terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Para ti Maria


Para ti, Maria

(Poema de homenagem a Maria Archer)

 

 

Conta-me a tua história de menina

Com dedos de piano,

Desata os teus laços de cetim

E corre, corre sem desengano.

Estreita as cores ateadas

Nas tuas saias rodadas,

Acereja a tua boca,

Com aquele tom carmim.

 

Ai se eu cresço, quando cresço?

Tudo depende de mim.

Nada me serve de estorvo.

Nem o sítio, nem o espaço,

Nem o canto longe do meu quarto.

Nem a distância ou o mar,

Nem o diferente luar.

E que nem me adiem a paixão,

Ou a força de lutar

Por esta esquina de pão.

 

Nunca fui mais que um avesso.

Mesmo assim, insisto em inverter

O uso fácil de mim.

Enceno então uma calma,

Ou visto uma alma qualquer.

Porque todos podem ser diferentes,

Eu não, que sou mulher! 

 

 

 

 

 

 

 

 

Helena Rocha Ferreira, Poema de Homenagem a Maria Archer

Espinho, 2 setembro 2012

 

 

 

 

 

Manuela Aguiar na sessão comemorativa dos 20 anos da AEMM - em Lisboa


É uma alegria poder comemorar os 20 anos da AEMM neste espaço tão acolhedor da Fundação Pro Dignitate, tendo por anfitriã a Dr.ª Maria Barroso, que connosco esteve nas iniciativas mais significativas do percurso que agora lembramos.
Vir aqui é uma forma de lhe agradecer não só o estímulo que nos deu, desde a primeira hora, por acreditar em nós e nossos projetos, mas também a força do seu próprio exemplo de dedicação aos valores da paz, da liberdade, da igualdade entre mulheres e homens.
No longo caminho para a igualdade, ainda em curso, as histórias de vida daquelas que ousaram afrontar tabus, infirmar preconceitos, modelar costumes, civilizar e modernizar sociedades, surpreendendo-as com a verdade sobre os dons e as ilimitadas capacidades da Mulher em novos domínios, mantêm um enorme poder de inspiração. É o caso das que se converteram em símbolos  dessa Verdade, como Maria Archer e Maria Lamas, dois grandes nomes da Cultura Portuguesa do século XX, cujo talento literário serviu, de uma forma muito inteligente e muito militante, a causa da emancipação das mulheres do seu tempo, num Portuga encerrado num período de obscurantismo e de opressão sexista. Duas Mulheres de pensamento e de ação, para quem a escrita foi uma arma de intervenção cívica. A ousadia custou a ambas o exílio - a expatriação indesejada, onde se procura e reencontra a Liberdade.
 Como Mulheres Migrantes,  como mulheres livres e libertadoras, as evocamos, nas nossas mais recentes publicações, que hoje apresentamos em Lisboa - como já fizeramos no Porto e em Espinho, em tertúlias, em colóquios nos auditórios de Escolas Secundárias, da Biblioteca Municipal, na feira do Livro... divulgando a sua personalidade e sua obra junto de públicos novos, diferentes, em espaços onde as migrações e as migrantes não têm, normalmente, a visibilidade que merecem. Foram reuniões excelentes, debates muito participados, momentos inesquecíveis de descoberta de fascinantes perfis femininos, que lhes mostrámos  na sua singularidade, mas também no que têm de comum - vozes fortes que romperam o silenciamento imposto por uma ditadura particularmente misógina.
  As famílias de Maria Lamas e de Maria Archer deram, em muitos desses encontros, como hoje aqui acontece, o seu testemunho, tornando-as mais próximas de todos, num ambiente de simpatia e de afeto , em que queremos perpetuar a sua memória e o seu legado ético. E gostaríamos de salientar também. em especial, uma qualidade em que ambas se distinguem: a tenacidade, o saber aproveitar cada oportunidade do quotidiano para avançar na linha estratégica de combate pela dignificação da mulher  -   e das mulheres muito concretamente. Aproveitar oportunidades, criar oportunidades - quer, como Maria Archer, nas páginas de um romance, através de personagens de um impressionante realismo, quer, como Maria Lamas, na direção de uma revista de temas tão tradicionalmente femininos, como "Modas e Bordados", que transforma em meio de repensar o papel da Mulher, de valorizar a sua imagem, de comunicar com as jovens,  abrindo-lhes horizontes. 
 
Estas recentes iniciativas da AEMM, em que procuramos fazer a ligação entre o pensamento e a ação das mulheres da diáspora em sucessivos períodos, em diferentes lugares do mundo, são uma das marcas de uma nova etapa do nosso trajeto.
Vou lembrar, brevemente, esse trajeto, em que  distinguirei duas fases - uma primeira em que fomos estabelecendo, a partir de um grande congresso mundial em 1995, uma rede de contactos nas comunidades portuguesas,  embora as ações desenvolvidas se tivessem centrado fundamentalmente em Lisboa, com a organização periódica de colóquios e seminários sobre temáticas de emigração/imigração feminina, apoiados, quase sempre, pela Comissão da Igualdade . Em fins de século XX e princípios de século XXI, a imigração liderava a agenda e traduziu-se em várias iniciativas pioneiras desenvolvidas em colaboração com municípios e regiões autónomas, com um apelo à solidariedade para com um número enorme de estrangeiros recém-chegados em situação irregular (uma das publicações desse altura tem por título "Problemas Sociais da Nova Imigração").
A segunda fase na vida da AEMM inicia-se em 2005, com o alargamento do seu campo de ação ao universo da Diáspora, numa colaboração sistemática com a SECP para a execução  do que poderemos designar por políticas de emigração com a componente de género.
 Até então a nossa abordagem do fenómeno da emigração portuguesa fora mais focada no domínio do estudo ou levada a cabo através dos núcleos e representantes existentes nas comunidades e de deslocações esporádicas de dirigentes da Associação  (algumas muito bem sucedidas, como é o caso paradigmático da que serviu de mobilização para o associativismo feminino na região de Buenos Aires, com a criação da Associação Mulher Migrante Portuguesa da Argentina, em 1998.
O novo ciclo de vida da MM, que nos vai levar aos quatro cantos da terra fica a dever-se a uma conversa informal com  o SECP, Dr António Braga, em que eu lhe apresentava apenas uma proposta de realização de um congresso para comemorar a efeméride dos vinte anos do 1º Encontro Mundial de Mulheres Migrantes de 1985. A ideia de ir até às diferentes comunidades, ao longo da legislatura, de Encontro regional em Encontro regional, como preparação de um Encontro mundial, em 2009, foi do próprio SECP. Como foi dele a ideia de convidar a MM para a sua organização e a Drª Maria Barroso para a presidência de honra dos hoje já históricos "Encontros para a Cidadania - a igualdade entre homens e mulheres".
Logo que iniciou funções, o novo SECP, e nosso aliados de longa data, Dr. José Cesário chamou-nos a uma renovação dessa parceria e para a preparação de um Encontro Mundial, ainda nesse ano de 2011. Como ele, nós acreditamos na eficácia da colaboração de sociedade civil e Estado em projetos que ultrapassam a fronteira das políticas de mero interesse partidário.
Como já tenho dito, em várias ocasiões, somos uma pequena associação, que se tem transcendido, na chamada a missões importantes. Queremos continuar a assumir a responsabilidade de correspondes às expetativas que em nós colocam, sabendo que tudo o que conseguimos foi fruto de um trabalho solidário com outras organizações das comunidades. Temos sempre a preocupação de incluir as questões de género em eventos dirigidos às comunidades como um todo, onde, estas temáticas nunca tinham sido abordadas - por exemplo nas comemorações do Dia Nacional, em congressos  sobre lusofonia, sobre cultura, sobre juventude, sobre o envolvimento político na diáspora, em datas festivas de cada comunidade ou instituição, em Universidades, em escolas públicas, em  sindicatos ... Fazemo-lo sistematicamente, pois temos consciência de que estas matérias perdem em ser acantonadas num universo fechado de mulheres. Para nós, o associativismo feminino é uma ponte de transição para a paridade plena.
Nós MM queremos ser uma plataforma de diálogo de género e geração - foi o título do nosso primeiro congresso, é uma ideia força da própria paridade, da partilha de experiências, de um movimento que vem do passado, cheio de memórias, para um futuro de infinitas virtualidades.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Nassalete Miranda na Expo Lx


Fundação Pro Dignitate– Outubro /Dezembro 2013

 

Mulheres em Movimento – 2

 

Esta exposição colectiva, que se insere no Encontro Mundial Mulheres da Diáspora, e nos 20 anos da Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade Mulher Migrante, junta neste espaço de Arte, Património e Solidariedade – a Fundação Pro Dignitate,  junta cores, texturas e linguagens do Brasil, de Moçambique, de Angola, de África do Sul, da Argentina e de Portugal.

Docas, Ester de Sá, Lurdes Abraços, Ana Maria, Isabel Saraiva, Constância Néry, Balbina Mendes, Maria Manuela Mendes da Silva, Luisa Prior, Natália Correia, São Passos, Mayo Caetano, Lurdes Abraços, Filomena Fonseca, Cidália Correia e Luz Morais dialogam entre si em hino à Lusofonia.

Este é um dos objectivos conseguidos da Associação Mulher Migrante, cruzar com os mares a língua, a cultura, a cidadania e a solidariedade e por isso, nesta hora de felicitações pelos seus 20 anos cabe um agradecimento imenso a todas as timoneiras que há duas décadas lutam pela igualdade de género, de que me permitam que destaque as Dras. Maria Manuela Aguiar (uma força da natureza que nos impulsiona para um FAZER onde os obstáculos logo o deixam de ser porque são literalmente saltados com toda a genica), Rita Gomes e Beatriz Rocha Trindade.

