terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Adriana Carvalho / CV
Maria Adriana Beirão Gonçalves Sousa Carvalho, portuguesa há muito
radicada em Cabo Verde, nasceu em 1948 na Figueira da Foz. Licenciou-
se em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra em
1971, completou o Mestrado em Ciências da Educação em 2005, tendo-
se doutorado em 2009, também em Ciências da Educação, especialidade
em História da Educação, pela Faculdade de Psicologia e Ciências da
Educação da Universidade de Lisboa.
Duma forma ou doutra, a vida profissional de Maria Adriana Carvalho,
actualmente Vice Reitora da Universidade de Cabo Verde, tem obedecido
a duas paixões: a educação e Cabo Verde. Chegada a este país em 1978,
começou logo a leccionar no Liceu Domingos Ramos (antigo Liceu
Adriano Moreira), tendo de seguida desempenhado vários cargos de
Direcção nas áreas de Formação e Planeamento do Ministério da Educação.
Foi também responsável pela coordenação de vários projectos na área
educativa financiados pelo Banco Mundial.
Em 2002 fez a transição do Ensino Secundário para a Universidade, tendo
desempenhado cargos de relevo no Instituto Superior de Educação (Pró
Reitora), na Universidade Jean Piaget, onde chegou a Professora Auxiliar
e, finalmente, na Universidade de Cabo Verde, onde exerce as funções de
Vice Reitora para a Pós-Graduação e Investigação.
No corrente ano foi a responsável e a principal impulsionadora do projecto
desta Universidade “2012, Ano da Língua Portuguesa”.
A Professora Adriana Carvalho é uma figura destacada da Comunidade
Portuguesa em Cabo Verde, onde se tem notabilizado pelo seu empenho
enquanto membro activo do Conselho Consultivo da Área Consular e pelo
seu dinamismo em todas as iniciativas visando a criação de uma Escola
Portuguesa em Cabo Verde.
Foi também autora e co-autora de vários livros, manuais escolares e artigos,
cujo denominador comum é a área da educação e a história da educação.
A Professora Adriana Carvalho foi agraciada pelo Presidente da Republica
de Cabo Verde com a 1ª Classe da Medalha do Vulcão e pelo Presidente da
Republica Portuguesa com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

 Isabel Meyrelles, grande Portuguesa da diáspora esteve representada na exposição de Mulheres de Artes, "Singular, Plural", com que quisemos abrir, de uma forma absolutamente inédita, o Encontro Mundial da Maia.
Relembrar o acto com que o governo Português a distinguira dois anos antes, é a nossa maneira de lhe agradecer o seu gesto de solidariedade  e de participação nesta iniciativa.
Foi em 11 de Dezembro  de 2009 que Isabel Meyrelles recebeu na Embaixada de Paris a comenda da Ordem de Santiago. Na altura, O SECP Dr António Braga, afirmou na sua mensagem que aquela era "a merecida homenagem de Portugal a uma das suas mais distintas embaixadoras".
Acompanhamo-lo nas palavras com que define o seu percurso artístico
"Isabel Meyrelles ilumina a contemporaneidade como Poetisa e Escultora de eleição, na boa tradição do movimento surrealista, no qual ocupa lugar pioneiro e cimeiro. Na sua riquíssima e permanentemente apaixonada vida cultural perpassam esse conjunto de actividades multifacetadas que fazem o artista completo.
Desde a tradução de autores de referência na literatura nacional, que desenvolveu variadíssimas vezes com inegável talento, em que destaco José Régio, até à poesia e à escultura, a sua extraordinária actividade criativa deixa uma marca indelével. Por proximidade pessoal atrevo-me a relevar a sua obra na escultura onde espelha, com raro sentido de oportunidade, o mito do Portugal e da Europa, em que se inspira muito do transumante na Diáspora portuguesa, aliás, presente no meu próprio distrito que tem o privilégio de beneficiar da sua obra na colecção da Fundação Cupertino
Miranda onde, há bem pouco tempo, lhe foi prestada sentida homenagem"


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Lembrar Malice

Maria Alice Ribeiro , jornalista e directora do mais antigo jornal de língua portuguesa em Toronto era uma Mulher de cultura, de Letras e de causas, com um intenso interesse pelas coisas da política, tanto nacional, como canadiana e mais ainda pelas da sua comunidade. Sempre pronta a conversar à mesa do café, ou ao telefone, como se o tempo que perdia connosco, não o fosse gastar em noitadas de porfiado trabalho.

