres estão mais envolvidas e têm um papel mais determinante na vida da comunidade portuguesa. O futuro deve ser construído entre homens e mulheres; o caminho para o equilíbrio deve ser percorrido no exercício da cidadania. Cesário converteu em realidade política a mobilização das mulheres emigrantes (…) Temos que saber o que queremos para dar mais Portugal a Portugal e fazer das mulheres mais portuguesas e cidadãs”, disse Aguiar. A primeira oradora da noite foi a presidente da Academia da Espetada de Maracay, Ana Maria de Abreu, que explicou o trajecto da instituição que dirige e os seus contributos para a comunidade. De seguida, foi a vez da presidente da Sociedade de Beneficência Só Bem, Ana Maria Góis, que assegurou que a associação continuará a lutar pela dignidade de todos aqueles que sofreram atropelos na vida. A mais aplaudida foi Joamar Isabel Gonçalves, uma jovem de apenas 12 anos de idade, filha da directora da Fundação Luso-Venezuelana de Clarines, Carla de Gonçalves, que foi ao microfone para falar sobre a instituição e ressaltar o talento da mulher luso-venezuelana. Depois, subiu ao palco a primeira mulher a ser presidente da secção de Carabobo da Câmara Venezuelana Portuguesa de Comércio, Indústria, Turismo e Afins (Cavenport), Fátima de Pontes, que destacou o papel de algumas mulheres na história da humanidade e enfatizou o lema “na união está a força”. Fátima Pinto, directora da associação Filhos de Portugueses Nascidos na Venezuela, fez um percurso pela história deste grupo do Facebook fundado em 2008, e falou do lançamento de uma nova página que reunirá Filhos de Portugueses nascidos pelo Mundo. “Nasci e vivo num maravilhoso país, a Venezuela, mas o meu coração estremece cada vez que escuto alguém falar com sotaque português”, finalizou.




Luísa Campos, presidente da Comissão de Damas do Centro Português, em Caracas, explicou a sua participação na mudança de nome do grupo que dirige e do papel fundamental que tiveram em diversas actividades no centro social. “Ao lado de um bom homem está sempre uma grande mulher”, disse Campos, exortando à igualdade e ao trabalho conjunto entre ambos géneros. Chegou depois a vez de Marilú de Andrade, representante do grupo ‘Nietas del Lar Padre Joaquim Ferreira’, que afirmou que é muito satisfatório ver as demonstrações de alegria dos idosos quando estas mulheres os visitam. “O papel da mulher na sociedade actual é claro: Ser transformadora, com valentia, e estar preparada para enfrentar novos desafios” sentenciou. Por seu turno, a presidente do Grupo de Danças Internacionais Dos Patrias, Mónica da Silva, falou sobre o sentimento emigrante presente em cada actuação do grupo folclórico e os seus desafios como presidente nos próximos anos. Posteriormente, foi a vez de Fátima Pita, secretária da Sociedade de Beneficência de Damas Portuguesas, e Salomé de Martins, presidente da Fundação Martins, que falaram do trabalho de beneficência desempenhada por ambas as instituições e do papel fundamental das mulheres nessas instituições. Depois de um breve intervalo, foi a vez dos principias oradores: Rita Gomes falou sobre a Associação da Mulher Migrante desde a sua fundação, em 1985, até aos dias actuais, assegurando que a instituição está presente em qualquer lugar onde haja uma mulher lusa que precise dela; a economista Nélia Santos explicou o desafio que significou para ela ser a primeira mulher representante do Banco Internacional do Funchal (Banif) em Caracas, apelando ao equilíbrio entre géneros sexuais e apelando à profissionalização das mulheres; a advogada Adriana da Silva abordou o tema da violência contra a mulher, números e as leis; e a conselheira Maria de Lourdes Almeida recordou os nomes de mulheres luso-venezuelanas que triunfaram nos mais diversos âmbitos. Para finalizar o evento, Manuel Aguiar fez uma nova intervenção na qual destacou o papel das mulheres no associativismo luso-venezuelano, dizendo que apesar de pertencerem a uma sociedade conservadora e tradicional, a pouco e pouco conseguiram ressaltar em diversos sectores. Fez ainda referência ao novo processo migratório, explicando que a inserção destas novas mulheres será menos traumática devido ao alto nível de profissionalização. Manuela Aguiar e Rita Gomes foram recebidas na filial número 43 do FC Porto, em Caracas, pelo seu presidente, Alvarinho Sílvio Moreira, onde tinham preparada uma noite de gala de fados com os melhores fadistas luso-descendentes. A ex-secretária de Estado expressou a sua grande emoção e orgulho ao ver que a Casa do Porto na Venezuela promove importantes actos culturais onde os descendentes lusos são os principais protagonistas; igualmente, destacou que este tipo de actividades mantém vivas as tradições, usos e costumes do povo português, inculcando nas novas gerações a consciência de que ser filhos de portugueses significa ter as portas abertas em qualquer parte do mundo.