As Expressões Femininas da Cidadania encontram-se neste espaço de Património edificado, em diálogo com a poesia e pintura, numa cumplicidade partilhada entre estas mulheres da Diáspora que não baixam braços, que se orgulham de serem portuguesas, que alimentam as suas raízes e frutos através do trabalho desta Associação, com o apoio da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas.

Estar aqui hoje entre todas vós, é uma inspiração e um privilégio que não posso deixar de agradecer.

O convite que se segue é para se visitar esta colectiva e receber de cada obra a luz da sua criadora, mais tarde a poesia sairá das telas para as palavras da Isabel Saraiva, da Cidália Correia e de todas quantas fazem do poema a sua almofada.

Nassalete Miranda

Recife Gabriela Valente


Gabriela Valente – Empreendedorismo feminino

 

Sou jornalista de formação, mas hoje o que eu menos faço no meu dia a dia é exercer o jornalismo. Hoje eu diria que sou mais publicitária e administradora de empresas do que jornalista. Mas não me arrependo do meu curso, talvez se eu não tivesse feito exatamente jornalismo eu não estaria onde eu estou.

 

Eu acredito que todo mundo nasce com um dom pra fazer alguma coisa, mas são poucos os que descobrem que coisa é essa. Outros até descobrem, mas não encontram meios de atuar na área. Eu tive a sorte de descobrir pra que eu servia na vida. Descobri cedo que meu negócio era na comunicação. Acho que poucos têm esse privilégio, essa sorte.

 

Meu primeiro trabalho foi em uma assessoria de imprensa. Passei dois anos nessa empresa, onde meu chefe dizia que eu sempre agi como dona. E eu sempre tive mesmo uma preocupação com o todo e não apenas com meu próprio trabalho. E essa eu acho que deve ser a primeira característica do empreendedor. Foi quando eu pedi pra sair dessa empresa e recebi o convite pra abrir meu próprio negócio. Eu ainda nem tinha terminado a faculdade, ainda faltavam dois períodos. Foram os meses que eu mais trabalhei na minha vida. Início de empresa, final da faculdade.

 

E eu acho que eu fiz isso na hora certa. Era a hora de arriscar, de trabalhar muito. E eu comecei a entender que estabilidade era o contrário de empreendedorismo. Enquanto a maioria dos meus amigos estavam na busca da estabilidade, ou estudando pra concurso ou em um emprego, eu estava me arriscando em uma coisa muito nova.

 

Eu tenho uma empresa de publicidade e marketing digital que foi uma das primeiras do mercado pernambucano com esse foco, o foco apenas no digital. E ao mesmo tempo que é bom olhar pra trás e dizer que fomos um dos primeiros, só nós sabemos o quanto foi e ainda é difícil. A empresa se chama Iris Agência Interativa e somos hoje uma equipe de quase 30 pessoas.

 

Quando me pediram pra falar de empreendedorismo feminino eu pensei logo que o foco seria nas diferenças e no preconceito que infelizmente, apesar da posição que a mulher já conquistou no mercado trabalho, ainda existe. Eu li um livro da mais alta executiva do Facebook e ela diz que um mundo realmente igualitário seria aquele em que as mulheres dirigissem metade das empresas e dos países e metade dos homens dirigissem os lares. Porque as mulheres enfrentam alguns obstáculos concretos mesmo no trabalho, como o machismo declarado ou sutil, a discriminação e até as vezes o assédio. E ela já entra com uma desvantagem que é muitas vezes a falta de estrutura e apoio à mulher mãe, dona de casa. Tem mulheres que comprometem suas metas profissionais pra dar espaço a companheiros e filhos que às vezes até ainda nem existem. Temos sim que aumentar nossa autoconfiança e fazer com que os parceiros ajudem mais em casa.

 

A mulher também é chamada a assumir comportamentos tipicamente masculinos para exercer o poder. Mas é preciso vencer essa imposição, aplicar a feminilidade em cargos de chefia e mostrar que é possível ser tão ou mais competente sem adotar os padrões convencionais de administração feito pelos homens e para os homens. Eu não acho também que deve ser lançada uma competição entre homens e mulheres no trabalho. Eu acho sim que eles devem andar juntos, a diversidade é fundamental.

 

Eu leio sobre o assunto e vejo alguns dados impressionantes, como: mulheres e homens no mesmo cargo, o homem ganha mais. Homens conseguem um cargo ou uma posição pela capacidade deles e a mulher pelo que ela já realizou. Essas duas coisas que eu falei que pra mim são muito emblemáticas, mostram um pouco desse preconceito que ainda existe. Mas ao mesmo tempo eu acho que as mulheres também devem que se impor enquanto profissionais e tentar sempre uma condição de igualdade. Eu tinha tudo pra sofrer muito preconceito, porque sou mulher e relativamente nova, tenho 25 anos, mas eu sempre tive muito respeito dos clientes, dos funcionários e dos meus sócios. Eu digo inclusive que tenho o privilégio de ter dois sócios homens, porque a gente se complementa. Deixando qualquer preconceito de lado, a gente não pode negar que os gêneros são diferentes, têm suas peculidaridades e eu acho que quando isso se soma em um ambiente de trabalho é muito positivo.

 

Pra fechar eu queria falar de algumas coisas que pra mim são essenciais quando falamos em empreender, agora esquecendo qualquer diferença de gênero:

 

·         Circular, conhecer, gente, fazer contato, ser como uma antena giratória captando sinais de todo canto. As melhores lições que eu apendi não vieram do ensino escolar, da universidade, tampouco dos livros. Muito veio da descoberta do dia a dia, das experiências não agendadas. E isso pra publicidade é muito importante. O processo criativo está atrelado a tudo o que vivenciamos, dos saberes que vamos armazenando em cada experiência.

·         Procurar ser criativo, independente de qual seja o seu negócio. Não ficar bitolado só naquilo, ler e procurar saber sobre coisas diferentes, se interessar por outras coisas, pois assim a gente vai montando repertório e um dia usamos tudo isso de alguma forma. Se tiver condições, viajar, sair do nosso ambiente de sempre, fazer coisas diferentes, abrir a cabeça, conhecer coisas novas. Isso estimula a nossa criatividade.

·         Ter disciplina.  Eu conheço gente ótima no que faz, talentosíssima, com ideias maravilhosas, mas que não tem disciplina, não respeita regras, prazos e limites. Muitos dos talentosos acham que por conta de suas qualidades estão dispensados de seguir disciplina. Eu discordo totalmente disso. Eu acredito mesmo que o sucesso depende de disciplina, dedicação e claro algum talento.

·         Contrate pessoas tão boas ou melhores que você e você terá uma empresa gigante. Tem muita gente bem melhor do que eu em várias coisas.

·         Ter foco, ser insistente, resiliente, perseverante. É difícil empreender, mas um bom empreendedor não pode desistir fácil. A cada duas histórias de sucesso que a gente ouvi pode ter certeza de que existem umas 1000 de insucesso, empresas que abrem e fecham todos os dias. E algumas sem dúvida fecham por uma falta de insistência.

·         Ser empresário é estar preparado pra ter uma vida instável. Ter medo de correr riscos, mas dosar um pouco este medo. Eu uma vez ouvi uma coisa interessante: quem tem medo, tem responsabilidade. E é verdade, o medo protege muito a gente em várias situações, mas o empreendedor tem que ter ao mesmo tempo um medo dosado, uma responsabilidade e um cálculo do risco, tudo ao mesmo tempo.

·         Pra finalizar, o mais importante: empreender na área que você gosta e não no que está na moda ou no que dizem que mais dá dinheiro. Se você empreende na área em que tem afinidades, a chance de dar certo aumenta. Eu nunca acreditei na equação “sou infeliz, mas ganho dinheiro”, eu quero é ser feliz! Até porque eu acho que só as pessoas felizes conseguem produzir bem, conseguem fazer grandes coisas. Tem gente que investe em empregos frustrados e sacrificam a coisa mais importante que elas tem que é a própria felicidade. Pra mim ser feliz no trabalho é tão importante quanto ser feliz em qualquer outra coisa na nossa vida.

 

Com 25 anos de idade eu ainda tenho mais a aprender do que a dizer, mas eu espero ter conseguido passar algo interessante e valioso.

 

Obrigada!

Graça Guedes ASAS Villa Elisa


A ACADEMIA SÉNIOR DE ARTES E SABERES NA ARGENTINA

Em Novembro de 2005, no Encontro em Bueno Aires organizado pela delegação local da Associação de Estudos, Cooperação e Solidariedade Mulher Migrante, intitulado A Igualdade entre Homens e Mulheres nas Comunidades Portuguesas da América do Sul, percebi a excelência deste grupo magnífico de mulheres que são um exemplo fantástico de dinamismo, competência e visão, que emprestam a tudo quanto se dedicam.

E assim continuam, honrando e servindo a causa da nossa Associação.

A Academia Sénior de Artes e Saberes em Vila Elisa é mais uma das suas atividades que tive a grata satisfação de vivenciar na Associação Sinceridad, o local que escolheram para implementar este projeto que lançamos e verificar como um sonho se pode tornar realidade.

Um sonho, traduzido num projeto que temos procurado lançar e destinado aos mais velhos, com atividades que possam combater a solidão e o isolamento, que normalmente originam situações traumáticas. Atividades diversificadas, que alterarem o ritmo de vida desta população, tornando-a ativa e participativa, com uma calendarização própria e uma frequência obrigatória. Consequentemente, melhoram significativamente a qualidade de vida, enriquecem-se sob o ponto de vista cultural, adquirem novos conhecimentos, fortalecem e alargam os seus relacionamentos.

E, tal como refere Manuela Aguiar, os projetos ganham vida, quando existe um compromisso, seguido de trabalho responsável de quem o realiza.