Sim, havia o seu “quê” de excessivo na personalidade de Maria Alice – mas todos os seus excessos eram virtuosos (salvo o de ser fumadora inveterada): excesso de generosidade, de voluntariado, de cuidado com o detalhe, com o sucesso de todas as vertentes de uma acção, que a fazia uma parceira mais do que fiável, infalível, em qualquer iniciativa conjunta. As suas organizações tinham o rigor de um relógio suíço, a par de um entusiasmo e uma emotividade muito à portuguesa.

Amigos não lhe faltavam, Sabia escolhe-los na perfeição, e pô-los a trabalhar para o “bem comum”. Foi através dela que conheci o filantropo Virgílio Pires, o Manuel Leal (que ela achava “esquerdista” – que exagero! …) ou o Laurentino Esteves, o jovem promissor, que tratava como um segundo filho.
Só ela me faria estar numa passagem de ano em Toronto (porque para além da minha família portuguesa, achava que eu tinha obrigações para com a minha vasta família de afectos luso-canadiana…). E não nos limitamos a confraternizar em duas ou três festas de associações, mas em quatro ou cinco, umas visitadas no ano que findava e outras já no ano seguinte,,, No meio de um nevão que cobria os passeios, onde se afundavam os nossos sapatos de salto alto. Coisa benigna, quando comparada a uma ida de Toronto a Kingston, que durou horas e horas, sob sucessivas tempestades de neve, com o Virgílio Pires firmemente ao volante do seu Cadillac, que resvalava aqui e ali, mas sempre sem perder o rumo…. E, depois de cumprirmos na íntegra o programa – visita à Igreja portuguesa, encontro no clube, entrevistas à rádio e à televisão e jantar como Mayor – regressamos à aventura de mais umas horas de condução exímia do Virgílio, sob a fúria da intempérie. Em ininterrupta e divertida conversação a três, naturalmente… Com Malice não havia silêncios nem tempos mortos, era assim, cheia de energia, de ideias e de projectos, que levava por diante contra todos os obstáculos, fossem os da natureza ou os dos seus opositores - que nunca a venceram nem convenceram...
O que a movia? Julgo que era, antes do mais, o portuguesismo, a vontade de defender a cultura portuguesa na imensa panóplia de culturas conviventes no Canadá e também o inconformismo face às práticas e tradições que desvalorizavam o modo de ser feminino.
O Correio Português era o jornal da Maria Alice e do António Ribeiro, numa paridade completa, pragmática e eficaz. Mas para Malice, como os amigos lhe chamavam, o jornal foi mais do que um periódico bem gerido e bem escrito. Com ele deu voz à comunidade, fez a história da comunidade, mas também soube ter voz própria e ser protagonista de primeiro plano na construção de um universo luso canadiano que não parava de crescer, após o início das migrações em massa dos anos 50.
Do seu pioneirismo no campo da escrita e do jornalismo ao seu pioneirismo na representação dos emigrantes no Conselho das Comunidades Portuguesas, desde os anos 8o até ao último dia de uma luta contra grave doença, fica a força de um exemplo de vida,.
Fica a memória da fase primordial da emigração portuguesa no Canadá, em páginas e páginas do seu "Correio". E fica, também, à espera dos investigadores que o possam tratar e divulgar, um precioso arquivo fotográfico, recolhido no Museu Português de Toronto, graças a uma intervenção atempada de Virgílio Pires.
Na verdade, Malice tinha sempre à mão, para além do inevitável maço de cigarros, a sua máquina fotográfica de profissional...Nesse arquivo, está, em imagens, muito do passado português em Toronto – cabe agora ao “Museu”
revela-lo, valorizando-se.
E, por fim, numa revista que fala de mulheres na diáspora não poderíamos esquecer que a ela se deve a proposta para a realização do “1º Encontro Mundial de Mulheres Portuguesas no Associativismo e no Jornalismo”, em 1985. Esse
seu gesto é, de algum modo, o precursor da longa caminhada, em que andamos, e em que a sua memória nos acompanha.























