sábado, 1 de outubro de 2016

CONGRESSO DA MAIA 2011 . SEQUÊNCIA

Na sequência do Encontro Mundial da Maia de 2011, ponto de partida do programa para “a promoção da participação igualitária dos dois sexos nas instituições das comunidades, na vida pública e política”, patrocinado pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, vimos por esta forma, concretizar as principais iniciativas com que nos propomos prosseguir o trabalho encetado. Para tanto, pretendemos seguir as recomendações contidas na Resolução nº 32/2010 “sobre a problemática da Mulher Migrante”, assim como aquelas para que apontam as conclusões do Encontro Mundial de 2011. No domínio da investigação, consideramos prioritário fazer um levantamento no que respeita às formas de participação das mulheres no movimento associativo, através de um inquérito sobre a composição das direcções das Instituições das comunidades. O inquérito, que poderia ser levado a cabo pelos consulados, destina-se a recolher dados sobre o perfil dos dirigentes - sexo, idade, naturalidade, formação académica, profissão, curriculum de voluntariado, data da emigração (ou de emigração dos ascendentes e outros que sejam igualmente relevantes. As demais linhas de investigação, que foram objecto de debate durante o Encontro Mundial, terão de ser articuladas com Universidades, em Portugal e, eventualmente, nas comunidades, e haverá que procurar patrocínios, por se tratar de projectos de custos elevados, como é o caso do projecto “ateliers da memória”, sobre histórias de vida de mulheres migrantes, já acolhido pelo CEMRI – Universidade Aberta. Nas conclusões do “Encontro” o combate à “invisibilidade” das mulheres - que são ainda o 2º sexo da emigração, na medida em que esta continue padronizada no masculino - passa pelos projectos referidos, mas também por seminários e conferências, para análise e reflexão dos temas da exclusão/participação feminina, na perspectiva da Paridade Mulheres/Homens e na perspectiva intergeracional. Como foi reconhecido no Encontro da Maia, em muitos países, resolver a questão geracional significa progresso na questão de género, pois entre os jovens é mais comummente aceite e praticada a participação paritária. A nosso ver, a integração destas acções nas principais Iniciativas das comunidades, introduzindo nelas a componente de género, constituirá um meio muito eficaz de envolver na luta pela paridade não só a metade feminina, mas a totalidade das comunidades. Assim, na Califórnia, o Colóquio, sobre “As Mulheres como transmissoras de Cultura” – dividido em duas mesas redondas, reunindo mulheres dirigentes das organizações comunitárias e mulheres da área da Cultura e do Ensino, em que se destaca o seu papel nas áreas da Literatura, nas Artes Visuais, da Ciência, da Tecnologia, da Política, do Emprendedorismo, do Associativismo e do Desporto - fará parte do programa da Conferência da “Luso American Educational Foundation”, que decorre em S. José, entre 19 e 22 de Abril, com organização a cargo de uma das participantes do Encontro da Maia, a Doutora Deolinda Adão (professora nas Universidades de Berkeley e de S. José). Na Venezuela, o Colóquio sobre a intervenção das mulheres na preservação da Língua e da Cultura, será enquadrado nas celebrações do Dia 10 de Junho. No Uruguai, o Colóquio sobre participação das Mulheres no Associativismo e no Voluntariado, insere-se no programa do Encontro do Cone Sul, previsto para 13 e 14 de Outubro – organização em parceria com a «Associação Mulher Migrante Portuguesa da Argentina», e com coordenação do Conselheiro das Comunidades Luís Panasco Caetano. A proximidade de Buenos Aires facilita uma reunião com membros daquela Associação e outras portuguesas que não possam deslocar-se ao Uruguai e o itinerário via Brasil Igualmente permite incluir um encontro em S. Paulo, na ida ou no regresso para Montevideo, com o objectivo de criar um núcleo associativo de Mulheres Portuguesas, segundo o paradigma da Argentina. Na Europa, são as seguintes as iniciativas projectadas: Na Bélgica e em França, organização de exposições de Artes Plásticas, envolvendo Artistas das Comunidades e de Portugal, comissariadas pela Drª Nassalete Miranda, Directora do Jornal “As Artes entre as Letras”, acompanhadas das mesas redondas sobre as mulheres no domínio do ensino e da cultura, coordenadas pela Prof Doutora Isabelle Oliveira. Na Inglaterra, com organização pedida à Drª Luísa Ribeiro, participante no Encontro da Maia, uma Conferência sobre “A nova emigração feminina”. Em Lisboa, conferências sobre “Feministas da Diáspora” – Maria Archer e Maria Lamas. Em Lisboa e no Porto, mesas redondas para o lançamento da publicação sobre o Encontro Mundial de 2011. Em Portugal, as iniciativas não terão custos, para além de uma publicação das conferências, estimada em 2 500,00 €. Para o Inquérito, pedido aos serviços da DGACCP e Consulados, não há do mesmo modo, previsão de custos. No Estrangeiro os encargos respeitam essencialmente a despesas de deslocação de conferencistas, esperando-se que os espaços e as despesas da organização fiquem a cargo de entidades locais. A «Associação Mulher Migrante» vem apresentar esta proposta de trabalhos para 2012, muito agradecendo poder contar com o alto patrocínio de V. Exª, Senhor Secretário de Estado, para a sua concretização e também com o seu apoio na comparticipação das despesas, que se estimam sejam de 30 072,00 €. Juntamos as estimativas/síntese que pudemos obter, relativas a deslocações de conferencistas e a outros encargos com as iniciativas de 2012. Agradecemos, com o maior reconhecimento, as atenções que nos têm sido dispensadas e, manifestando a nossa disponibilidade para corresponder a todas as formas de colaboração que forem julgadas relevantes, apresentamos a V. Exª, Senhor Secretário de Estado, os nossos respeitosos cumprimentos

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