Maria Violante Martins Mendes, Maria Fernanda da Silva e Maria Josefina Mac Namara deram vida a este projeto, levando a cultura portuguesa a um grande grupo de senhoras portugueses e argentinas e que foi crescendo à medida que se espalhava a informação sobre o seu funcionamento, que teve início em Maio de 2013.

São hoje 37 alunas que todas as quartas-feiras vêm até ao clube para aprender as artes e técnicas tradicionais e inovadoras de crochet, de arraiolos, de ponto de cruz e de tecelagem, para durante 3 horas se empenharem nas suas tarefas e conviverem.

As obras realizadas e que estavam em exposição para deleito dos nossos olhos, testemunham o resultado das suas aprendizagens e a revelação dos seus talentos até então adormecidos, graças à competência das mestres que tão bem souberam transmitir os saberes do nosso património cultural, com aquele carinho e dedicação que tanto as carateriza.

Este é mais um dos programas anuais da Delegação argentina da Associação Mulher Migrante e que ao longo de quinze anos tem corporizado os nossos objetivos e, no caso específico do programa ASAS em Vila Elisa, tem já pedido de novas inscrições, garantindo assim a sua continuidade e, muito certamente, com mais atividades.

Parabéns.

Graça Guedes

 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A AEMM nasceu, bem vistas as coisas de uma fundada crença nas imensas virtualidades dos encontros entre gente que gosta de viver com os outros e para os outros. Os extrovertidos, como nós, os portugueses somos! Quando olho a nossa história dos últimos séculos, a das viagens marítimas, que começaram na vontade do Estado de "descobrir" ou achar terras novas, de estabelecer relacionamentos de toda a ordem com povos os mais diversos e, depois, se continuaram nas migrações individuais, gosto de falar de uma aventura de extroversão.´ Uma cultura de convivialidade!
Este encontro, como tantos outros na vida da AEMM, começou na ideia de uma simples visita de um grupo de estudantes da Califórnia à Bienal  "Mulheres d'Artes". Claro, é um grupo especial trazido a Portugal por alguém, que para além da sua excecional qualidade como Pedagoga, é a mais dinâmica e a mais comunicativa das Portuguesas da diáspora: a Professora Deolinda Adão!
Uma Bienal de Artes no feminino é, à partida, coisa atrativa,  pelo seu carater aparentemente inédito e, do ponto de vista de alguns,  controverso  também. A merecer uma visita de estudo. E, para a tornar mais interessante e profícua, porque não convidar as Artistas para falarem das suas obras e do da sua perspetiva sobre a Arte e o Género? Ou seja, converter a passagem pela Bienal num diálogo com as Artistas. E, sabendo que num dos átrios do Museu estão expostas quatro belíssimas Caravelas, construídas  por alunos da Escola Domingos Capela, porque não pedir, através da Drª Arcelina Santiago, a presença dos seus  obreiros, para que o diálogo se  alargue numa reunião de gerações?  Género e geração - uma simbiose que marcou o primeiro grande encontro realizado pela AEMM, há quase 20 anos. aqui em Espinho
 O Museu, a Câmara Municipal, como sempre, abriram-nos as portas,  entusiasticamente.
Esta evolução da ideia inicial só foi possível porque, de todas as partes, vieram respostas de imediata adesão: da Vereadora da Cultura Drª Leonor Fonseca, dos responsáveis do Forum de Arte e Cultura de Espinho, das pintoras, escultoras, professores, alunos, associadas da AEMM... Quase de um dia para o outro o acontecimento cresceu à dimensão daqueles que, normalmente exigem semanas e semanas de preparação.
Muito obrigada a todos por  esta inesquecível mostra de "extroversão" e "convivialidade".
E por, no final, nos terem dado a certeza de que o encontro se vai continuar em muitos outros,  com jovens de Espinho e da Califórnia.

Nelma Patela sobre o Encontro com Estudantes da Califórnia


Brilhantes Navegadores

 

Nelma Patela

No âmbito do Sarau cultural dedicado a Camões que teve lugar no dia três de maio deste ano, os alunos das turmas de 8º ano aderiram ao desafio de construir e decorar caravelas para expor nesse evento. Três das caravelas foram elaboradas numa estrutura de cartão prensado e outra, que viria a ser a vencedora, foi construída numa estrutura de arame semelhante ao que é geralmente usado nos galinheiros. Posteriormente, os alunos decoraram-nas com diferentes materiais reciclados e biodegradáveis e… muita imaginação! Os trabalhos foram realizados sob a orientação da Professora Filomena Bilber nas aulas de Educação Visual e nos tempos livres de alunos e professora, fruto de um grande empenho, dedicação e orgulho no desenvolvimento desta iniciativa.

A atividade permitiu que os alunos navegassem pelo infinito mar da imaginação, motivados na pesquisa e na execução, unidos num projeto, sendo o produto final quatro caravelas muito diferentes, mas igualmente belas, únicas, interessantes. Depois, surgiu o convite da Associação de Estudos Mulher Migrante através da Professora Arcelina Santiago, propondo-nos integrar as comemorações dos 20 anos desta Associação no “Encontro Mundial Mulheres d’Artes da diápora portuguesa – as migrações e as artes no feminino”

A integração de jovens em projetos onde se faz a defesa de causas, neste caso,  abraçadas pela Associação,  é uma das componentes importantes na educação  e, por isso, tanto eu como os professores Filomena Bilber e Paulo Cunha aderimos com  muito entusiasmo. Aconteceu esta experiência que proporcionou aos nossos jovens o contacto com a arte de mulheres da diápora, abrindo-lhes horizontes e permitindo-lhes intervir na sessão inaugural da Bienal d’Artes em Espinho.

 Assim, as caravelas navegaram até ao FACE, local onde a II Bienal “Mulheres d’Artes”, promovida pela Câmara Municipal de Espinho, estava a decorrer. Elas ficaram, então, no local certo, cheias de dignidade e beleza já que elas representam, de forma simbólica, a diáspora portuguesa, com a partida dos nossos primeiros navegadores tão bem representada no episódio da partida das naus, integrada na obra prima da nossa literatura da autoria de Camões. Foram selecionados poemas para serem declamados sobre o tema da partida e da chegada tão presentes no “Mar Português” de Fernando Pessoa, “Emigração Portuguesa” de Rogério Martins Simões, “Regresso” e “Ei-los que partem” de Manuel Alegre e Manuel Freire, respetivamente, e ainda “ A hora da partida” de Sophia de Mello Breyner. Para a sessão, os alunos prepararam com os seus professores perguntas que os despertavam para temáticas como a arte, as mulheres da diáspora, a participação cívica. Mais tarde, elaboraram um questionário, entrevista dirigida a algumas artistas.

  Para concluir, direi que os alunos gostaram muito de ter participado. Este tipo de atividades faz com que os nossos jovens despertem para estes temas,  passando a compreender melhor o papel dos portugueses no mundo da diáspora, particularmente no feminino, e, neste caso, em especial, na arte como forma de expressão para a cidadania. 

Agradecemos à Associação de Estudos Mulher Migrante ter-nos proporcionado estes momentos. Estamos prontos para novos desafios. Eles foram propostos pela Professora Deolinda Adão, aquando do segundo encontro no FACE, com alunos da Universidade de Berkeley que estudam a língua e cultura portuguesa e os nossos alunos.  Estaremos abertos a  projetos que visem estabelecer laços e proporcionem aos nossos jovens novas formas de aprender e exercer a cidadania ativa.

 Nelma Patela, Professora da EBS Domingos Capela ( AEMGA)

 

Filomena Bilber e o projeto "Caravelas"


Filomena Bilber,  a coordenadora do projeto “ Caravelas”

 Arcelina Santiago

Sobre a profissional, artista e coordenadora do projeto das caravelas que foram arte num local onde se respirava arte, gostaria de escrever um breve apontamento.

  Só graças a uma pessoa como a Filomena da Conceição Rodrigues Bilber, apaixonada pela arte e pela inovação, foi possível dar resposta a este desafio. Com muito entusiasmo prontificou-se a que, esta forma de arte, elaborada por jovens artistas,  pudesse navegar até ao FACE, onde estava a decorrer  a II Bienal “Mulheres d’Artes  e ainda  trabalhar  e sensibilizar  os alunos para as  temáticas,  tratadas no  “ Encontro Mundial Mulheres d’Artes  da diáspora portuguesa – as migrações e as artes no feminino”.  Claro que, também o professor Paulo Cunha e outros mais e, em especial, a Professora Nelma Patela, mentora e organizadora do serão cultural, constituíram a equipa especial que tornou possível o trabalho final. Gostaria de revelar um pouco mais desta mulher-artista, tão discreta e simples, mas tão grandiosa e sensível, recorrendo a esta citação de Marta Cabreza “Na arte o menos importante é quem realiza e onde se faz, a importância está na forma de a realizar e a mensagem que quer comunicar” . Ela identifica, de certo modo, esta profissional das Artes Visuais, dotada de uma incrível energia, criatividade e generosidade. Nasceu em S. Martinho de Angueira, Miranda do Douro, Bragança a 9 de março de 1966 e vive em Espinho. Licenciada e com estágio profissional, tem no seu extenso curriculum inúmeras formações no âmbito das Artes Plásticas. Leciona na Escola Básica e Secundária Domingos Capela e é aí que abraça causas e projetos, e os orienta com um brilhantismo fantástico!  A sua motivação, energia e dedicação mobiliza, de forma didática e pedagógica, jovens a envolverem-se em projetos artísticos e de cidadania.

  Obrigada à profissional da educação e à mulher das artes, por dar mais luz e encanto ao mundo que nos rodeia e mostrar-nos que a Arte tem um papel de afirmação cívica e humana!