Progrma Uruguai

A Associação de Estudo Mulher Migrante tem, desde há anos, procurado
introduzir as temáticas de género e de geração em eventos tradicionais
das comunidades, onde, como regra, o enfoque vai para outras questões.
Julga-se que esta é uma forma eficaz de lhes dar a prioridade que tem
faltado.
Assim, por ex, aconteceu em em 2007, com a Associação MM a promover
seminários sobre igualdade no quadro das festas do 10 de junho em
Newark e em Montreal -uma experiência que se repetiu agora com a
inserção das preocupações de igualdade de género e geração no Encontro
do Cone Sul, num seminário cultural que teve por tema central o maior
equilíbrio de participação dos que mais marginalizados se encontram
ainda no movimento associativo - o que não sendo justo para as pessoas
compromete o futuro das próprias instituições, como se torna cada vez
mais evidente...
O Encontro do Cone Sul constitui um paradigma da prossecução de
finalidades várias, a partir de um modelo inicial puramente lúdico: um
portuguesíssimo torneio de sueca, que começou nas comunidades do sul
do Brasil e do Uruguai e veio a estender-se à Argentina, alternando
entre os 3 países a sede do evento anual. Do jogo e do convívio se
passou a outras iniciativas que decorrem em simultâneo, exposições,
festivais de música e dança e, desde há já 10 anos, um "Seminário
cultural". Participantes às centenas, presença de autoridades dos 3
países, dos nossos diplomatas e, quase sempre, a presidência
protocolar do SECP. Um evento que cresceu para se tornar um dos mais
importantes, um dos mais "internacionais" de todo o mundo da Diáspora lusófona.
Em 2012 a Associação de Estudos MM foi, com o apoio da SECP, o
parceiro principal na economia desse seminário - para marcar, também
fora da Europa, as preocupações com o envelhecimento activo e a
solidariedade intergeracional no contexto do movimento associativo
português.
É óbvio, do ponto de vista das dirigentes da AEMM, como explicitaram,
que a mudança e a inovação passam, largamente, pela capacidade de
atrair ao cerne da vida associativa estes grupos, que têm sido
marginalizados, para não dizer praticamente excluídos.
Tomar consciência desta realidade é preciso, mas não basta - é urgente
tomar medidas concretas, fazer das instituições a" casa de todos",
onde todos tenham o seu espaço próprio, para decidirem autonomamente
iniciativas e modos de convívio, porventura em ruptura com rotinas e
hábitos antigos. Num simples bar de associação, podem reunir as
tertúlias mais criativas, de um simples jogo de sueca pode surgir uma
universidade sénior, como de almoços de amigos surgiu o formidável
movimento das Academias de Bacalhau e, muito recentemente, as
Academias da Espetada na Venezuela.
Foi esta a tónica das intervenções de Maria Manuela Aguiar (A
expansão de Portugal pelo Movimento Associativo) e de Maria Beatriz
Rocha Trindade (Associativismo construindo o futuro a partir de um
olhar retrospectivo). O Engº Daniel Amado e a Drª Alexandra Allo deram
exemplos concretos da dinâmica Associação de Comodoro-Rivadávia,
actualmente presidida por Maria Amado. a que se seguiram, na mesma
linha, intervenções de jovens luso-descendentes de Ijuí.
Rita Gomes realçou a participação activa das mulheres nas estruturas
associativas e Nassalete Miranda deu visibilidade a um domínio, onde
as Mulheres são já "mais iguais" aos Homens - a do empreendedorismo
cultural, numa mensagem que soou a coisa nova.
Várias outras intervenções e o debate se seguiram, na presença de mais
de 200 congressistas, que enchiam o "salão de cerimónias Dr Ernesto de
los Campos, oferecido pela Intendência para a realização dos
trabalhos.
A própria Intendente - a primeira Mulher na História a presidir à
Câmara Municipal de Montevideo - esteve presente a saudar todos os
participantes, a realçar o papel das mulheres nas sociedades de hoje,
tendo concedido o título e a medalha de "Visitante Ilustre" ao
Secretário de Estado José Cesário e à Ex- Secretaria de Estado Maria
Manuela Aguiar.
O SECP mostrou, uma vez mais, a sua proximidade das pessoas e dos
problemas, um conhecimento de causa, feito de experiência vivida e,
também, o que não é menos raro, em quem desempenha essas funções, de
sensibilidade para as questões de género.
Uma questão que nunca pode ser vista como especificamente feminina, e
que não pode ser resolvida apenas por mulheres nem, na nossa óptica,
faz hoje sentido que seja movida "contra" os homens. Luís Panasco, a
"alma" deste Encontro, que institucionalmente organizou como
Presidente da Casa de Portugal de Montevideo e que a AEMM se orgulha
de contar entre os seus membros activos disse um dia, em Villa Elisa,
numa reunião em que era o único homem presente: "não é preciso ser
jovem para procurar ajudar os jovens, nem velho para procurar resolver
problemas de envelhecimento, nem é preciso ser mulher para lutar pela
igualdade de sexos.
Para além do seminário, o encontro foi vivido numa programação
multifacetada - reunião de empresários, promovida pela Câmara de
Comércio luso uruguaia, encontro do SECP e de deputados do Grupo de
Amizade Uruguai Portugal no Parlamento, reunião do SECP com dirigentes
associativos do Cone Sul, uma conferência sobre as mulheres na
política no Clube Brasil (oradora e convidada a falar da sua própria
experiência, Maria Manuela Aguiar), festa com exibição de ranchos
folclóricos das comunidades portuguesas dos 3 países do Cone Sul,
visita a colónia de sacramento, com recepção oficial na Intendência,
desfile dos Ranchos nas ruas da cidade património da Humanidade,
sessão de encerramento, com apresentação de conclusões e entrega dos
prémios do torneio de sueca, que, sendo um de muitos eventos não
perdeu a sua importância. E, por isso, a deputada Mª João Ávila e
Nassalete Miranda que mais mulheres passem a participar dos jogos, em
paridade e não só a título de excepção que confirma a regra.
Sacramento foi também o lugar ideal para lembrar Fernando Assunção, o
grande intelectual e militante da cultura portuguesa, a quem se deve a
reconstrução de “Colónia”, fiel à sua traça arquitectónica portuguesa,
que lhe vale, afinal, a distinção da UNESCO. Presentes entre nós, a
viúva e a filha do Doutor Assunção.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

