DO MAR, HÁ MUITO TEMPO ...
Deixei-te a chorar por ti...
A última vez que te vi, cerraras já o teu véu.
Olhei-te do lisbonense estuário,
ondas brancas, então pequenas, embora o mar a crescer,
a marulhar,a encarneirar,
a zangar-se
e a toldar-me mais a vista.
Estavas cinzenta, fechada, no teu altar escondida,
envolta em névoa, majestosa, eras jóia aferrolhada.
Cada dia que passei fora de ti, dia perdido.
Promontório da Lua, nada vale como tu!
Acordas fresca e sorris,
algo em ti é de beleza irreplicável,
no mundo,
de ponta a ponta ...
a açucena e a mimosa, o malmequer e a camélia a perfumar-te...
... e o aroma dos pitósporos em flor nas cálidas noites de Agosto?!
Injusto é morrer sem dormir uma noite em ti!
Pelo menos uma noite!
Uma cálida noite de Agosto e o aroma dos teus pitósporos pelas frestas da janela ...
para se voltar a viver ...
Chega o crepúsculo e logo mostras teu divino seio,
corre o Sol a reluzir-te,
ficas na Terra rainha.
És dona dos verdes todos, do tapete inigualável,
és delicada, viçosa,
és intocável e pura,
és virgem e soberana.
Do Tejo não vi o teu rosto,
estavas de costas voltadas, remota, inatingível,
fiquei triste,
fiquei só...
Hora da despedida,
rolos e rolos de fitinhas,
fitinhas de muitas cores,
fitinhas de todas as cores,
arco-íris de fitinhas,
roxo
anilado
azul
verde
amarelo
alaranjado
vermelho,
a cair do navio para a doca,
a colorir o navio,
... a adoçicar a mágoa?
ainda que lá estivesse esperança ...
a esperança de quem parte,
a esperança de quem sai,
de quem teve de sair,
de sair ...
atormentado,
de quem parte à aventura,
de quem sai desafiando,
arrostando,
temerariamente,
o perigo,
iminente,
a espreitar atrás do sonho ...
vozearia,
gente,
muita gente no cais,
braços,
centenas de braços ... no ar ... gesticulando,
afirmando o mesmo adeus de todas as despedidas,
lábios, centenas de lábios,
promessa de beijos.
Centenas de lábios chorando beijos,
atirando beijos
do cais para o navio, do navio para o cais,
centenas de beijos,
dizendo amor
e dor,
e eu triste e só,
e o navio ...
a quilha a sulcar o infindo oceano ...
e eu triste e só,
mas tu meu formoso berço,
minha namorada amantíssima,
minha Sintra sem igual,
lembras-te? - foste o deleite de Byron e a Cynthia dos Romanos,
numa exaltação,
suave,
doce de mel,
que foi bálsamo,
trouxe a vida,
chegaste, estuante, ao meu lado,
olhaste, terna, o teu filho,
ergueste a fronte,
abalaste...
Edmundo Macedo
Los Angeles
Abril 1995
e
Abril 2010
A ASSOCIAÇÃO "MULHER MIGRANTE" ABRE ESTA TERTÚLIA A CONVERSA SOBRE AS MIGRAÇÕES E AS DIÁSPORAS PORTUGUESA E LUSÓFONAS. VAMOS FALAR DA NOSSA ASSOCIAÇÃO, DAS INICIATIVAS QUE ESTAMOS A DESENVOLVER E DA FORMA COMO PODEM COLABORAR CONNOSCO. UM CONVITE DIRIGIDO, POR IGUAL, A MULHERES E HOMENS, DE TODAS AS IDADES, EM TODAS AS LATITUDES.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Novo Encontro em Espinho

Apresentação colectiva da dupla publicação "Cidadãs da Diáspora - Encontro em Espinho" e da "Mulher Migrante em Congresso".
Na primeira as comunicações científicas, na segunda o blogue, as notícias nos media, a história documentada dos primeiros congressos e reuniões mundiais e regionais para a igualdade da Mulher nas comunidades do estrangeiro.
Entre os autores das comunicações tomaram a palavra Rita Gomes, Graça Guedes, Arcelina Santiago, Glória Rocha, Isabelle Oliveira, Alípio Jorge, Durval Marques e Manuela Aguiar, coordenadora da publicação.
Na primeira as comunicações científicas, na segunda o blogue, as notícias nos media, a história documentada dos primeiros congressos e reuniões mundiais e regionais para a igualdade da Mulher nas comunidades do estrangeiro.
Entre os autores das comunicações tomaram a palavra Rita Gomes, Graça Guedes, Arcelina Santiago, Glória Rocha, Isabelle Oliveira, Alípio Jorge, Durval Marques e Manuela Aguiar, coordenadora da publicação.