                                                               

 

Sobre o Encontro com estudantes da Califórnia


Para  colocar no ENCONTRO COM BERKELEY

 

Ponto de encontro, desafio para um novo projeto  Berkeley/Espinho

Ou

  PROJETO Berkeley / ESpinho

Arcelina Santiago

 

 De Berkeley chegaram jovens americanos, estudantes da língua e cultura Portuguesa na famosa Universidade da cidade, de onde emergiram já tantos e tantos prémios Nobel.

 Vieram acompanhados pela professora, Deolinda Adão que todos os anos organiza uma viagem cultural, visitando pontos importantes de Norte a Sul de Portugal. Nada melhor e mais inspirador do que in loco conhecer o que estudam ao longo do ano. É a descoberta, o verdadeiro contacto com a realidade portuguesa, uma excelente forma de promover o nosso país e a sua cultura tão rica e diversificada.

 Marcaram presença este ano, pela primeira vez em Espinho, na Bienal d’Artes,  que foi palco para o encontro mundial Mulheres d’Artes da diáspora portuguesa – as migrações e as artes no feminino. Os alunos da Escola Básica e Secundária Domingos Capela, do Agrupamento Escolas Dr. Manuel Gomes de Almeida também eles autores das autenticas obras de arte, elaboradas na disciplina de Educação Visual - as belas  Caravelas presentes nesta exposição, estiveram neste encontro, proporcionando momentos de troca de experiências e um convívio salutar.

 No final, havia já um projeto que procurava mobilizar jovens de cá e de lá. Porque não partilhar a língua e autores da nossa literatura que fazem parte dos planos de estudo do ensino secundário e do primeiro ano da disciplina de Estudos portugueses na Universidade d Berkeley? O repto lançado pela Professora Doutora Deolinda Adão foi acolhido com entusiasmo pelos presentes.

 Esta é sem dúvida uma forma de divulgação da nossa cultura e, ao mesmo tempo, incentivo para que os nossos jovens estudantes valorizem cada vez mais o seu património cultural e sejam eles próprios protagonistas da sua divulgação no mundo.

O projeto e os seus contornos mais específicos foram ganhando forma nos meses seguintes. Senti-me honrada por ser a interlocutora deste projeto que pretende mobilizar as Escolas do concelho, dado que foi alargada a participação aos dois Agrupamentos de Escolas existentes em Espinho. Contactei as direções dos dois Agrupamentos e fui apresentar as linhas gerais do projeto aos professores coordenadores de Português. Os alunos aderiram e os professores da disciplina também. A confirmação foi-nos dada pelo  Professor João Paulo Reis,  da Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira, que irá coordenar o grupo de 15 alunos  de Humanidades e 9 alunos das Ciências,  do 11º ano do Ensino Secundário. A Drª Fernanda Alves do Agrupamento Dr. Manuel Gomes de Almeida irá também apresentar o grupo de alunos interessados.

 A Professora Deolinda Adão reunirá em janeiro com todos, aproveitando uma vinda de trabalho a Portugal. Nessa altura estabeleceremos um protocolo oficial.

  O que é certo é que, as sementes foram lançadas neste Encontro e já começaram a  germinar, graças ao entusiasmo dos jovens e dos seus professores. As equipas serão constituídas por alunos americanos e portugueses que irão escolher um conteúdo, autor, obra, que faça parte do programa de português e, depois, de forma autónoma, criativa irão proceder a uma planificação e apresentação dos trabalhos, que tomará a forma que considerem mais adequada, no próximo ano de 2014, aquando da vinda dos alunos a Portugal.

 O ponto de encontro será Espinho, local onde foi lançado o desafio deste projeto, precisamente no ano da celebração dos 20 anos da Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade Mulher Migrante. Ele é um sinal da sua vitalidade e no acreditar que há futuro e que ele passa pela mobilização dos jovens para este tipo de atividades.

  Arcelina Santiago
A Associação vai buscar as suas origens ao primeiro grande congresso de mulheres portuguesas da emigração (Viana do Castelo - 1985) e a uma proposta aí avançada de institucionalizar o diálogo e a cooperação entre Portuguesas do mundo inteiro. Esta ligação a um passado anterior ao próprio ato de constituição, assim como o reconhecimento de que, em termos globais, a luta pelos direitos da Mulher, entre nós, desde o movimento feminista de início de novecentos, se fez, fundamentalmente. através do que chamamos "congressismo", levou-nos a utilizar , em primeira linha, este instrumento, como forma de mobilização das mulheres migrantes para a vivência da cidadania.
Numa publicação comemorativa do 20º ano, queremos, naturalmente, destacar, ainda que em referências breves, ás  principais iniciativas que se realizaram neste domínio

 1985 
 
 O 1º Encontro Mundial de Mulheres Migrantes

A convocatória desse primeiro Encontro foi proposta por duas portuguesas, que, em Outubro de 1984, estavam presentes da Reunião Regional do CCP, em Danbury, Connecticut :  a dirigente associativa e mulher de um dos Conselheiros, Natália Dutra, e a Conselheira da CCP Maria Alice Ribeiro, que formulou a recomendação, logo ali aprovada.
A Secretária de Estado da Emigração  Maria Manuela Aguiar  deu imediata sequência à recomendação e o Encontro Mundial teve lugar em Junho do ano seguinte.
Uma das conclusões desse Encontro histórico apontava para a criação de uma Associação , formada pelas participantes e aberta a outras mulheres que, no país e no estrangeiro, quisessem aderir, irmanadas pelo objectivo de mobilizar a metade feminina das comunidades para a igualdade de direitos e oportunidades.
E outra reclamava a organização de um novo Congresso  para tratar de questões actuais, então e ainda hoje, como as do papel da mulheres emigrantes no associativismo, no voluntariado, na defesa da língua, no incentivo à maior intervenção dos jovens, no regresso ao País...
Porém, nos anos seguintes, apenas se regista uma grande reunião em Toronto (1986), não tendo, após a queda do Governo minoritário, sido implementado o projecto de convocar uma Conferência para a participação da mulher, na órbita do CCP (que estava prevista para 1987/ 88)

1993
 A "Mulher Migrante  Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade" nasceu em 1993, para corporizar as referidas propostas do " Encontro de Viana". As suas fundadoras, com excepção da luso-brasileira Fernanda Ramos, que deu um decisivo impulso ao avanço do projecto, tinham sido parte do memorável "Encontro" , como organizadores, como oradoras, como convidadas e queriam dar-lhe uma segunda vida às esperanças que o animaram. Viam-se como suas continuadoras e herdeiras dos seus ideais.
Antes de mais,  esse pequeno núcleo fundador teve de preparar os Estatutos,  tarefa de que se encarregou a jurista Maria do Céu Cunha Rego, que, como técnica do IAECP, já havia  sido preponderante na preparação do congresso de Viana.
A formalização legal aconteceu em 8 de outubro desse ano, no 16º Cartório Notarial de Lisboa..
Assinaram a escritura notarial 22 associadas/os. São consideradas fundadoras/ fundadores 82. (a MM conta com mulheres e homens que se batem pelas mesmas causas)
Os Estatutos foram publicados no Diário da República, III Série nº 255 de 30 de Outubro
A sua 1º sede, foi no nº 77/79 da Rua de São Marçal, por hospitalidade da Associada Teresa Costa Macedo.  A partir de 1994, por iniciativa da Associada Teresa Àlvares de Carvalho, a MM celebrou um protocolo com a CAGIL e passou a partilhar as instalações da Rua do Lumiar, 57.
A 1ª sede própria é na Rua Maria Pia, Lote 4, Loja 1. (arrendada à Câmara de Lisboa).
A associação foi admitida no "Conselho Consultivo da Comissão para a Igualdade e os Direitos das Mulheres" em Novembro de 1993.

1994
Barcelos
A primeira iniciativa pública foi uma colaboração com a Associação Comercial e Industrial de Barcelos - uma parceria mediada pelo Dr Eugénio Portugal -  e contou com a presença do SECP Dr Sousa de Macedo.
Tema: "Regresso e Reinserção - a intervenção e a participação  da Mulher nesta fase do ciclo migratório"
Era ainda um tempo de regressos significativos ao país, embora já em fase de declínio, e o objectivo principal consistia em avaliar esse movimento, ao longo de mais de uma década, em particular no que respeita à metade feminina. Assistimos a excelentes intervenções num auditório cheio. O primeiro passo fora promissor.

1995
Espinho
"Encontro Mundial De Mulheres Migrantes - Gerações em diálogo"
 (18/21 de Março)

10 anos depois da proposta do Encontro de Viana do Castelo para a efectivação de um grande congresso de mulheres da diáspora, finalmente, ele aconteceu. Vieram a Espinho cerca de 400 pessoas, de todos os continentes, de muitos países, e, entre elas, algumas das "pioneiras" de Viana.
Era o caso de Graça Guedes, então Vice-Presidente da  "Mulher Migrante", a quem a Direcção incumbiu da preparação desse evento maior - até hoje, o maior em que a Associação se envolveu e a que mais jovens trouxe a Portugal. Na abertura, o Governo esteve representado pela Secretária de Estado da Juventude, Maria do céu Ramos. Encerrou os trabalhos a Primeira -Dama Maria de Jesus Barroso. Foi enorme a cobertura mediática
. Entre múltiplas colaborações, salientam-se as do Governo da República, das Regiões Autónomas dos Açores e Madeira, da Fundação Gulbenkian, da FLAD, da Câmara Municipal de Espinho.
A MM estabeleceu, a partir daqui, a sua rede de parcerias, firmou-se como interlocutora de muitas organizações da sociedade civil, da administração pública, de sucessivos governos, 
Publicações: as actas do Encontro e uma revista 

1996
Lisboa
Colóquio "A Mulher Migrante - Igualdade e Solidariedade. Que Direitos? Que Estratégias"
O principal apoio veio da Comissão para a Igualdade. Foram
publicadas as actas do colóquio

1998
Lisboa
Conferência, seguida de mesa redonda sobre "A Mulher Imigrante e sua família. O caso Português" .
Parceria com a Comissão da Igualdade.