20 e 21/09/ 2012 –Programa no Luxemburgo

Instituto Camões

Com o apoio da Embaixada de Portugal no Luxemburgo e do Instituto Camões– Centro Cultural Português no Luxemburgo, a Amizade Portugal –Luxemburgo (APL), a Confederação da Comunidade Portuguesa no Luxemburgo (CCPL),o Centro de Apoio Social e Associativo (CASA), a
Câmara de Comércio e Indústria Luso – luxemburguesa (CCILL), o Serviço de Ensino de Português (SEP) e a Confraria dos Financeiros Lusófonos no Luxemburgo, foi realizada esta Conferência com a participação por parte da AEMM, da Drª Manuela Aguiar, da Drª Rita Gomes e da Drª Nassalete Miranda.
Temas destas Intervenções: Drª Manuela Aguiar: “As Academias Seniores de Artes e Saberes”; Drª Rita Gomes: “Associação de Estudos Mulher Migrante”e “Participação Ativa da Mulher nas Estruturas Associativas e outras”; Drª Nassalete Miranda: “Empreendedorismo Feminino Cultural”
Foi feito o lançamento da Publicação desta Associação sobre «O Encontro Mundial de Mulheres Portuguesas na Diáspora», realizado em 2011, no Forum da Maia.

Participaram nesta Iniciativa a Embaixadora Drª Rita Ferro, o Senhor Cônsul- Geral de Portugal no Luxemburgo, Dr. Rui Gonçalves Monteiro, vários dirigentes de Associações e outras Instituições das Comunidades Portuguesas.