Seguiu-se, integrada co ciclo de conferências sobre o Centenário da República em Espinho, uma palestra de Carlos Luiz - ele próprio participante do Encontro "Cidadãs em Diáspora - sobre "Emigração e Exílio nas vésperas da Revolução de 1910". Simplesmente brilhante!
Espera-se a sua publicação!

Espera-se a sua publicação!
E, a terminar, pela voz de Nuno Araújo e de colaboradores próximos de Aníbal Araújo, a homenagem que ele nos merece pelo seu companheirismo a dedicação de sempre. Manuel Dias, o grande jornalista, a quem o Governador Civil fez um elogio, que reflectia o sentir geral dospresentes, foi o primeiro a tomar a palavra. Ele, que é um dos maiores especialistas de emigração portuguesa, acompanhou as iniciativas da Associação "Mulher Migrante" desde a primeira hora .
Presidiu à tripla sessão o Governador Civil de Aveiro José Mota. Não esqueceremos nunca o apoio de primeira hora que ele deu à realização do ENCONTRO-2009, que sem ele não teria ido pela frente, quando mais nenhum suporte estava

E não esquecemos também que, já em 1995, nessa mesma qualidade, foi o anfitrião do 1º congresso mundial de mulheres migrantes.
Fez questão de estar connosco, de novo, como a Associação Mulher Migrante fez questão que ele estivesse presente.
Esteve, igualmente, na mesa de honra do primeiro lançamento deste, em Lisboa, no final do ano passado, ao lado do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
A sala de leitura da Biblioteca Municipal encheu, com mais de 70 presenças. Nem todos puderam estar às 5.00 em ponto da tarde, mas foram chegando, à medida que os afazeres profissionais o permitiam - caso de Rosa Sampaio e de Teresa Aguiar, uma das coordenadores da publicação. Deixou-se ficar, discretamente, entre a assistência, mas todos os que acompanharam, de perto, o percurso do blogue, reconhecem a importância do seu trabalho quotidiano.
O mesmo se diga da Profª Rosa Sampaio, como confrencista e como comentarista do blogue.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Aquele abraço, Aníbal Araújo
Aníbal de Oliveira Araújo vivia com a imprensa regional e com as comunidades portuguesas no coração. Aos 57 anos de idade, o jornalista de Oliveira de Azeméis sucumbiu a uma rasteira pregada por esse mesmo coração, com o qual se entregou por inteiro à causa de servir não só a sua profissão, mas também a sociedade civil em várias vertentes de actuação.
Desde a juventude que Aníbal Araújo quis estar ligado à imprensa regional, colaborando activamente nos periódicos locais. Depois de um percurso profissional inicialmente ligado à função pública, no dealbar dos 80 era chegada a hora de tomar as rédeas do emblemático título ‘A Voz de Azeméis’, um quinzenário que, logo em 1987, passaria a ser publicado semanalmente, em resultado da dinâmica que o administrador logrou implementar. E estava lançada a semente que frutificaria num grupo de comunicação social que acabaria por estender-se ao mundo lusófono, sobretudo através da revista ‘Portugal’, fundada em 1987, publicação vocacionada para as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. Era uma verdadeira carta de família, que todos os meses chegava a casa de muitos emigrantes portugueses.
A revista ‘Portugal’ era, no fundo, a materialização de um carinho muito especial que Aníbal Araújo sempre teve para com as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. Tanto que foi através desta chancela que, em 1991, foram ‘lançados’ os Troféus Prestígio e Dedicação Comunidades Portuguesas, galardão que ao longo dos tempos se tornou bem conhecido da nossa diáspora. O objectivo era distinguir as personalidades que, em cada uma das comunidades lusas, mantêm vivos os valores pátrios e apostam na solidariedade como valor português. Mais de 400 individualidades foram distinguidas, ao longo dos anos, com este Troféu.
Não seria só Aníbal Araújo a promover distinções e homenagens. Ele próprio foi reconhecido, em Portugal e em inúmeros países, pelo trabalho desenvolvido em prol da portugalidade. Distinguido como comendador além-atlântico, também a República Portuguesa reconhecê-lo-ia digno da Comenda da Ordem de Mérito.
No panorama editorial, o grupo de Aníbal Araújo deixa vários títulos editados, muitos dos quais integralmente custeados, pegando na prosa dos reputados cronistas que sempre soube escolher para as suas publicações de índole informativa.
Em Oliveira de Azeméis, faziam furor as celebrações dos aniversários de ‘A Voz’ e da revista ‘Portugal’, sempre presididos por altos responsáveis governamentais, desde ministros e diversos secretários de Estado, com inúmeros deputados da nação a figurarem entre os convidados de honra.