Lisboa
Conferência sobre "As Mulheres Portuguesas perante os projectos de Emigração e de (Re)inserção  Social".
Conferencista a Profª Doutora Engrácia Leandro (Universidade do Minho) que foi pioneira nos estudos sobre emigrantes portuguesas na região de Paris.

Buenos Aires
Encontro da Drª Maria Manuela Aguiar e do Conselheiro do CCP Luís Panasco Caetano com um grupo de mulheres portuguesas em Villa Elisa, Argentina, do qual resultou, a rápida constituição da Associação Mulher Migrante neste país.

2000
Lisboa
Mesa Redonda sobre "Políticas de Emigração e Comunidades Portuguesas nos últimos 25 anos:1974/1999"
Uma reunião inédita de antigos Secretários de Estado da Emigração e das Comunidades Portuguesas, Rui Machete, Manuela Aguiar, José Vitorino, Correia de Jesus. Moderador Pedro Cid.

2001
Ao longo do ano, o enfoque foi dado aos problemas da nova imigração,
 A "MM" foi das primeiras associações a chamar a atenção para a  situação dos trabalhadores estrangeiros no país e procurou fazê-lo em conjunto com as autoridades capazes de maior proximidade com as pessoas - os executivos das Câmaras Municipais, e das regiões Autónomas.

 Oeiras 
 Seminário sobre "Mulheres Migrantes em Portugal - Expectativas e Experiências de vida. A perspetiva das Entidades Locais".
Intervenção de dirigentes da "MM". Testemunhos de jovens imigrantes africanos e europeus

Pombal
Encontro de Mulheres Migrantes, para comemoração do "Dia Internacional da Mulher". Intervenções do Presidente da Câmara, da Drª Maria de Belém, das dirigentes da "MM" Maria Manuela Aguiar e Rita Gomes, e de imigrantes da Europa de Leste. Um auditório repleto, com centenas de participantes.

Porto de Mós
Encontro com Imigrantes, organizado pela Deputada Ana Narciso, com a presença do Presidente da Câmara e da Drª Manuela Aguiar. Testemunhos de muitos imigrantes europeus de Leste e de empresários, que realçaram a mais valia que para eles representava a nova grande vaga de imigração e denunciaram os obstáculos burocráticos que dificultavam a sua legalização.

Funchal
Seminário organizado pelo Diretor das Comunidades Madeirenses Gonçalo Nuno Perestrelo Santos. Intervenção da Drª Manuela Aguiar e de numerosos imigrantes da Europa de Leste - exclusivamente homens, que levantavam, nomeadamente, o problema da reunificação familiar

2002
Lisboa
Colóquio sobre "Problemas Sociais da Nova Imigração". com duas mesas redondas
1- O direito à reunificação Familiar e à Livre Circulação
2 - Igualdade na Sociedade Portuguesa para a Mulher Imigrante
Na sessão de abertura, discurso do Embaixador de Cabo Verde, na de encerramento intervenção da Secretária de Estado para a Igualdade Maria do Céu Cunha Rego.
Publicação com o mesmo título do colóquio, coordenada por Maria Manuela Aguiar 

2003
Lisboa
Seminário "Mulheres Migrantes - Duas Faces de uma realidade"
Uma iniciativa da CIDM, presidida pela Drª Maria Amélia Paiva. A "MM" foi convidada a integrar o grupo de trabalho encarregado da organização, indicando a Drª Rita Gomes.
Intervenções de Maria Manuela Aguiar, Rita Gomes e da Presidente da Associação Mulher Migrante Argentina, Maria Violante Martins. 

2004
Comemorações do 10º aniversário do início da atividades da "MM"

Oliveira de Azeméis,
Colóquio "Mulheres Migrantes das Diversas Gerações -Questões de Hoje/Que perspetivas? 
Realizado em Oliveira de Azeméis. em parceria  com o Diretor da Revista Portugal e  do jornal "A voz de Azeméis" Comendador Aníbal de Araújo. Intervenções  do SECP Dr José Cesário, de investigadores, professores universitários, dirigentes da Administração pública e de associações de Imigrantes

Canadá/ EUA
Encontros com Mulheres Portuguesas em Toronto, London, Ontário, Montreal e (Newark), com a participação da Drª Maria Manuela Aguiar, então Deputada pelo círculo da emigração Fora da Europa.
No Ontário, organização coube ao Conselheiro do CCP Manuel Leal, nos EUA à Presidente da Delegação da "MM". Drª Manuela Chaplin.

Buenos Aires
Homenagem da "MM" da Argentina à "MM" de Portugal, por ocasião do 10º aniversário, com a presença de cerca de 100 pessoas, muitos dirigentes associativos, individualidades argentinas e portuguesas.

Lisboa
Colóquio "Mulheres Migrantes das diversas Gerações - Conhecer/Participar  -  nas Sociedades de Origem e de Acolhimento
Um colóquio que se estendeu por dois dias (26 e 27 de Novembro) e reuniu dezenas de participantes de Portugal e do estrangeiro (EUA, Canadá, Argentina e França), dirigentes de associações de imigrantes, Altos funcionários. Intervenções do SECP Dr. Carlos Gonçalves e da Dr.ª Maria Barroso.
Patrocínios da SECP e da FLAD.

2005
Este foi o ano em que se iniciou uma nova fase na vida da "MM", através de uma parceria com a SECP, para o desenvolvimento das políticas de género na emigração.
Foi de uma reunião entre o SECP Dr. António Braga e a Dr.ª Manuela Aguiar que surgiu a ideia de dar um carater sistemático a uma colaboração para permitir a avaliação de situações muito diversas nas múltiplas comunidades portuguesas do mundo. com o objetivo de  promover a igualdade de participação das suas  metades feminina e  masculina .
Os "Encontros para a Cidadania - a igualdade entre mulheres e homens" realizaram-se, com o patrocínio do SECP, ao longo da legislatura de 4 anos, levando à América do Sul, Europa, América do Norte e África do Sul, a Presidente de Honra Dr.ª Maria Barroso, membros do Governo e dirigentes da "MM" e de outras ONG's. Colaboraram sempre as Embaixadas e consulados de Portugal, as maiores instituições das comunidades, e, quase sempre, também individualidades do país que recebia o Encontro.

 Buenos Aires*
O 1º Encontro para a Cidadania foi organizado pela Associação Mulher Migrante Portuguesa da Argentina, na Biblioteca Nacional,  anfiteatro Jorge Luis Borges -  sempre repleto de público, ao longo dos dois dias de sessões (11 e 12 de novembro).
 O SECP Dr. António Braga abriu e encerrou os trabalhos. Com eles se começava uma longa caminhada

2006
 Rio de Janeiro 
Dinamização da Delegação da "MM" no Brasil, presidida pela jornalista Claudia  Cavaco, com a participação de Manuela Aguiar e Rita Gomes. A reunião com novas associadas teve lugar no Liceu Literário Português, 
Dona Benvinda Maria, Diretora do jornal "Portugal em Foco" organizou convívios com  Senhoras no "Arouca Barra Clube", a fim de divulgar os objetivos da "MM", e ainda o lançamento de uma coletânea de histórias de vida "Mulheres Emigrantes Portuguesas", recolhidas pelo Comendador Carlos Anastácio.

 Paris
No dia Internacional da Mulher, a Federação das Associações Portuguesas de França, dirigida por José Machado, promoveu um primeiro colóquio com mulheres presidentes de Associações e homenageou-as num jantar -debate sobre a temática da intervenção feminina. Pela "MM"  participou no colóquio e no debate a Dr.ª Manuela Aguiar. Pela Federação coordenou a iniciativa o Secretário-Geral Dr Adé Caldeira.

Estocolmo*
Encontro para a Cidadania Europa
Na Suécia, que oferece um dos melhores paradigmas de luta pela igualdade de sexos, o Encontro, organizado pela PIKO (Federação de Mulheres Lusófonas) reuniu não só portugueses de diversos países do nosso continente, mas também muitas individualidades suecas. A ex Ministra e Embaixadora Anita Gradin, co-presidiu ao memorável Encontro com o Secretário de Estado Dr. Jorge Lacão

Junho - Dia de Portugal
Nesta data em que se festeja o dia nacional, associando-lhe as comunidades da emigração, a "MM" propôs às comissões organizadoras das comemorações em Newark e Montreal a inclusão do tema da Mulher, sua presença e seu papel nessas comunidades, em que tanto faz, com pouco reconhecimento. E, tendo a proposta sido aceite, pudemos contribuir para uma iniciativa sem precedentes.

Montreal
Foram interlocutores  e excelentes aliados deste projeto da MM o Conselheiro do CCP Francisco  Salvador e o Cônsul.- Geral Dr. Carlos Oliveira. O Colóquio foi integrada na Semana Cultural e a sua preparação entregue aos jovens do " Carrefour Lusophone" e  da Associação de Estudantes Lusófonos da UCAM ("Université du Québec à Montreal"), onde decorreu a sessão, num caloroso ambiente de convívio e debate intergeracional.
Pela MM  intervieram A Drª Manuela Aguiar, a Drª Rita Gomes, a Prof Doutora Graça Guedes e a Profª Doutora Maria Beatriz Rocha Trindade

Newark
A Fundação Bernardino Coutinho organizou durante 30 anos as que foram as maiores festividades da Dia Nacional em todo o mundo.
2006 não foi exceção e integrou, com ativa participação da Senhora Dona Maria Coutinho e organização da Dr.ª Manuela Chaplin, Presidente da Delegação da MM nos EUA.
Decorreu a 9 e 10 de Junho o seminário "Presença das Mulheres nas Comunidades Portuguesas da América do Norte", juntando participantes dos EUA e do Canadá . - caso do Representante da MM em Toronto, Virgílio Pires. De Washington veio o Conselheiro do CCP João Morais.
O Seminário foi subsidiado pela FLAD e contou com o apoio da DGACCP.
A MM integrou ,com um carro alegórico, a grande parada do Dia de Portugal.