As conferencistas foram convidadas a visitar uma instituição de Solidariedade Social Luxemburguesa onde decorria um encontro intergeracional para debate dos principais problemas vividos pelos
idosos, com a presença de jovens querecolhiam elementos para estudo, teses de mestrado e de doutoramento nas áreas socias.
Foram efectuadas visitas à C.A.S.A, À Rádio Latina e à Caixa Geral de Depósitos na procura de espaços para a realização de exposições de artes plásticas de mulheres da própria comunidade e de outras.

O programa encerrou com uma conferência de Manuela Aguiar sobre “Le mouvement féministe républicain au Portugal”, organizada pela Confrérie des Financiers Lusophones au Luxembourg., e em que participaram diversas individualidades, designadamente o Senhor Cônsul Geral de Portugal no Luxemburgo, Dr. Rui Gonçalves Monteiro.
Uma audiência interessada, participativa e cheia de personalidades portuguesas e luxemburguesas, mulheres e homens, que interpelaram a conferencista com várias questões, no que resultou um diálogo vivo a entrar pela noite..

Encontro em Genebra - Livraria Camões

O programa na Suiça teve uma excelente organização dConsulado de Portugal, com grande envolvimento do Dr. Carlos Oliveira, Cônsul-Geral de Portugal em Genebra (que mais uma vez assim dava apoio a iniciativas da AEMM - uma colaboração iniciada em 2007, quando era
Cônsul-Geral em Montreal ) , da jornalista Cristina Rodrigues, uma das participantes no Encontro Mundial da Maia, e da Livraria Camões, onde teve lugar a reunião.

A Drª Manuela Aguiar fez a apresentação do Livro sobre o «Encontro Mundial de Mulheres Portuguesas na Diáspora de 2011, destacando as temáticas aí tratadas, e moderou as intervenções de um painel composto por Rita Gomes, Isabelle Oliveira, Nassalete Miranda e Leonor Fonseca,
abordando temas como o projecto ASAS, a organização de tertúlias destinadas à recolha de narrativas de vida de emigrantes e à situação da Mulher na política e na vida das comunidades.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

AS ACADEMIAS SÉNIORES EM LONDRES




A ideia lançada em Joanesburgo, em 2008 nos ENCONTROS PARA A

CIDADANIA: MULHERES – VERTENTE DE MOBILIDADE NUMA PERSPECTIVA

DE DIÁLOGO INTERCULTURAL – para a criação de Universidades Sénior

destinadas a ocupar o tempo livre dos mais velhos, agora reformados e

tantas vezes sem programas de actividades interessantes e enriquecedoras

no ponto de vista cultural, como também para intercâmbio de ideias e de

relacionamentos, está a procurar ser implementada em Durban e em Caracas.

Considerando que 2012 é o Ano Europeu do Envelhecimento

Activo e da Solidariedade entre Gerações, a Secretaria de Estado das

Comunidades Portuguesas decidiu patrocinar a divulgação deste projecto e,

depois de apresentado á comunidade portuguesa de Newark, pretende-se

alastrá-lo a outros espaços da nossa diáspora, tal como foi feito em Londres

pela Dra. Manuela Aguiar, no passado mês de Junho na Embaixada de Portugal,

na presença do Senhor Embaixador, que assim tanto dignificou o nosso

Encontro.

Procurando também que lhe esteja associado um diálogo inter-

geracional no espaço da nossa diáspora, este projecto passa a designar-se

ACADEMIAS SÉNIOROS DE ARTES E SABERES (ASAS).

Inspiradas no modelo das Universidades Sénior portuguesas, propiciarão

uma multiplicidade de actividades dependentes dos contextos onde estão

inseridas e, consequentemente, das motivações e das carências reveladas, tais

como cursos temáticos (línguas estrangeiras, história, literatura, informática,

artes plásticas, teatro, grupo coral, dança e folclore, culinária, socorrismo,

etc.), palestras, seminários, viagens de estudo, sessões de convívio (jantares

e bailes), investigação (histórias de vida da Diáspora, auto-biografias),

favorecendo também um diálogo inter-geracional, bem como uma Rede entre

todas elas.

A frequência dos cursos deverá ser regular e calendarizada, sem

avaliação final, mas com direito à obtenção de diploma de participação.