Um Natal de saudade

Um Natal de Saudade




Vamos viver a mensagem de Natal para que nos sintamos sempre, ao longo do ano inteiro, mais próximos uns dos outros, no acompanhamento das nossas vidas, na solidariedade, na lembrança.

Que as luzes que iluminam as árvores de Natal, as ruas, as casas em festa, nos iluminem também o caminho a andar, com as lições que nos deixaram os nossos maiores, com as perspectivas que os mais jovens vão descobrir!

Que o casal de emigrantes num trânsito aventuroso, mas venturoso, em terra estranha, com o seu menino recém-nascido - o menino que vinha dar-nos um novo mundo de valores humanos transcendentes e com eles abrir nova era na História universal! - seja, verdadeiramente, um modelo inspirador, para que, em Portugal, possamos resistir às dificuldades dramáticas dos tempos que atravessamos, numa maior união entre a parte da Nação que se debate com as maiores agruras, dentro do nosso território (e de outros, também...), e a que contempla o futuro com a certeza do bem-estar e da prosperidade, em Estados melhor geridos e mais desenvolvidos

Dentro de fronteiras, aumenta, dia a dia, o desemprego, o desânimo, a pobreza, e, com tudo isso, cresce, num dramático recomeço de ciclo, pelas mesmas más razões de sempre, a emigração!

"Portugal, País das migrações sem fim" foi o título que dei, na meia década de 90, a um livro sobre estes temas sem querer fazer profecia, e sem adivinhar a colossal dimensão que o fenómeno iria em breve atingir... Sabemos todos que esse movimento infindo de dispersão, com os seus altos e baixos, as suas mudanças de percurso e a diversidade de integração socioeconómica das pessoas, serviu sempre o engrandecimento de Portugal, levando consigo, nos laços mantidos com a terra-mãe, a expansão da cultura e da língua na diáspora, em verdadeiras comunidades extra-territoriais. Assim se fez e faz a nossa História - uma história de família, de “família-comunidade”- e de “família-nação”.

E o Natal é, por excelência, a festa da família, uma reunião que vence distâncias na geografia e que atravessa os tempos, trazendo vivas à memória as reminiscências dos Natais do passado, a memória dos que estão longe ou dos que já partiram...

É o grande reencontro no afecto, no coração, no espírito.

Por isso, neste Natal, no pensamento, no meu mundo de saudade, onde revisito família e amigos, vão estar, de um modo muito especial, as recordações que guardo de Dona Benvinda Maria. Da sua amizade. Da sua vida exemplar ao serviço de grandes causas! Estou certa que o Filipe e todos os que fazem o “Portugal em Foco” e todos os seus leitores, partilham comigo esta vontade de assim olhar o Natal de 2012.

Para todos, Feliz Natal

Estudo sobre envelhecimento Sò Bem Caracas

Caracas, 25 nov (Lusa) - A Associação de Beneficência Só-Bem convidou hoje as mulheres luso-venezuelanas a participarem num estudo sobre os anciãos portugueses na Venezuela, destacando o desempenho de instituições locais que substituem o Estado no acompanhamento de "situações gritantes".




"Urge fazer um estudo, porém, que seja levado superiormente às instituições oficiais, sobre a velhice em solo venezuelano", disse a presidente da associação.



Ana Maria Góis falava para mais de uma centena de participantes no 2.º Congresso Nacional da Mulher Venezuelana, evento organizado pelo Clube de Comunicadores Sociais Luso-venezuelanos e a Associação Mulher Migrante, de Portugal, para assinalar o Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra a Mulher.