2007
Paris
Segunda participação da "MM" nas comemorações do Dia Internacional da Mulher, levadas a efeito pela APAF. A efeméride não só conquistara o seu lugar no calendário da Federação, como ganhara uma maior dimensão. Iniciou-se no dia 3 de março com um jantar - debate na Associação Cultural Franco- Portuguesa de Alfortville, seguido, a 4 de março, por uma Conferência - debate na Casa do Brasil  (Cidade Universitária) sobre:
A Mulher no Movimento Associativo; A "Mulher Migrante -  Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade; A nova Lei da Paridade em Portugal.
A "MM" interveio nos debates através das Dirigentes Manuela Aguiar e Rita Gomes. Presente o Deputado Carlos Gonçalves e muitos dirigentes associativos.

Toronto*
Conferência sobre a participação Cívica e Política. Igualdade de oportunidades entre Homens e Mulheres nas Comunidades Portuguesas"
(3º Encontro para a Cidadania)
Organização da Cônsul-Geral de Portugal, Dr.ª Maria Amélia Paiva, coadjuvada por uma comissão formada por representantes associativas ("Working Women Community Center", Abrigo, ACT/Viver, Women+¨55, St Stefen's House, PIN, Immigration Women Health Center).
 A Drª Maria Barroso, as dirigentes da "MM" Manuela Aguiar, Rita Gomes e Maria Beatriz Rocha Trindade foram ativas participantes. Presidiu ao Encontro o Secretário de Estado Jorge Lacão.  Intervieram  o Embaixador Dr João Pedro da Silveira, o Dr Álamo de Oliveira, da Região Autónoma dos Açores, mulheres políticas canadianas e luso-canadianas, jornalistas, técnicos e trabalhadores sociais, investigadores, ativistas dos direitos humanos, dirigentes associativos.
Numa cidade onde são muitos e de qualidade os órgãos de comunicação social em língua portuguesa, foi excelente a cobertura mediática, que levou à comunidade inteira as mensagens do Encontro.

Almancil
Vª Convenção Cívica das comunidades Portuguesas, FAPF
Uma continuação da colaboração entre a Federação e a MM, pondo as questões de género no centro do debate.
Os trabalhos foram abertos pelo SECP Dr. António Braga.
pela "MM" intervieram as suas dirigentes Manuela Aguiar, Rita Gomes e maria beatriz Rocha Trindade.

Lisboa
Seminário sobre "Discriminações...ainda por ser Mulher?"
Iniciativa integrada no ano Europeu para a "Igualdade de oportunidades para todos", organizada em parceria por seis ONG's de mulheres, uma delas a "MM", representada pela Dr.ª Rita Gomes e pela Doutora Isabelle Oliveira, professora na Universidade da Sorbonne 3 .
Presentes o Secretário de Estado Jorge Lacão e a Deputada Maria de Belém.

2008
Joanesburgo*
4º Encontro para a Cidadania  "Vertentes de mobilidade, numa perspetiva de diálogo intercultural"
A organização local foi encabeçada pela "Liga da Mulher Portuguesa", com apoio da Embaixada de Portugal, do Consulado-Geral de Joanesburgo, do Governo Regional da Madeira, da coordenadora de Ensino e do Conselheiro do CCP Silvério Silva.
Iniciaram os trabalhos, a Dr.ª Maria Barroso, falando sobre "Diacronia do pensamento sobre a Mulher" e o Embaixador Paulo Barbosa, apelando à maior abertura das associações ao dirigismo feminino.
Em diversos painéis, intervieram muitos dirigentes associativas, maioritariamente mulheres, políticos luso-sul africanos, jornalistas,  professores de Português, jovens.  
Da "MM" estiveram presentes as dirigentes Maria Manuela Aguiar, Rita Gomes, Graça Guedes e Maria Beatriz Rocha Trindade, a presidente da Rede Jovem. Entre as propostas avançadas, é de referir a criação de Universidades Séniores na diáspora, pela sequência que teria em futuros programas da "MM" e no do associativismo em várias comunidades,  para além das da RAS 
 Encerrou o Encontro o SECP Dr. António Braga, que aí anunciou a próxima realização de um Encontro mundial  de Mulheres Migrantes.

Santa Maria da Feira
Convenção Mundial das Comunidades Portuguesas
Na iniciativa da Associação dos Portugueses do Estrangeiro (APE), presidida pelo Conselheiro do CCP João Morais,  co-participaram as dirigentes da "MM" Manuela Aguiar, Rita Gomes e Beatriz Rocha trindade.
O SECP Dr. António Braga encerrou os trabalhos.

Elizabeth - New Jersey*
Seminário de Formação para Jornalistas Lusófonos
Uma iniciativa do Dr António Pacheco (jornalista das Nações Unidas e membro da Fundação Pro Dignitate), apoiada por Monsenhor João Antão na Igreja de Nossa Senhora de Fátima de Elizabeth.
 A Dr.ª Maria Barroso e a Dr.ª Manuela Aguiar  introduzira no seminário a vertente da igualdade de género

Berkeley, Califórnia*
5º Encontro para a Cidadania
"O papel da Mulher no futuro do associativismo feminino na Califórnia"
Organização da Profª Deolinda Adão (Universidade de Berkeley) e do Consulado- Geral de São Francisco, em parceria com a Fundação Pro dignitate e com a "MM"
Temas: o exemplo do associativismo feminino da Califórnia; dinâmicas intergeracionais e de género; a  imagem da mulher imigrante nos media e a formação para a igualdade. (temática que seria retomada em vários seminários no ano seguinte).
Intervenções da Drª Maria Barroso, da Profª Deolinda Adão, do Dr. António Pacheco, do Embaixador Costa Arsénio e do Secretário de Estado António Braga. O Encontro foi seguido de um convívio com estudantes e investigadores portugueses em Berkeley.

2009
Os Seminários sobre  "Mulheres Migrantes -  os multimédia, enquanto espaços de ação e representação"

New Bedford/Dartmouth*
(Universidade de Dartmouth - Massachussets)
Organização local da Cônsul-Geral Dr.ª Fernanda Coelho e do Centro de Estudos Portugueses. Parceria com a "MM" e a Fundação Pro Dignitate.
Introdução ao debate pela Dr.ª Manuela Aguiar e Dr António Pacheco. Intervenções dos Professores Glória de Sá, Franck Sousa e Gina Reis, de líderes associativos, conselheiros do CCP, jornalistas, estudantes. Encerramento pela Cônsul -Geral, a quem se fica a dever, em grande parte, o reconhecido êxito desta ação.
Presentes a reitora da Universidade e professores do departamento de Estudos sobre a Mulher (terá sido a primeira vez que as questões de género foram suscitadas a nível da comunidade portuguesa - iniciativa que naturalmente saudaram)

Espinho*
Encontro "Cidadãs da Diáspora"
O principal objetivo era fazer o balanço dos Encontros para a Cidadania. Foi, assim, o "Encontro dos Encontros". Foi um retorno a Espinho, 14 anos depois, de novo com o apoio do Presidente da Câmara José Mota.
Abriu os trabalhos a Presidente de Honra, Dr.ª Maria Barroso, fez a Introdução ao tema do Encontro a Dr.ª Maria do Céu Cunha Rego e encerrou o Encontro o sociólogo, Doutor Eduardo Victor Rodrigues, com uma palestra sobre a nova emigração feminina,
Se vieram em pequeno número  participantes do estrangeiro (lapenas alguns representantes de cada um dos referidos "Encontros" realizados entre 2005/2009) foram, em compensação, muitas as personalidades ligadas à investigação das migrações, aos serviços responsáveis pelas políticas de emigração das regiões autónomas e de Lisboa, ex-emigrantes, professores, estudantes, membros de Ong's. No total duas centenas de participantes, com notáveis intervenções, que foram recolhidas numa publicação, com o mesmo título do Encontro, ainda em 2009.
Igualmente publicadas foram as mensagens inseridas no blogue "Mulher Migrante em Congresso".  

Montreal*
Sessão Comemorativa do Dia Internacional da Mulher
Organização do Jornal Luso Presse, com o apoio do Cônsul-Geral Dr.Carlos Oliveira,
Participação da "MM" através da Drª Manuela Aguiar,
Intervenção de representantes de ONG's, do CCP, jornalistas, autarcas, estudantes e professores das universidades - uma enorme audiência muito interventiva, com muitas mulheres a fazerem, do meio da sala, a história esquecida das mulheres portuguesas no Québec.

Toronto
A Drª Manuela Aguiar esteve presente no encerramento das comemorações do Dia Internacional da Mulher, promovido pela Dr.ª Maria Amélia Paiva no consulado Geral de Portugal  - uma representação teatral pelo Grupo "Mulheres 55 mais", seguida de debate sobre a conflitualidade geracional - uma das temáticas desde sempre privilegiadas pela "MM" 

Lisboa
Encontro de Enceramento das Comemorações dos 15 anos da "MM"
  • "Mulher Migrante - Perspetivas Sociais e Culturais
  • Conferência "Nós e os outros, em terreno das Migrações" pela Profª Maria Beatriz Rocha Trindade
  • Mesas redondas sobre a temática das mais recentes publicações da "MM: "Problemas Sociais da Nova Imigração" e "Cidadãs da Diáspora", (publicações organizadas por Manuela Aguiar)
Marcaram presença muitas das personalidades e Entidades, com as quais a MM sempre tem podido contar. entre as quais a Drª Maria Barroso, a Presidente da CITE, o Diretor da OCPM Frei Salles Diniz, o Governador Civil de Aveiro José Mota, o Dr Carlos Luíz, o Conselheiro do CCP João Morais, o Comendador Aníbal de Almeida e o SECP Dr António Braga, que encerrou a sessão.