Pretende-se que as academistas e os academistas tenham

sempre atitudes interventivas e participativas, aproveitando mesmo os saberes

individuais para a animação de actividades e para a leccionação de cursos.

O grupo presente na Embaixada de Portugal e seleccionado pela Dra.

Luísa Ribeiro, era representativo de diferentes contextos e com papeis muito

importantes em cada um deles, que favoreceu o entendimento de uma

tipologia específica para a comunidade portuguesa em Londres e a analisar

com profundidade, pelo que deveria ser objecto de discussão em novas

reuniões, tal como a que aconteceu num jantar já agendado para Setembro.

Foi com enorme satisfação que nesse jantar em Lambeth, o grupo

aumentou e muitas ideias surgiram, definindo-se metodologias, estratégias,

frequência (1ªs quartas-feiras de cada mês) e mesmo o local,

disponibilizado por uma das novas aderentes e dona de um restaurante,

bem como o secretariado, que se responsabilizaria pelo encaminhamento

via e-mail de todas as informações recebidas.

Este grupo de mulheres, agora intituladas LUSÓFONAS EM LONDRES, já

tem um programa detalhado expresso neste e-mail agora recebido:



Olá a todas,



No nosso jantar da passada quarta-feira, dia 07/11/12, ficaram algumas

questões esclarecidas e outras se levantaram.



Assim, decidiu-se que:

1) o nome do grupo será "Lusófonas em Londres"



2) as sessões/encontros terão a duração de 1 hora, sendo os primeiros 30 minutos

destinados à apresentação dos temas (1/2) dessa sessão e a segunda meia hora a

esclarecimentos mais individualizados. Haverá sempre duas pessoas responsáveis pela

organização e apresentação da sessão, assegurando a sessão caso aconteça algum

imprevisto.



3) a primeira sessão será dia 14 de Janeiro (segunda-feira), sendo o tema "Ano Novo, Vida

Nova". O objectivo será abordar questões ligadas à auto-imagem (contaremos com o apoio

de uma cabeleireira e de uma maquilhadora) e à definição de objectivos pessoais para o

novo ano. Esta sessão é da responsabilidade da Maria e minha.



4) a segunda sessão, da responsabilidade da Ana Paula e da Luísa, será dia 6 de Fevereiro

(quarta-feira), sendo o tema "Ano Novo, Casa Nova".



5) a terceira sessão, dia 6 de Março, com o tema "Ano Novo, Trabalho Novo" fica a cargo

da Isabel.



6) no final de cada sessão ficamos por mais 15 min para discutir alguma questão sobre

essa sessão e acertar algum pormenor para a seguinte.



Quanto a questões levantadas, falou-se na possibilidade de criar uma página no Facebook

e na necessidade ou não de se escolher uma líder para o grupo.



Aproveito para pedir a todas que ao responder a emails tenham o cuidado de escolher a

opção de responder a todos os contactos, para garantir que todas recebem as mensagens

trocadas. Peço também que caso não possam estar presentes nalgum encontro avisem para

sabermos ao certo com quem podemos contar em cada sessão.



Até breve.



Abraço,

Mariana Costa
Elsa de Noronha
Como ela própria se intitula é uma “Poeta de Dizer”.
Nasceu em Moçambique, sendo filha de um grande poeta, também
moçambicano, Rui de Noronha.
A nossa muito estimada amiga Elsa de Noronha tem – nos acompanhado em
várias Iniciativas da «Associação de Estudos Mulher Migrante», mostrando-se
sempre disponível para participar com muito entusiasmo e a título voluntário.
Tem estado connosco em vários Encontros, praticamente desde a constituição
da Associação, sobretudo em Portugal, sendo fantásticas as suas exibições,
pelo que tem recebido os maiores elogios.
Por sua Iniciativa, foi a Estocolmo, aquando da realização do «Encontro para a
Cidadania», em Março de 2006, naquela cidade.
Estava presente o Dr. Jorge Lacão que muito a felicitou, bem como todas e
todos os restantes participantes. Foi um espetáculo Inesquecível!
Por todas essas razões, a Poeta de Dizer, Elsa de Noronha, merece a nossa
gratidão com o maior reconhecimento.
filha de um grande Poeta,
também