A presidente da Só-Bem frisou ainda que "a comunidade lusa vai envelhecendo em solo venezuelano e, como tal, as situações de carência tenderão a aumentar".



"Diversos idosos, sem família e sem meios de subsistência necessitam de apoios, tendo o Estado português cortado a muitos deles o ASIC, (subsídio de apoio social) mercê das dificuldades que assolam as finanças lusas e dos abusos que se verificaram ao longo de anos", disse.



"É crível que, aumentando os casos de mendicidade, os meios postos à nossa disposição se revelem insuficientes. Não tanto em termos alimentares, onde a comunidade lusa se vem revelando generosa, mas em termos de numerário, imprescindível para a aquisição de medicamentos e pagamento de médicos e ambulatórios", afirmou.



A responsável da Associação Beneficência lembrou ainda que "vicissitudes diversas" levaram o "Estado Social a defrontar-se com uma crise que, obviamente, afetará o tecido social mais frágil".



Segundo Ana Maria Góis, este tecido social, "parco de rendimentos e debilitado, incapacitado de recorrer à malha estatal, acaba invariavelmente por recorrer a quantos, sem atenderem a cálculos matemáticos e questionários intermináveis, lhes dão os alimentos para matar a fome e os medicamentos para fazer face à doença".



Alertou ainda que "esses anónimos que trabalham por vezes em condições extremas”, pretendem apenas “ajudar o seu semelhante” e, por nada esperarem, “são muitas vezes tão esquecidos quanto os deserdados que amparam e protegem".



A Associação de Beneficência Só-Bem foi criada em 1988, está sediada na cidade de Valência, 200 quilómetros a oeste de Caracas, centrando a sua atenção em casos de carência extrema.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Adé Caldeira - sobre a organização do Congresso de carcas

De parte de toda la Junta Directiva Nacional: A todos muchas gracias por su
apoyo...
Fue realmente un excelente evento organizado por la Asociación Nacional Club
de los Comunicadores Sociales LusoVenezolanos (CSLusoVen)
Desde hace 3 años hemos demostrado que somos unidos en una organización
seria y reconocida por toda la red asociativa portuguesa en Venezuela, todo
el dinamismo empresarial de gerencia portuguesa en Venezuela, y mas que
todo, por toda la comunidad portuguesa!!
Pa delante amigos y asociados de la red CSLusoVen, mejor éxito de nuestra
capacitad de organización y de movilización no podía haber: 124 congresistas
presentes y 3.956 visitas en la pagina facebook de la Mulher Migrante
Venezuela.
Contra números no hay bla bla que pueda!!
Felicitaciones a todos por su gran apoyo a la Asociación Nacional Club de
los Comunicadores Sociales LusoVenezolanos (CSLusoVen), organizadora del 2º
Congreso Nacional de la Mujer LusoVenezolana 2012.

Saludos / Saudações / Salutations / Best regards

Adé Caldeira - Vicepresidente nacional


Asociación Nacional de Comunicadores Sociales LusoVenezolanos (CSLusoVen)
Pin: 2 4 9 c f 8 1 b - www.cslusoven.org

FaceBook: www.facebook.com/cslusovenpagina
Twitter: @cslusoven (www.twitter.com/cslusoven)

Drª Fátima Pontes Congresso de Caracas

Mis cordiales Saludos, y de verdad muy emocionada, por haberme invitado a dicho Congreso como Ponente y Moderadora.
Me encantó el compartir con los Jóvenes, desde ya mis cariños a todo el equipo técnico CsLusoVen, a toda la prensa que cubrió el evento, y por Supuesto A Nossa Conselheira Milú mi agradecimiento.
Además mis respetos a mi estimado amigo Adé Caldeira.
Espero a futuro que sigamos trabajando por ese fín de generar una nueva Asociación.donde la Mujer sea representada y oída aquí y allá.
Quiero desde ya ponerme a la disposición de seguir trabajando por lo que fuimos a representar .
Y en nombre de la Junta Directiva de La Cámara Venezolana Portuguesa Carabobo, nuestro agradecimiento por tan importante invitación.Se les quiere
Atentamente
Dra. Fátima De Pontes
Reporte instantáneo de la Secretaria General del II Congreso Nacional de la Mujer Lusovenezolana 2012