2010
Newark*
2º Seminário sobre "Mulheres Migrantes - Multimédia, enquanto Espaços de Ação e de Representação
Organizado pela Cônsul-Geral Dr.ª Maria Amélia Paiva na Rutgers University, com professores e alunos de Português da Universidade e membros das comunidades de Newark e Elizabeth, nomeadamente associadas do núcleo da MM nos EUA, jornalistas, entre eles Humberta Araújo de Toronto.
Pela "MM" estiveram presentes a Dr.ª Manuela Aguiar e a Profª Doutora Maria Beatriz Rocha Trindade.

Toronto*
3º Seminário sobre o mesmo tema.
Integrado na semana cultural da "Casa do Alentejo", a sua preparação foi entregue à jornalista Humberta Araújo.
Pela "MM" foram palestrantes a Dr.ª Manuela Aguiar e a ProFª Doutora Deolinda Adão (Universidade de Berkeley. No encerramento, realizou-se uma homenagem à jornalista  Maria Alice Ribeiro, com a presença de Cônsul-Geral de Portugal.

Espinho
Lançamento da publicação "Cidadãs da Diáspora", com intervenções da Dr.ª Rita Gomes e dos Autores das comunicações aí coligidas.
Conferência do Dr. Carlos Luíz sobre  "Emigração e Exílio nas vésperas da Revolução de 1910",  a convite da Dr.ª Manuela Aguiar, então vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Espinho.
A jornada, dedicada a questões históricas e atuais da emigração, terminou com uma homenagem póstuma a um jornalista, que dedicou a sua vida à Diáspora, o Comendador Aníbal Araújo, na qual estiveram presentes o Governador Civil de Aveiro José Mota e a Presidente da Assembleia Geral Graça Guedes

2011
Amesterdão*
Seminário sobre "Mulheres Migrantes - Vertentes  de Voluntariado"
A organização ficou a dever-se à Conselheira do CCP Dr.ª Teresa Heimans e envolveu a Missão Católica Portuguesa, em cujas instalações decorreu. Foram oradoras a Profª Doutora Maria Beatriz Rocha Trindade, as Dr.as Teresa Heimans,  Manuela Aguiar, Rita Gomes, Maria Celeste Augusto(Universidade de Utrecht) e Olga Bataglia (ex- membro do Conselho da Câmara). 
Muitos dos portugueses que ali compareceram queixaram-se de serem descurados pelas autoridades portuguesas e viram aquele convívio como uma oportunidade de se fazerem ouvir por quem vinha do seu país - homens e mulheres por igual.

Genebra*
2ª Seminário sobre "Mulheres Migrantes - Vertentes de Voluntariado"
No Museu Voltaire juntaram-se muitos portugueses de Genebra, na sua maioria ligados à vida das ONG's e ao jornalismo, sendo de destacar a proporção de gente jovem..
Abriram a sessão o Cônsul-Geral Dr. Carlos Oliveira e a Presidente da Associação "Àgora Portugal", Dr.ªVera Santos, que foram os organizadores e apresentaram comunicações  as Dr.as  Manuela Aguiar e Rita Gomes, e as Professoras Maria Beatriz Rocha Trindade (CEMRI -Universidade Aberta) e Isabelle Oliveira (CNRS e Sorbonne 3) 

Oliveira de Azeméis
Encontro sobre "Comunidades Portuguesas. Comunicar e Interagir".
Foi um regresso a uma cidade, onde, por várias  vezes, a "MM" estivera a convite do Comendador Aníbal  Araújo, mas, desta vez, para o homenagear postumamente, numa parceria com a Câmara Municipal .
Foram oradores Frei Salles Diniz (OCPM), Jorge Oliveira e Silva (Presidente da Assembleia Municipal), o Presidente da Câmara, Hermínio Loureiro, o Deputado Carlos Páscoa, o Secretário de Estado Feliciano Barreiras Duarte 

Maia*
Encontro Mundial de Mulheres Portuguesas da Diáspora
Com este Encontro se retomou, com o novo governo do PSD/CDS, com o novo SECP Dr. José Cesário, a estratégia  de mobilização das mulheres para a intervenção comunitária, que fora prosseguido com o anterior governo socialista, através dos "Encontros para a Cidadania". 
O Dr. José Cesário abriu e encerrou os trabalhos, que reuniram mais de 200 participantes, no "Forum da Maia".
 Foi convidada de honra a tricampeã do mundo de atletismo Aurora Cunha, símbolo do desporto nacional e exemplo de voluntariado,  " Mulher de  grandes causas".
Vieram participantes de muitas comunidades do estrangeiro, todos os deputados pela Emigração, Carlos Gonçalves, Paulo Pisco, Carlos Páscoa e Maria João Ávila, a Diretora das Comunidades Açorianas, Profª Doutora Graça , Castanho, Conselheiros do CCP,  muitos investigadores e professoras universitários. De novo, um "encontro de mundos", o da vivência da  realidade da emigração e o do estudo cientifico dessa realidade, o da "sociedade civil" e o do "Estado. De novo, uma bem sucedida parceria com o "poder local" - com o apoio do presidente Engª António Bragança.
De realçar o enfoque na área da Cultura, onde as Mulheres já alcançaram um estatuto de (quase) igualdade, que é ainda a utopia em outros domínios, e a lembrança de grandes mulheres da cultura, que viveram o exílio: Maria Lamas e Maria Archer.

2012
Um ano em que se prossegue esta linha de olhar o futuro, sem esquecer o passado, com vários seminários dedicados ao movimento feminista de novecentos, procurando levar às Escolas o debate sobre as temáticas das migrações, da cidadania, da aceitação da alteridade.

Espinho
Celebração do Dia Internacional da Mulher
Iniciativa conjunta da "MM", Câmara Municipal de Espinho e Escola Domingues Capela
Colóquio "Ao encontro de Maria Archer. Portuguesa, Cidadã do Mundo!
Exposição "Rostos Femininos da República"  (a parte feminina de uma exposição "Os rostos da República", que a Câmara Municipal  de Espinho inaugurou a 5 de outubro de 2010)
Maria Archer é um dos rostos dessa exposição - uma das feministas que, tal como Maria Lamas, foi uma corajosa continuadora da luta pela afirmação da mulher, através da sua obra de jornalista e escritora
Oradoras: Mestre Olga Archer Moreira e Mestre Dina Botelho.
No final, alunas da Escola representaram uma "Entrevista Imaginária com Maria Archer", que se revelou um meio tão eficaz de dar a conhecer a personalidade da Escritora, que seria repetida em diversas sessões posteriormente realizadas nas escolas da cidade.

Lisboa
Conferência sobre "Vida e obra de Maria Archer - uma Portuguesa da Diáspora" e Exposição "Rostos Femininos da República".
No salão Nobre do Teatro da Trindade mais de 120 pessoas, muitas das quais de várias gerações da família Archer,  e muitas das dirigentes da "MM" participaram numa jornada memorável, pela qualidade das palavras ditas e pela emotividade que as envolveu..
Encerraram a sessão o Prof Fernando de Pádua (sobrinho de Maria Archer) e o Doutor Mário Soares (que lhe prestou um homenagem pública que tardava).
As intervenções e as imagens estão dadas à estampa numa publicação com o mesmo título da Conferência, organizada por Olga  Archer Moreira e  Rita Gomes (ambas familiares de Maria Archer).

Espinho
Colóquio "Vida e Obra de Maria Lamas - uma Portuguesa da Diáspora em luta pelas Mulheres do seu País
No Auditório da Escola Dr Manuel Laranjeira, com uma assistência numerosa de estudantes,  uma parceria entre a Escola e a "MM", que esteve representada pela Drª Manuela Aguiar
Oradoras a Profª Doutora Maria Benedicta Monteiro (neta da Escritora)  e a Profª Maria Manuela Antunes da Silva (dirigente do MDM)-
Presente a dirigente do National Council of Women de Inglaterra, a recordar  Maia Lamas como última Presidente do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas,.

São José, Califórnia*
Colóquio "As Mulheres como transmissoras de cultura"
Parceria da  "Luso-American Educational Foundation" e da "MM", com o apoio da SECP. Organização da ProFª Doutora Deolinda Adâo. Presença do SECP Dr. José Cesário, da Deputada Maria João Ávila e da Secretária Regional da Educação dos Açores
Pela "MM" intervieram a Drª Manuela Aguiar e a Drª Nassalete Miranda.
Os trabalhos contaram com muitos dirigentes da "Fundação", escritoras, artistas plásticas, professores de português do Estado da Califórnia, estudantes de S José e de Berkeley, dirigentes de instituições da Comunidade,

Elizabeth, New Jersey*
Encontro sobe o projeto "Universidades Séniores"
Organização apoiada pela Cônsul- Geral Drª Maria Amélia Paiva e realizada no salão da Paróquia Portuguesa
Oradora Profª Doutora Graça Guedes, introduzindo o tema com o exemplo da Universidade Sénior de Espinho. Seguiu-se um debate em que se fizeram ouvir várias dirigentes do Núcleo local da "MM". e a Drª Manuela Aguiar. 

Londres
Encontro de Mulheres Lusófonas
O encontro efetuou-se na Embaixada de Londres, com um núcleo de mulheres portuguesas e angolanas, com o objetivo de constituir um movimento de mulheres. e foi dinamizado pela Drª Luísa Ribeiro
Participaram pela "MM" a Drª Manuela Aguiar e a Profª Doutora Graça Guedes.

