domingo, 30 de outubro de 2011

Lenbrando o "Dia da Comunidade luso-brasileira" em Espinho

22 de Abril de 2011.
Data que no Brasil será lembrada muito mais do que em Portugal, apesar de ter, e dever ter, o mesmo significado para os dois Povos e os dois Estados.
É o dia simbólico do primeiro encontro dos portugueses da expedição de Cabral com a terra e as gentes de um país futuro, destinado a ser o maior da Lusofonia e maior do que nunca no século XXI. Uma cultura, uma economia e uma política liderantes no presente - e cada vez mais, no seu trajecto ascendente de potência mundial. Uma Mulher na presidência - outro sinal de que o futuro é já presente!
Dilma Roussef esteve entre nós e disse, numa entrevista dada na véspera da chegada, uma frase inteligente e lúcida sobre as relações luso brasileiras: "Acho que Portugal não é Europa. Portugal é Portugal".
Admirável forma de nos distinguir, de nos reconhecer em toda a singularidade de laços que nos une. Tomara que cada um dos nossos políticos saiba dar a "reciprocidade" a esta constatação feliz, declarando: "Acho que o Brasil não é América Latina. O Brasil é o Brasil"
Há uma geografia dos afectos que passa à frente da pura geografia! À qual é necessário dar espaço em actos de natureza muito concreta. Parece-me que o Brasil, nos tempos recentes, o tem feito mais e melhor do que Portugal. Por exemplo, na forma como acolheu os nossos refugiados de África, no período da descolonização. Ou como consagrou na Constituição de 1988, o estatuto de igualdade de direitos políticos entre Portugueses e Brasileiros, oferecendo-lhes todos os direitos da nacionalidade, como se naturalizados fossem, sem necessidade de o serem. E porquê? Porque, como afirma a Presidenta Dilma, "Portugal é Portugal"! Os políticos que temos, levaram 13 longos anos a dar, na Constituição Portuguesa, a reciprocidade a este Estatuto de Igualdade, em que se funda juridicamente uma preexistente comunidade de culturas e sentimentos.
Neste 22 de Abril, o meu desejo é que a vivência das leis fraternas, que nos regem, se aprofunde e se alargue, em novas vagas migratórias, em um e outro país, para que sejam crescentemente, como já vão sendo, forças de união, progresso e aproximação dos Estados.

Maria Manuela Aguiar

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