Aníbal Araújo recorria com frequência a uma citação ‘assinada’ pelo primeiro director do jornal ‘A Voz de Azeméis’, Tomás Fernandes: “Também desejaria que o jornal cumprisse a sua missão de uma forma elevada. Não rastejará”.
Quem acompanhou o trabalho que Aníbal Araújo desenvolveu, ao longo de quase trinta anos, com responsabilidades administrativas e de direcção de órgãos de imprensa, sabe que a missão foi, de facto, cumprida de forma elevada. A honestidade, o sentido de honra, a verticalidade que impunha no cumprimento dessa missão eram os mesmos predicados com que geria a sua própria vida.
Se Aníbal Araújo levou toda a sua vida servindo com competência profissional, a sua abnegação fez com que dedicasse muito, muito tempo ao associativismo. Na área da imprensa, Aníbal Araújo integrou o grupo de fundadores da UNIR – União Portuguesa da Imprensa Regional, organismo representativo de cuja direcção foi, também, presidente. Sob a sua ’égide’ concretizaram-se diversos congressos temáticos sobre o sector, pois Aníbal Araújo sempre foi um acérrimo defensor da justiça com que deveria ser tratada a imprensa regional.
A entrega máxima pela sociedade surgiu quando aceitou ser candidato a deputado da Assembleia da República pelo círculo eleitoral de fora da Europa. Era a posição ideal para quem sempre lutou, e queria fazer algo de bom pelos emigrantes portugueses que, acreditava Aníbal Araújo, vinham sendo esquecidos pelos partidos políticos e pelos governantes. Não almejou a vitória, mas conseguiu um resultado histórico para o partido pelo qual, embora na condição de independente, deu rosto e nome, ficando assim testemunhado o carinho e amizade com que os que estão lá fora correspondiam Aníbal Araújo.
Fica a lembrança. Fica a memória de um Homem justo, que – quantas vezes demasiado ingenuamente – não abdicava da honestidade em nome de qualquer benefício pessoal. Fica a saudade ‘daquele abraço’ com que, ao telefone, se despedia quando estava longe, no outro lado do Atlântico, mas que diariamente queria saber notícias de Portugal e de Oliveira de Azeméis.
Aníbal Araújo: de nós, para ti, ‘aquele abraço’.
Desde a juventude que Aníbal Araújo quis estar ligado à imprensa regional, colaborando activamente nos periódicos locais. Depois de um percurso profissional inicialmente ligado à função pública, no dealbar dos 80 era chegada a hora de tomar as rédeas do emblemático título ‘A Voz de Azeméis’, um quinzenário que, logo em 1987, passaria a ser publicado semanalmente, em resultado da dinâmica que o administrador logrou implementar. E estava lançada a semente que frutificaria num grupo de comunicação social que acabaria por estender-se ao mundo lusófono, sobretudo através da revista ‘Portugal’, fundada em 1987, publicação vocacionada para as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. Era uma verdadeira carta de família, que todos os meses chegava a casa de muitos emigrantes portugueses.
A revista ‘Portugal’ era, no fundo, a materialização de um carinho muito especial que Aníbal Araújo sempre teve para com as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. Tanto que foi através desta chancela que, em 1991, foram ‘lançados’ os Troféus Prestígio e Dedicação Comunidades Portuguesas, galardão que ao longo dos tempos se tornou bem conhecido da nossa diáspora. O objectivo era distinguir as personalidades que, em cada uma das comunidades lusas, mantêm vivos os valores pátrios e apostam na solidariedade como valor português. Mais de 400 individualidades foram distinguidas, ao longo dos anos, com este Troféu.
Não seria só Aníbal Araújo a promover distinções e homenagens. Ele próprio foi reconhecido, em Portugal e em inúmeros países, pelo trabalho desenvolvido em prol da portugalidade. Distinguido como comendador além-atlântico, também a República Portuguesa reconhecê-lo-ia digno da Comenda da Ordem de Mérito.
No panorama editorial, o grupo de Aníbal Araújo deixa vários títulos editados, muitos dos quais integralmente custeados, pegando na prosa dos reputados cronistas que sempre soube escolher para as suas publicações de índole informativa.
Em Oliveira de Azeméis, faziam furor as celebrações dos aniversários de ‘A Voz’ e da revista ‘Portugal’, sempre presididos por altos responsáveis governamentais, desde ministros e diversos secretários de Estado, com inúmeros deputados da nação a figurarem entre os convidados de honra.
Aníbal Araújo recorria com frequência a uma citação ‘assinada’ pelo primeiro director do jornal ‘A Voz de Azeméis’, Tomás Fernandes: “Também desejaria que o jornal cumprisse a sua missão de uma forma elevada. Não rastejará”.