Espinho
Maria Archer, Jornalista, Escritora. Entrevista Imaginária
A Feira do Livro de Espinho foi o espaço escolhido para refletir sobre evolução da situação das mulheres em Portugal nos últimos 50 anos, a partir da escrita da mais feminista das romancistas do século passado . Os jovens estudantes ocuparam a mesa de honra, voltaram a representar a "Entrevista imaginária com Maria Archer" (um guião de Mestre Arcelina Santiago) e a ler textos da Escritora, como introdução ao debate, que contou com intervenções das dr.as Arcelina Santiago, Manuela Aguiar e Rita Gomes

Luxemburgo*
  Encontro no Instituto Camões
 Encontro com portugueses do Luxemburgo, organizado pela  Embaixada de Portugal, com a colaboração de um conjunto de associações ldo Grão. Ducado, coordenado por Custódio Portásio. .
A sessão, muito participada, foi aberta pela Embaixadora Dr.ª Rita Ferro, tendo pela  "MM" apresentado comunicações  as Dras Manuela Aguiar, Rita Gomes e Nassalete Miranda. O projecto ASAS (Academias Séniores de Artes e Saberes), as outras formas inovadoras de promover a inclusão no associativismo de outros grupos tradicionalmente marginalizados ( a metade feminina, os mais jovens, os mais velhos).
Seguiu-se o lançamento da publicação sobre o Encontro Mundial de 2011 e a referência às suas principais conclusões

Conferência  "Le Mouvement Féministe et Républicain au Portugal" 
Organizada da Confraria dos Financeiros Lusófonos do Luxemburgo. Introdução ao tema pela Dr.ª Manuela Aguiar, seguida de um debate, em que participaram, por igual, muitos  portugueses e luxemburgueses, mulheres e homens.
Uma oportunidade de dar a conhecer a história do país, das mulheres na luta pelos direitos de cidadania, na sua sua projeção na atualidade. Presente o Cônsul- Geral Dr. Rui Gonçalves Moreira 

Genebra*
Encontro com a Comunidade Portuguesa, na Livraria Camões, no centro da cidade. Organizado pelo Cônsul-Geral Dr. Carlos Oliveira, com apoio da jornalista Cristina Rodrigues e da Livraria  Camões.
Foi apresentada a publicação sobre o Encontro Mundial de 2013 e suscitadas algumas das questões aí abordadas  - ASAS, recolha de histórias de vida, associativismo feminino na emigração, no passado e atualmente. Pela MM apresentaram comunicações, as Dras Manuela Aguiar, Rita Gomes, Nassalete Miranda e Profª Doutora Isabelle Oliveira. O tema da intervenção política foi introduzida pela Drª Leonor Fonseca, Vereadora da Câmara de Espinho.
Seguiu-se um amplo debate e ficou uma promessa de realização regular de tertúlias sobre as narrativas de vida de emigrantes na Suiça.

Londres
Avançou a organização "Mulheres Lusófonas". No primeiro encontro esteve  presente a Profª Doutora Graça Guedes*

Toronto*
Rosa dos Ventos: Português nos quatro cantos do mundo"
Encontro comemorativo do 50º aniversário do Departamento de Português da Universidade de Toronto.
A convite da Profª Doutora Manuela Marujo, a Drª Manuela Aguiar apresentou o projeto ASAS, que em Toronto viria a ser encabeçado pela Profª  Marujo e por Mestre Ilda Januário (escrita criativa - histórias de vida) e a Drª Manuela Bairos falou sobre o papel das Mulheres da Diáspora na divulgação da Língua portuguesa

Montevideo*
XXIV Encontro das Comunidades Portuguesas e Luso-Descendentes do Cone Sul
Organização da Casa de Portugal no Uruguai, presidida pelo Conselheiro do CCP, e associado da "MM", Luís Panasco Caetano.
Coube às representantes da "MM", Dr.as Manuela Aguiar, Rita Gomes, Profª Doutora Maria Beatriz Rocha Trindade, Drª Nassalete Miranda levarem ao Encontro o debate sobre as questões da Mulher e o seu papel no futuro do associativismo português na emigração - com um forte apelo à igualdade. Deu-se, assim, mais um passo no sentido de colocar estas questões na agenda de grandes eventos, de onde tradicionalmente não constam.
O Encontro foi, realmente, de grande dimensão e de grande qualidade e teve como anfitriã a primeira mulher presidente do Câmara Municipal de Montevideo, uma antiga exilada política .
 O SECP Dr José Cesário manifestou-se, uma vez mais, como um defensor destas estratégias para a Igualdade - e o mesmo fizeram os deputados da Emigração Maria João Ávila e Carlos Páscoa

Buenos Aires*
Nesta cidade terminou a deslocação à América do Sul, com um encontro no Clube Português de Buenos Aires, organizado pela Associação das Mulheres Migrantes Portuguesas da Argentina. - ocasião para um grande intervenção da deputada Maria João Ávila e para fazer um "ponto de situação" sobre as ações das associações "MM"  nos dois países. Portugal e Argentina. Ficou a esperança de um arranque, a cuto prazo, do projeto ASAS.

Fátima
Encontro dos Promotores Sócio-Culturais das Comunidades Portuguesas.
organizado pela OCPM
A "MM", a convite da OCPM, e através das dirigentes Manuela Aguiar e Rita Gomes e Ana Paula barros levou o projeto ASAS a uma larga audiência, com particular sensibilidade para a abordagem de medidas de apoio a o grupo dos mais idosos. Presente, também, a "MM" da Argentina, com a sua Vice-Presidente Maria Violante Martins. Na sequência desta reunião , Maria Violante lançou a primeira Academia Sénior na América do Sul - em Villa Elisa, .

Caracas*
2º Congresso da Mulher Migrante Luso Venezuelana
Durante este grande Congresso, em que a "MM" participou, com as Dr.as Manuela Aguiar e Rita Gomes, foi constituída a "Associação Mulher Migrante Luso Venezuelana", sob a presidência de Maria de Lurdes Almeida.
O Congresso, onde intervieram co cônsules Gerais de Caracas e de Valência e o Padre Alexandre da paróquia Portuguesa - com declarações firmes em favor da igualdade - veio mostrar a impressionante evolução do associativismo feminino neste país, e  não só em Caracas  - a ponto de o colocar na vanguarda, sem outro exemplo conhecido de um tão rápido progresso, quantitativo e qualitativo. Associações beneficentes, Academias da Espetada Núcleos de Jovens, associações. E revelou, também, a aceitação geral de que gozam, pois  entre as centenas de pessoas presentes estavam muitos homens, muitos jovens - a mostrar que a via em que todos apostam é a da paridade, embora nas maiores instituições das comunidades da Venezuela o acesso das mulheres à sua direção esteja ainda longe dessa meta ideal.
Note-se que mesmo no núcleo organizativo  do congresso  se incluíam mulheres e homens, caso do jornalista Adé Caldeira. entre outros. 

Bruxelas*
Encontro aberto à comunidade na Livraria Portuguesa, organizada pela Embaixada de Portugal e pelo Instituto Camões, com a presença dos seus responsáveis.
Na agenda questões de género na emigração, abordadas à semelhança do que acontecera em outras cidades da Europa - a criação das ASAS, a avaliação do papel das mulheres no associativismo local, e, em particular, no domínio da cultura.do ensino da língua. Intervenções das Dr.as Manuela Aguiar, Leonor Fonseca e Nassalete Miranda.
Na mesma ocasião foi inaugurada uma exposição de artistas plásticas portuguesas, apoiada pela AEMM

Zaandam - Holanda*
Organização do Instituto Camões
Encontro de caraterísticas semelhantes ao de Bruxelas, com as mesmas intervenientes da "MM". No debate,  o acento foi colocado na história da emigração feminina neste país, ali feita pelas mulheres presentes. A nova vaga de emigração teve também alguns protagonistas, que alertaram para a dificuldade da sua inclusão nas associações tradicionais. Um problema prioritário, em termos de política de emigração nos próximos anos - e que continua no centro das preocupações e do ativismo da "MM". Integrar os jovens, equivale, quase sempre, a conseguir mais equilíbrio de género. 

Mainz e Wiesbaden*
Organização da Associação "Marias, Corações de Portugal" - uma nova associação que tem um núcleo diretivo, sem presidência, e que funciona através das redes sociais - uma fórmula singular. Debatidas foram em sedes de associações locais (a "União Desportiva Portuguesa" de Mainz e o "Clube 8 de Dezembro" de Wiesbaden) o impacte e as virtualidades destes novos paradigmas de convívio e cooperação.
A criação de ASAS foi o maior desafio aí deixado - e Wiesbaden viria a responder prontamente com o início de atividades culturais  para os mais velhos, com o carater de regularidade que se exige nas "Academias" (de notar que atualmente o Clube de Wiesbaden é presidido por uma Mulher)
Pela "MM" deslocaram-se à Alemanha, as Dr.as Manuela Aguiar e Rita Gomes e a Profª Doutora Graça Guedes.

2013
Antes da abertura das comemorações do 20º aniversário, cujo registo se faz nesta publicação, realizaram-se três sessões de lançamento da  Revista "Entre Portuguesas num mundo sem fronteiras - Homenagem a Maria Lamas.
 No Porto - no Café Guarani
Presentes a diretora da revista, Drª Nassalete Miranda e muitas das co-autoras da revista, que fizeram breves sínteses dos seus trabalhos como introdução ao debate

Em Espinho
Lançamento da revista, na Biblioteca da Escola Secundária Domingos Capela e, posteriormente, no auditório da Escola Dr. Manuel Laranjeira, dirigido a um público jovem, de alunos dessas Escolas e da escola Dr Manuel Gomes d Almeida

*Iniciativa realizada com o patrocínio da SECP