quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Manuela Da Luz Chaplin

Mensagem da Dra Rita Gomes, presidente da Direção da «Mulher  Migrante – Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade»

Recordar a nossa muito querida Amiga e Associada, Doutora Manuela Da  Luz Chaplin, mereceria referências pormenorizadas, onde coubessem na  íntegra as suas excecionais qualidades humanas e intelectuais, na dupla  perspetiva de cidadã portuguesa e de cidadã residente nos EUA, mas, não
vou alongar-me
.Limitar-me-ei a referir alguns aspetos. Saliento, por exemplo, o seu empenhamento e dedicação pelas mais
carecidas e pelos mais carecidos, em que se inclui, desde já, o seu  dinamismo e empenhamento pela “causa das Mulheres”, muito especialmente no que respeita às “Mulheres Migrantes”, qualquer que  fosse a sua origem.
Não podemos esquecer ainda, o tempo da sua vida dedicado à área da “política” e o trabalho que desenvolveu, sempre com o objetivo de conseguir mais e melhores condições para os seus concidadãos, em  Portugal e no seu País de adoção.
Criou, no nosso País e nos EUA um considerável Grupo de Amigas e de Amigos, algumas delas e alguns deles destacadas figuras da política e também intelectuais, bem como eminentes personalidades de outras
áreas do saber, do conhecimento em geral, da cultura e das artes.
Deixou gratas e inesquecíveis recordações e saudade, que será eterna.
Manteve sempre com todas e com todos uma ligação solidária, fraterna e generosa, o que só uma Mulher inteligente e culta sabe fazer...
Desde 8 de Outubro de 1993, data da constituição da «Mulher Migrante – Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade», recebemos da Dra Manuela Da Luz Chaplin contatos vários, interessando-se sempre pelas nossas atividades e também pelo nosso envolvimento nas diversas
Iniciativas que organizámos.
Vinha várias vezes a Portugal, acompanhada pelo seu marido Sir. Charles Chaplin (um português do coração), como dizia a Dra Manuela Aguiar.
Procurava- nos, então, na Secretaria de Estado da Emigração, hoje das Comunidades Portuguesas, sobre trabalhos que pretendia concretizar em  favor da comunidade portuguesa nos EUA, entre outros.
Acompanhou-nos em Portugal, em alguns dos Encontros, organizados pela Associação de Estudo Mulher Migrante, por exemplo:
- em 1995 – 18 a 22 de Março de - no «Encontro Mundial de Mulheres Migrantes – Gerações em Diálogo», realizado em Espinho e no dia 22 em Lisboa, em que Manuela Chaplin teve larga participação;
- em 2004 – 26 a 27 de Novembro, em Lisboa «Encontro de Mulheres  Migrantes das diversas Gerações - Conhecer/Participar- nas Sociedades de
Origem e de Acolhimento». Neste Encontro participou também a filha e  nossa Associada, Doutora Annabella Costa Larsen, além de Glória de Melo.
Mais tarde, em 2006 - 8 a 11 de Junho – Manuela Chaplin, organiza em Newark – EUA, o Seminário «Presença da Mulher nas Comunidades Portuguesas da América do Norte». Da organização fizeram parte
diversas Entidades dos EUA e também de Portugal., como por exemplo:  a Fundação Bernardino Coutinho, a Real Associação de New Jersey o  Comendador José João Morais, a Secretaria de Estado das Comunidades  Portuguesas, a FLAD, o Núcleo dos EUA, da Associação Mulher Migrante...
A anfitriã, deste Seminário foi a nossa Associada Maria Coutinho.
E, com esta Iniciativa participámos pela 1a vez nas “Famosas Festas”, em Newark, do “Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas”
Foi-nos então, proporcionado um Carro Alegórico à Associação, o que permitiu integrarmo-nos, com esse carro, na Grande Parada.
Sobre esta Iniciativa existe uma Publicação da Associação, coordenada pela Dra Manuela Aguiar, com o aludido carro, na capa, com fotos de participantes, onde, entre outras, temos a foto de Manuela Chaplin -
recordação excelente!
Foi Associada Fundadora, Efetiva e Honorária, da AEMM. Criou o “Núcleo da Associação Mulher Migrante” nos EUA, por ela presidido durante largos anos, até que, por sua decisão, deixou o cargo. Foi também Vice-Presidente da Associação, integrada nos Órgãos Sociais, em Portugal, em representação dos EUA.
Grande Senhora, que será sempre considerada entre as Mulheres Portuguesas e as de outras origens, bem como pela «Mulher Migrante
– Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade», um símbolo de generosidade , coragem e virtude pelas Iniciativas em que se envolveu e  pelo apoio proporcionado.
Com grande mágoa, amizade e muita saudade, aqui deixo estas simples linhas....

 Rita Gomes

Lisboa, 25 de Julho de 2014

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