Quem acompanhou o trabalho que Aníbal Araújo desenvolveu, ao longo de quase trinta anos, com responsabilidades administrativas e de direcção de órgãos de imprensa, sabe que a missão foi, de facto, cumprida de forma elevada. A honestidade, o sentido de honra, a verticalidade que impunha no cumprimento dessa missão eram os mesmos predicados com que geria a sua própria vida.
Se Aníbal Araújo levou toda a sua vida servindo com competência profissional, a sua abnegação fez com que dedicasse muito, muito tempo ao associativismo. Na área da imprensa, Aníbal Araújo integrou o grupo de fundadores da UNIR – União Portuguesa da Imprensa Regional, organismo representativo de cuja direcção foi, também, presidente. Sob a sua ’égide’ concretizaram-se diversos congressos temáticos sobre o sector, pois Aníbal Araújo sempre foi um acérrimo defensor da justiça com que deveria ser tratada a imprensa regional.
A entrega máxima pela sociedade surgiu quando aceitou ser candidato a deputado da Assembleia da República pelo círculo eleitoral de fora da Europa. Era a posição ideal para quem sempre lutou, e queria fazer algo de bom pelos emigrantes portugueses que, acreditava Aníbal Araújo, vinham sendo esquecidos pelos partidos políticos e pelos governantes. Não almejou a vitória, mas conseguiu um resultado histórico para o partido pelo qual, embora na condição de independente, deu rosto e nome, ficando assim testemunhado o carinho e amizade com que os que estão lá fora correspondiam Aníbal Araújo.
Fica a lembrança. Fica a memória de um Homem justo, que – quantas vezes demasiado ingenuamente – não abdicava da honestidade em nome de qualquer benefício pessoal. Fica a saudade ‘daquele abraço’ com que, ao telefone, se despedia quando estava longe, no outro lado do Atlântico, mas que diariamente queria saber notícias de Portugal e de Oliveira de Azeméis.
Aníbal Araújo: de nós, para ti, ‘aquele abraço’.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Do Prof Doutor Jorge Arroteia
Srª Drª Manuela Aguiar
Boa tarde.
Venho agradecer o convite para o lançamento do livro sobre o encontro de Espinho. Peço desculpa de não poder participar por ter sido convocado, como Presidente do Conselho geral do Inst. Politécnico de Leiria, para uma audição do Conselho Nacional de Educação, que vai decorrer nessa data.
No entanto, como sugere, tenho o maior prazer em lhe enviar, tão breve quanto possível, um pequeno texto.
Obrigado. Aceite os meus cumprimentos.
Jorge Arroteia
Boa tarde.
Venho agradecer o convite para o lançamento do livro sobre o encontro de Espinho. Peço desculpa de não poder participar por ter sido convocado, como Presidente do Conselho geral do Inst. Politécnico de Leiria, para uma audição do Conselho Nacional de Educação, que vai decorrer nessa data.
No entanto, como sugere, tenho o maior prazer em lhe enviar, tão breve quanto possível, um pequeno texto.
Obrigado. Aceite os meus cumprimentos.
Jorge Arroteia
De José Machado
Minha Muito Cara Manuela Aguiar
Como deve imaginar, seria para mim um prazer estar convosco e dezer duas palavras ou mais... acontece que, de 14 a 30 de abril, estarei em perpignan, Toulouse e Montpelleir em companhia da minha filha que apresenta a sua tese final de especialização em cardiologia. Como deve imaginar não poderia faltar a esta obrigação de pai. outras ocasiões se apresentarão...
Amizade
Zé Machado
Como deve imaginar, seria para mim um prazer estar convosco e dezer duas palavras ou mais... acontece que, de 14 a 30 de abril, estarei em perpignan, Toulouse e Montpelleir em companhia da minha filha que apresenta a sua tese final de especialização em cardiologia. Como deve imaginar não poderia faltar a esta obrigação de pai. outras ocasiões se apresentarão...
Amizade
Zé Machado
De Maria Violante Martins
Drª Manuela, Cara Amiga
Me sera imposible estar en Espinho, mas vou tratar de enviarle una palabras para o lançamento do libro
Umm beisinho
MARIA VIOLANTE
Me sera imposible estar en Espinho, mas vou tratar de enviarle una palabras para o lançamento do libro
Umm beisinho
MARIA VIOLANTE
Da Drª Elsa Noronha
Boa tarde
Tinha pensado estar aí hoje presente, mas surgiu um imprevisto e não estarei.
Continuação de sucesso nos projectos em que se têm empenhado.
Cumprimentos
Elsa de Noronha
Tinha pensado estar aí hoje presente, mas surgiu um imprevisto e não estarei.
Continuação de sucesso nos projectos em que se têm empenhado.
Cumprimentos
Elsa de Noronha
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