La Secretaria General del II Congreso Nacional de la Mujer Lusovenezolana 2012 informa que durante todo el día del evento:
- 124 congresistas asistieron al congreso nacional
- 18 instituciones lusovenezolanas presentes o se hicieron representar
- (de esas 18) 7 son instituciones únicamente con asociadas y gerencia femininas
- 11 medios de comunicación social presentes (TV's, radios, prensa escrita y webtv) tanto portugueses en Venezuela como medios venezolanos (nacionales, regionales y locales)
- Los 2 únicos cónsules generales de Portugal en Venezuela (Caracas y Valencia)
- 2 consejeros de las comunidades portuguesas (existen 5 en Venezuela)
- Una exViceministra de las Comunidades Portuguesas (Portugal)
- 148 reportes por Twitter con la etiqueta (hashtag) #mulhermigrante
- Presidencia de la Republica Portuguesa siguió tweets de un congresista con el hashtag #mulhermigrante
- 109 atestaciones de presencia firmadas y entregue a los congresistas
- 265 facebookistas comentando la pagina facebook
www.facebook.com/MulherMigranteVenezuela
- 345 conexiones a la TV Mulher Migrante Venezuela
- 687 visitas en la pagina
www.mulhermigrante.org.ve
- 3.956 visitas en la pagina facebook
Secretaria General, Comisariado del Congreso y Equipo TecnicoOperacional: Ángeles Pestana, Karen Lozada, Luisana Andrade, Irene Goncalves, Ramsey Blade, Leonella Espinoza, David de Freitas, Steve Tovar y Paulo Villalobos
Con el apoyo técnico de “Hijos de Portugueses Nacidos en Venezuela”(HPNV)

Congresso Nacional da Mulher Luso-Venezuelana 2012

Actualizada na terça-feira
25/11/2012: II Congresso Nacional da Mulher Luso-Venezuelana 2012
Fotos: © David de Freitas (Associação “Mulher Migrante na Venezuela”)
www.mulhermigrante.org.ve

II Congresso Nacional da Mulher Luso-Venezuelana 2012 organizado pelo Clube dos Comunicadores Sociais Luso-Venezuelanos (www.cslusoven.org) em ocasião do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres e que contou com a presença da ex-secretária de Estado, Dra. Manuela Aguiar, e da presidente da associação Mulher Migrante Portugal, Dra. Rita Gomes. Em final do evento foi criada a associação nacional “Mulher Migrante na Venezuela” (www.mulhermigrante.org.ve).


O evento teve lugar domingo 25/11/2012 no salão rio Caroni do Hotel Gran Melia Caracas e contou com:

- Apoios institucionais: Centro Português em Caracas, Club de Comunicadores Sociais Luso-Venezuelanos (CSLusoVen), Consulados General de Portugal em Caracas e em Valencia, rede “Hijos de Portugueses Nascidos en Venezuela” (HPNV) e associação Mulher Migrante Portugal,

- Patrocinantes: Calzados Car & Beth 2010, Constructora Pignova, CSLusoVen Club de Comunicadores Sociales LusoVenezolanos, Distribuidora El Manjar del Queso, EcosHost, Embutidos Castelo Branco, Frigoríficos El Manjar de la Carne, Futebol Clube do Porto en Venezuela, Hotel Gran Meliá Caracas, Piscinas Latinoamericanas, Radio Arcoense en Venezuela, Restaurante Marisquería Júpiter, TAP Portugal, Zapatería Agus e Zapatería Oporto

- Apoios comunicacionais: CLCom Comunicadores Sociais nas Comunidades (Mundo), Correio de Venezuela, CSLusoVen Club de Comunicadores Sociales LusoVenezolanos, Diario de Noticias da Madeira (Portugal), El Europeo, El Metropolitano, Fala (periódico Ultimas Noticias), Hijos de Portugueses Nascidos en Venezuela (HPNV), Lusa - Agencia de Noticias de Portugal, Luso Magazine, Noti-Luso Web, Pabellón y Bacalao Producciones, Radio Arcoense en Venezuela, Radio Patria e Radio Uno 1340 AM